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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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de bebida <strong>do</strong> que os indivíduos <strong>do</strong> grupo de controlo (OHANNESSIAN e HESSELBROCK,<br />

1994).<br />

Relativamente à relação entre traços de personalidade e o risco para o alcoolismo,<br />

parece existir no presente pouco suporte empírico, pois a maioria <strong>do</strong>s estu<strong>do</strong>s não é<br />

conclusiva, o que não acontece relativamente ao risco associa<strong>do</strong> de ter pais alcoólicos. Este<br />

eleva<strong>do</strong> risco, é frequentemente calcula<strong>do</strong> como sen<strong>do</strong> 3 a 5 vezes superior ao das pessoas<br />

que não têm pais alcoólicos, embora tal risco possa ser media<strong>do</strong> por factores genéticos, de<br />

aprendizagem ou de imitação (MC KENNA e PICKENS, 1981 e HARBURG e cols. 1982).<br />

Os autores FIALKOV (1985) e NEWCOMB e cols. (1986), defendem que vários<br />

factores presentes durante a infância aumentam o risco subsequente de desenvolvimento de<br />

alcoolismo e até de abuso de outras substâncias. Entre outros destacam os factores<br />

psicossociais relaciona<strong>do</strong>s com o status demográfico urbano, baixo nível económico, pobre<br />

afiliação religiosa e cultural, facilidade de acesso ao álcool, história familiar de alcoolismo,<br />

conflitos familiares, identificação com grupos de fraca adaptação às normas e valores<br />

sociais.<br />

Pelos estu<strong>do</strong>s realiza<strong>do</strong>s parece existir alguma “predisposição” para o alcoolismo<br />

baseada em inclinações comportamentais hereditárias ou temperamentais, que em<br />

interacção com o ambiente físico e social, contribuem para o modelamento <strong>do</strong><br />

desenvolvimento da personalidade e <strong>do</strong> comportamento aditivo (TARTER, 1988).<br />

A relação entre os diferentes graus de uso de substâncias e os défices de<br />

competências, dependem <strong>do</strong> perío<strong>do</strong> de desenvolvimento em que o individuo se encontra.<br />

Os jovens grandes consumi<strong>do</strong>res apresentam dificuldades de auto-identidade e défice de<br />

competências pessoais e sociais geralmente acompanha<strong>do</strong>s de problemas relaciona<strong>do</strong>s com<br />

actividades escolares. Nos bebe<strong>do</strong>res excessivos adultos jovens, observa-se o uso da<br />

substância para lidar com problemas ou stress ou ajudar a superar situações de inibição<br />

(JOHNSON e PANDINA, 1991). Nos adultos descendentes de famílias alcoólicas observam-<br />

se problemas com intimidade, confiança nas pessoas, identificação e expressão de<br />

sentimentos quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com descendentes de famílias não alcoólicas.<br />

Algumas determinantes <strong>do</strong> comportamento de bebida como normas culturais,<br />

modelamento, influência <strong>do</strong>s pares e as primeiras experiências com o álcool, devem ser<br />

considera<strong>do</strong>s como factores desenvolvimentais, pois constituem o processo de<br />

aprendizagem social que interferem no consumo de álcool. As próprias experiências de vida,<br />

em graus diferentes, poderão ser modela<strong>do</strong>s por factores hereditários genéticos/biológicos e<br />

factores psicológicos predisponentes. A aprendizagem social e os factores experiênciais em<br />

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