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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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evelam, não existir qualquer alteração no comportamento da bebida <strong>do</strong>s a<strong>do</strong>lescentes<br />

quan<strong>do</strong> utilizadas mensagens baseadas no me<strong>do</strong>.<br />

STAINBACK e ROGERS (1983), apresentam conclusões contrárias quanto aos<br />

efeitos das mensagens gera<strong>do</strong>ras de me<strong>do</strong> no comportamento e atitudes face ao álcool<br />

referin<strong>do</strong> que, “um nível mínimo de me<strong>do</strong> é suficiente para conferir resistência aos jovens<br />

relativamente às tentativas que visem persuadi-los a consumir bebidas alcoólicas” (p. 402).<br />

Os autores manipularam o factor me<strong>do</strong>, mediante a utilização de duas componentes num<br />

conjunto de três, associadas a uma mensagem gera<strong>do</strong>ra de me<strong>do</strong> e que foram: a gravidade<br />

das consequências relacionadas com o consumo de álcool e a probabilidade dessas<br />

consequências acontecerem. A terceira defendia que a melhor forma de prevenção é a não<br />

utilização de álcool, mantida constante a um alto nível nas duas mensagens (uma gera<strong>do</strong>ra<br />

de me<strong>do</strong> forte e outra de me<strong>do</strong> fraco).<br />

Analisou-se ainda a interacção existente entre intensidade <strong>do</strong> me<strong>do</strong> e sua<br />

apresentação unilateral ou bilateral. Na acentuação exclusiva unilateral <strong>do</strong>s efeitos negativos<br />

<strong>do</strong> consumo de álcool, poderá conduzir à a<strong>do</strong>pção de atitudes realistas, acerca <strong>do</strong> mesmo.<br />

Na abordagem bilateral, o sujeito pode ouvir os argumentos contrários refuta<strong>do</strong>s, ten<strong>do</strong><br />

assim, possibilidade de os relativizar. Os referi<strong>do</strong>s autores, argumentam que a informação<br />

utilizada seja diametralmente oposta à mensagem pelo me<strong>do</strong>. Assim, as mensagens<br />

gera<strong>do</strong>ras de me<strong>do</strong> forte, que descrevem os efeitos físicos <strong>do</strong> álcool defendem, que “o álcool<br />

danifica e pode mesmo matar as células <strong>do</strong> cérebro” (p. 398). No argumento contrário,<br />

defende-se que “uma ou duas bebidas, poderão tornar o cérebro mais desperto e alerta” (p.<br />

398), apresentan<strong>do</strong> deste mo<strong>do</strong> o consumo sem perigos.<br />

Nestes estu<strong>do</strong>s, concluiu-se que uma mensagem gera<strong>do</strong>ra de um nível “mínimo” de<br />

me<strong>do</strong> será suficiente para provocar uma resistência nos a<strong>do</strong>lescentes. Relativamente ao<br />

estilo da mensagem (unilateral/bilateral), foi conclusivo serem os efeitos negativos a<br />

provocar maior resistência o que explica a ineficácia <strong>do</strong>s programas educativos sobre o<br />

álcool no conteú<strong>do</strong> unilateral <strong>do</strong>s mesmos.<br />

O receptor é outra variável de relevo nas investigações sobre mudança de atitude.<br />

Nesta, é essencial analisar as diferenças individuais de receptor (estáveis ou transitórias)<br />

como as capacidades intelectuais, traços de personalidade e contextualização demográfica<br />

(MC GUIRE, 1976). Não existin<strong>do</strong> estu<strong>do</strong>s sobre esta variável em contexto preventivo de<br />

consumo de álcool, a autora tem alimenta<strong>do</strong> numa discussão heurística, extrapolan<strong>do</strong> da<strong>do</strong>s<br />

<strong>do</strong>utros <strong>do</strong>mínios, para a prevenção em álcool mas, mesmo nesses <strong>do</strong>mínios tais estu<strong>do</strong>s<br />

têm-se mostra<strong>do</strong> contraditórios. A autora, defende que o impacto persuasivo de uma<br />

mensagem está interrelaciona<strong>do</strong> com o emissor e o receptor. Os níveis de ansiedade <strong>do</strong><br />

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