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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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Quanto aos motivos de melhoria, alguns estu<strong>do</strong>s indicam que algumas pessoas<br />

bebem para mudar de humor predizen<strong>do</strong> estes, um padrão de bebida excessiva e situações<br />

que conduzem a ela (COOPER, 1994). Relativamente aos motivos de conformidade, os<br />

estu<strong>do</strong>s são escassos, no entanto, as conclusões de estu<strong>do</strong>s com amostras de a<strong>do</strong>lescentes<br />

(JOHNSTON e O’MALLEY, 1986; WINDLEY e BARNES, 1988), indicam que poucos<br />

a<strong>do</strong>lescentes referem motivos de conformidade para beber e que raramente estão<br />

relaciona<strong>do</strong>s com o beber excessivo. Acresce referir que, nos estu<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s vários tipos de<br />

motivos (melhoria, conformidade, coping e sociais) a escassez de da<strong>do</strong>s inibe conclusões<br />

consistentes nos <strong>do</strong>is primeiros (COOPER e cols 1988; COOPER e cols. 1992, CUTTER e<br />

0’FARRELL, 1984). Os motivos de coping encontram-se relaciona<strong>do</strong>s com um uso de álcool<br />

excessivo, problemático e geralmente solitário. BRENAN e cols. (1986), alertam para a<br />

facilidade com que se pode passar <strong>do</strong> beber social para o beber problemático e excessivo e<br />

nesta perspectiva, tanto o beber por motivos sociais como de coping pode levar a um<br />

consumo excessivo.<br />

Para COOPER (1994), cada motivo de beber está associa<strong>do</strong> a um contexto, às<br />

consequências relacionadas com a bebida e é geralmente consistente com as expectativas.<br />

Consumir para melhorar o humor implica um beber excessivo, em contextos tolerantes e até<br />

encoraja<strong>do</strong>res <strong>do</strong> beber excessivo, como por exemplo em bares, mas só indirectamente está<br />

relaciona<strong>do</strong> com problemas associa<strong>do</strong>s à bebida.<br />

Estu<strong>do</strong>s nos a<strong>do</strong>lescentes bebe<strong>do</strong>res por motivos sociais, indicam-nos uma<br />

consistente associação de álcool ocasional não problemático e em situações de convivência,<br />

estan<strong>do</strong> positivamente associa<strong>do</strong>s com a quantidade e frequência <strong>do</strong> consumo e com o<br />

beber em situações de celebração (festas). Os motivos de conformidade no uso <strong>do</strong> álcool<br />

estão negativamente associa<strong>do</strong>s á quantidade e frequência <strong>do</strong> consumo usual e com o<br />

beber excessivamente, mas positivamente associa<strong>do</strong>s com o consumo em festas onde a<br />

pressão para beber é maior.<br />

COOPER (1994), quan<strong>do</strong> compara estu<strong>do</strong>s seus de 1992 e 1994 vem revelar a<br />

existência de uma estabilidade ao longo <strong>do</strong> tempo <strong>do</strong>s efeitos nos motivos de coping, sociais<br />

e de melhoria <strong>do</strong> humor, o que permite considerar os motivos como preditores <strong>do</strong>s futuros<br />

padrões de consumo e <strong>do</strong>s problemas relaciona<strong>do</strong>s com o álcool. Por outro la<strong>do</strong> têm-se<br />

demonstra<strong>do</strong> uma relação entre a decisão de beber e o efeito emocional deseja<strong>do</strong> que o<br />

sujeito se considera incapaz de obter sem o álcool: mais poderoso; mais humano<br />

(WILSNACK, 1976; BENSON e WILSNACK, 1983); menos ansioso e deprimi<strong>do</strong><br />

(LANGENBUCHER e NATHAN, 1983).<br />

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