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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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interacção, contribuem para os diferentes padrões de consumo <strong>do</strong> álcool, risco de abuso e<br />

dependência que varia de pessoa para pessoa (ABRAMS e NIAURA, 1987).<br />

Para os autores referencia<strong>do</strong>s e outros como (MARLATT, 1985a; 1985b; 1985c; COX<br />

E KLINGER, 1990 e BECK e cols. 1993), este padrão de consumo será influencia<strong>do</strong> pelo<br />

que consideram de determinantes cognitivas e ambientais imediatas <strong>do</strong> comportamento de<br />

bebida. Nestas determinantes, incluem-se os antecedentes (contexto ambiental, expectativas<br />

e crenças), o manancial de aptidões para lidar com a bebida e o aspecto cognitivo,<br />

emocional e fisiológico <strong>do</strong> jovem no acto de beber.<br />

Para a teoria da aprendizagem sócio-cognitiva, os factores cognitivos são os<br />

media<strong>do</strong>res das interacções pessoa-situação, logo a decisão de beber ou não é determina<strong>do</strong><br />

pelas expectativas de auto-eficácia e expectativas acerca <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> álcool em<br />

determina<strong>do</strong> contexto. Assim, um conjunto específico de mecanismos cognitivo-<br />

comportamentais interfere na adequada auto-regulação ao impulso de beber e na<br />

capacidade de atraso da gratificação nos bebe<strong>do</strong>res normais. Nos bebe<strong>do</strong>res regulares o<br />

consumo interfere na capacidade de saber avaliar e diferenciar os contextos em que é<br />

adequa<strong>do</strong> beber, em possuir um conjunto de aptidões gerais e específicas flexíveis para lidar<br />

com as situações sem recurso ao álcool ou com um consumo modera<strong>do</strong>, em conhecer as<br />

consequências negativas a curto, médio e longo prazo <strong>do</strong> abuso de álcool e em saber<br />

encontrar a gratificação imediata <strong>do</strong> reforço obti<strong>do</strong> (prazer ou redução da tensão).<br />

MARLATT (1985a), assume que um comportamento de bebida, se torna disfuncional<br />

quan<strong>do</strong> a pessoa recorre de forma repetitiva ao uso de álcool não aceitan<strong>do</strong> o seu consumo<br />

exagera<strong>do</strong> e as consequências negativas dessa situação. O abuso, caracteriza-se<br />

geralmente por expectativas de gratificação, alívio da situação stressizante imediata,<br />

moderada antecipação de resulta<strong>do</strong>s deseja<strong>do</strong>s e expectativas de baixa auto-eficácia para<br />

atingir os objectivos ou lidar de forma adequada com a situação, o que se traduz numa<br />

dependência biopsicológica que, em conjunto com outros factores levará à manutenção <strong>do</strong><br />

comportamento de bebida independentemente da etiologia inicial determinante.<br />

Esta teoria, para alguns investiga<strong>do</strong>res, enaltece a responsabilidade individual,<br />

tornan<strong>do</strong>-o assim responsável pela sua auto-destruição e até merece<strong>do</strong>r da situação que<br />

criou. Na verdade, a pessoa não poderá ser apontada como única responsável pelo<br />

processo de aprendizagem, pelo défice de aptidões, capacidade para tolerar o stress,<br />

problemas de auto-controlo, crenças e expectativas disfuncionais mediada por uma cultura,<br />

modelos de vida e a influência <strong>do</strong>s média. Também para MARLATT (1985a), apesar de ser<br />

um padrão de comportamento aprendi<strong>do</strong>, a pessoa não é totalmente responsável pela sua<br />

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