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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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decisão para não beber e decidir beber envolve componentes como as expectativas e os<br />

processos emocionais (PERVIN, 1983 e KLINGER, 1987).<br />

Para COX e KLINGER (1988), a decisão consciente ou inconscientemente <strong>do</strong><br />

indivíduo consumir ou não álcool depende <strong>do</strong> facto de esperar ou não consequências<br />

positivas desse consumo. Segun<strong>do</strong> os autores, a base para o uso/abuso de álcool é<br />

motivacional, referin<strong>do</strong> que desde as experiências passadas com o álcool à situação de vida<br />

actual, vão surgin<strong>do</strong> um conjunto de factores modela<strong>do</strong>res da reactividade neuro-química <strong>do</strong><br />

álcool que ajudam a formar expectativas de mudança emocionais como consequências da<br />

bebida.<br />

4.4.1 - Factores Influentes na Decisão de Beber<br />

COX e KINGER (1988, 1990), consideram que a decisão de beber resulta de uma<br />

combinação de processos emocionais e racionais, assente na mudança efectiva esperada<br />

como consequência <strong>do</strong> beber e em que as consequências imediatas esperadas assumem<br />

um papel primordial na decisão. O indivíduo no perío<strong>do</strong> pré decisão de beber, pode pensar<br />

nas consequências negativas originan<strong>do</strong>-lhe alguma apreensão, mas, se obtiver alívio ou<br />

prazer no momento presente, esta decisão pode sobrepor-se à que lhe faria pensar nas<br />

consequências negativas a longo prazo.<br />

Esta tomada de decisão e to<strong>do</strong>s os factores nela envolvi<strong>do</strong>s, podem ser não<br />

“conscientes” “e automáticas” e embora, as primeiras decisões possam por vezes ser<br />

conscientes, podem conduzir a um conjunto sequencial de decisões nos quais a quantidade<br />

de álcool consumida ocorre de forma automática.<br />

Para os mesmos autores, o comportamento aditivo é, determina<strong>do</strong> pelos nexos<br />

motivacionais <strong>do</strong> indivíduo e por processos susceptíveis de análise formal em termos de<br />

valor <strong>do</strong>s estímulos, expectativas, processos afectivos e tomada de decisão. Se as decisões<br />

são voluntárias, o indivíduo pode ter controlo sobre elas, mas se conflituosas, colocam o<br />

indivíduo na decisão de escolha entre a próxima bebida e as consequências negativas dessa<br />

decisão. Consideram ainda que a decisão de beber ou não beber depende da interacção de<br />

diversos factores <strong>do</strong>s quais salientam:<br />

a) - Factores históricos: Ajudam a determinar e compreender a natureza das experiências<br />

passadas com o álcool e que no presente influenciam a motivação para beber. Consideram como<br />

mais importante, as características de personalidade, o ambiente sócio-cultural e a reactividade<br />

bioquímica individual ao álcool.<br />

b) - Factores actuais: Destacam a qualidade e quantidade de estímulos positivos ou<br />

negativos, isto é, as razões ou motivos para beber e assentam nas seguintes premissas:<br />

Os sujeitos bebem com o objectivo de obter determina<strong>do</strong> efeito (COX e KLINGER, 1988);<br />

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