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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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proteger atitudes existentes de apelos persuasivos com exposição a pequenos aspectos<br />

desses apelos, assumin<strong>do</strong> a forma de “inoculação cognitiva”.<br />

O modelo comunicação-persuasão, no âmbito da prevenção sobre drogas, tem<br />

representa<strong>do</strong> avanços, no que respeita à investigação baseada na mera manipulação das<br />

diferentes variáveis independentes, ten<strong>do</strong> possibilita<strong>do</strong> o desenvolvimento de teorias, que<br />

mediatizam as características relacionadas com o emissor, mensagem e receptor e suas<br />

implicações na mudança de atitude (NEGREIROS, 1998). O modelo, relativamente aos «out-<br />

put», considera necessário provocar a ocorrência das etapas, que se relacionam com a<br />

variável dependente, sen<strong>do</strong> esta canalizada para que a exposição à mensagem tenha<br />

tradução na mudança de comportamentos.<br />

Numa visão de variáveis independentes, a utilidade deste modelo assenta na<br />

possibilidade de utilização das diferentes componentes da comunicação, acautelan<strong>do</strong> que<br />

todas as etapas constituintes <strong>do</strong> processo de persuasão ocorram. Esta perspectiva torna-se<br />

complexa pela facilidade de interacção das componentes da comunicação e<br />

consequentemente pela dificuldade da sua análise isoladamente e pela importância de<br />

analisar o efeito dessas componentes em cada etapa <strong>do</strong> processo de persuasão<br />

separadamente. Esta análise envolve complexidade, limitações e controvérsia.<br />

Complexidade pelo já exposto, limitações pela questão da consistência da relação atitude-<br />

comportamento e controversa pela diversidade de conclusões existentes na literatura no que<br />

respeita à relação mudança de atitudes e mudança de comportamento (relações positivas,<br />

relações negativas e ausência de relação).<br />

Assim, para MC GUIRE (1974), será duvi<strong>do</strong>sa a eficácia deste modelo em programas<br />

preventivos sobre drogas, consideran<strong>do</strong> serem as atitudes uma determinante parcial da<br />

acção, sen<strong>do</strong> que as pessoas que possuem sentimentos negativos acerca <strong>do</strong> consumo de<br />

drogas, terão menor probabilidade de as consumir comparativamente às possui<strong>do</strong>ras de<br />

atitudes mais favoráveis. Logo, a tomada de decisão de consumo, num determina<strong>do</strong><br />

contexto, varia em função de inúmeros factores e não apenas <strong>do</strong> seu sentimento ou crenças<br />

relativamente à substância. NEGREIROS (1998), considera que o enquadramento teórico e<br />

conceptual das abordagens de inoculação social têm por base a ideia de que a simples<br />

aquisição de conhecimentos sobre as consequências <strong>do</strong> álcool, poderá traduzir-se em<br />

atitudes mais negativas relativamente ao seu uso levan<strong>do</strong> á diminuição desse mesmo<br />

consumo.<br />

Estu<strong>do</strong>s efectua<strong>do</strong>s por GOODSTADT (1976) e KINDER e cols. (1980), questionam a<br />

validade deste modelo, argumentan<strong>do</strong> que a simples transmissão de conhecimentos acerca<br />

das consequências, não podem por si só, induzir a mudanças comportamentais, sen<strong>do</strong> por<br />

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