17.04.2013 Views

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O comportamento de beber, motiva<strong>do</strong> por diferentes necessidades ou com diferentes<br />

funções é caracteriza<strong>do</strong> por um único padrão de antecedentes e consequências (CUTTER<br />

e O’FARRELL, 1984).<br />

Assim, os indivíduos que recorrem ao álcool para gerir emoções negativas,<br />

provavelmente aprenderam a fazê-lo por falta de opções mais adaptativas para gerir as<br />

emoções. Para (COOPER e cols. 1988), o próprio consumo continua<strong>do</strong> conduz o sujeito a<br />

alguma deterioração das capacidades adaptativas o que favorece, por sua vez, a<br />

dependência psicológica. Opiniam ainda, que nos sujeitos que bebem por razões sociais de<br />

simpatia consonante com o comportamento normativo, o consumo de bebidas alcoólicas não<br />

está geralmente relaciona<strong>do</strong> com um défice de aptidões sociais, forma de gerir, ou<br />

problemas de bebida.<br />

Os modelos motivacionais <strong>do</strong> uso de álcool, defendem que o comportamento de<br />

beber, é motiva<strong>do</strong> por diferentes necessidades e constituem fenomenologicamente<br />

comportamentos distintos. Se tentarmos compreender os motivos subjacente ao beber,<br />

poderemos obter melhor compreensão das situações pelos quais o indivíduo provavelmente<br />

bebe, da quantidade que bebe, das consequências <strong>do</strong> consumo, e qual a possível<br />

intervenção terapêutica mais adequada. De entre os diversos motivos verbaliza<strong>do</strong>s pelas<br />

pessoas e já estuda<strong>do</strong>s por MCKAY e cols. (1992) e ABBEY e cols. (1993) destacam-se o<br />

aumento da sociabilidade, o fomentar a desinibição, o aumentar o poder e a força, o evitar<br />

problemas, a diversão, o gozo, as razões ritualistas, etc.<br />

Os motivos são importantes no desenvolvimento <strong>do</strong> problema e nas diferentes<br />

modalidades de tratamento, no entanto a sua avaliação tem si<strong>do</strong> até hoje<br />

pre<strong>do</strong>minantemente efectuada de forma indirecta como por exemplo através da análise<br />

funcional <strong>do</strong>s comportamentos e situações de bebida. No entanto para LEIGH, (1990),<br />

motivos e expectativas não são sinónimos, consideran<strong>do</strong> que os motivos são factores mais<br />

próximos esclarecen<strong>do</strong> esta afirmação com o seguinte exemplo: uma pessoa pode<br />

desenvolver uma determinada expectativa pessoal acerca <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> álcool mesmo antes<br />

de ter inicia<strong>do</strong> o seu consumo, mas isto não o conduzirá necessariamente a obter esse efeito<br />

apenas pelo facto de esperar essa expectativa.<br />

Para THOMS e cols. (1993), os factores situacionais e os estímulos positivos ou<br />

negativos são <strong>do</strong>is conjuntos de factores com forte impacto na decisão de beber, levan<strong>do</strong>-os<br />

a considerar a envolvência de factores motivacionais e factores situacionais no contexto<br />

social de uso/abuso de álcool.<br />

c) - Media<strong>do</strong>res cognitivos <strong>do</strong>s efeitos espera<strong>do</strong>s e da reacção a esses efeitos:<br />

As expectativas acerca <strong>do</strong> efeito <strong>do</strong> álcool podem ser positivas ou negativas, de curto ou longo prazo<br />

e os diferentes tipos de expectativas que o sujeito possui orientá-lo-ão a beber ou não beber (COX e<br />

KLINGER, 1988).<br />

172

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!