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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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Fonte: - Gouveia (1977)-A importância das expectativas acerca <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> álcool nos modelos de Tratamento e<br />

prevenção da recaída <strong>do</strong> alcoolismo. Interacções. (p. 9).<br />

Toda a informação adquirida precocemente (modelos familiares, publicidade,<br />

televisão, ingestão episódica, etc.) é memorizada sob a forma de expectativas acerca <strong>do</strong>s<br />

efeitos <strong>do</strong> álcool, e quan<strong>do</strong> na presença dessas substâncias, estas expectativas aprendidas<br />

irão influenciar a tomada de decisão de beber ou não beber. As expectativas, funcionariam<br />

assim como variáveis media<strong>do</strong>ras que estabeleceriam a ligação entre as influencias<br />

familiares e ambientais (infância e a<strong>do</strong>lescência) e a decisão de beber quan<strong>do</strong> adulto<br />

(CHRISTIANSEN e cols. 1989; GOUVEIA, 1996).<br />

As expectativas, tendem a ser reforçadas quan<strong>do</strong> a experiência é gratificante,<br />

poden<strong>do</strong> ocorrer o oposto quan<strong>do</strong> a experiência é negativa e com pouca probabilidade de<br />

modificação principalmente quan<strong>do</strong> as expectativas positivas se encontram fortemente<br />

consolidadas, acentuan<strong>do</strong>-se até por outras vivências e agentes socializa<strong>do</strong>res, o que as<br />

torna um factor importante no desenvolvimento de posteriores padrões de consumo<br />

excessivo (ABRAMS e NIAURA, 1987).<br />

Para BIDDLE e cols. (1980), as expectativas formam-se precocemente pela influência<br />

<strong>do</strong>s agentes de socialização e o comportamento modela<strong>do</strong> reflecte-se na interiorização de<br />

diferentes expectativas acerca <strong>do</strong> álcool, desempenhan<strong>do</strong> estas, um papel directo e<br />

determinante no consumo. Estu<strong>do</strong>s de SPIEGLER (1983), mostram que a criança com 6<br />

anos já possui habitualmente uma percepção clara das normas sociais de bebida para os<br />

homens, mulheres e crianças.<br />

CHRISYIANSEN e cols. (1982), também analisaram as expectativas relacionadas<br />

com o álcool em função da idade e das experiências prévias com este, em jovens entre os<br />

12-14 anos ten<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> que em ambos os sexos estes tinham já desenvolvi<strong>do</strong> as suas<br />

expectativas acerca <strong>do</strong> álcool sem qualquer iniciação de consumo. Para os autores, as<br />

expectativas são melhor preditoras de comportamentos de bebida que o passa<strong>do</strong> familiar ou<br />

as variáveis demográficas, isto é, as expectativas propicia<strong>do</strong>ras de um melhor desempenho<br />

social, prediziam mais facilmente o beber social e as expectativas relacionadas com um<br />

melhor funcionamento cognitivo e motor bem como os problemas de bebida em<br />

a<strong>do</strong>lescentes.<br />

Concluíu-se <strong>do</strong>s diversos estu<strong>do</strong>s que as expectativas acerca <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> álcool,<br />

se desenvolvem numa fase anterior a qualquer consumo e transmitem-se pelos pais ou<br />

pessoa significativa e pares. Os próprios fenómenos de aculturação, assumem uma<br />

influência preponderante no desenvolvimento das expectativas positivas nos efeitos <strong>do</strong><br />

álcool, na sua transmissão e reforço (LOWERY, 1980; CAFISCO e cols. 1982). Para BIDDLE<br />

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