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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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conhecida. Todavia, têm si<strong>do</strong> encontradas diferenças significativas no temperamento de<br />

filhos de alcoólicos, apresentan<strong>do</strong> estes, níveis mais eleva<strong>do</strong>s de actividade, impulsividade,<br />

busca de sensações, sociabilidade, hiperactividade, comportamentos anti-sociais, rebeldia e<br />

agressividade quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s com filhos de não alcoólicos (SAUNDERS e SCHUCKIT,<br />

1981; WERNER, 1986; MANN e cols. 1987; TARTER, 1988; SHER e cols. 1991 e<br />

OHANNESSIAN e HESSELBROCK, 1994). Estes autores concluíram também que estas<br />

características mediavam significativamente a relação entre história familiar de alcoolismo e<br />

o envolvimento com o álcool por parte <strong>do</strong>s filhos. Outros estu<strong>do</strong>s, têm mostra<strong>do</strong> que filhos de<br />

alcoólicos revelam níveis de auto-estima mais baixos e níveis de ansiedade, stress e<br />

depressão mais eleva<strong>do</strong>s <strong>do</strong> que os filhos de não alcoólicos (REARDSON e MARKWELL,<br />

1989).<br />

Apesar de algumas limitações, vários autores, são unânimes ao afirmarem que os<br />

filhos de alcoólicos terão uma maior probabilidade de desenvolverem problemas<br />

relaciona<strong>do</strong>s com o álcool <strong>do</strong> que os filhos de não alcoólicos (LEVENSON e cols. 1987;<br />

TARTER, 1988; PETERSON e cols. 1991; JOHNSON e cols. 1991; KUSHNER e cols. 1993;<br />

OHANNESSIAN e cols. 1994).<br />

Estu<strong>do</strong>s da relação de história familiar de alcoolismo e resposta psicofisiológica ao<br />

stress indicaram que o potencial efeito reforça<strong>do</strong>r <strong>do</strong> álcool (capacidade para atenuar certas<br />

respostas fisiológicas ao stress) era mais acentua<strong>do</strong> nos indivíduos de “alto risco” (com<br />

história alcoolismo) <strong>do</strong> que nos sujeitos de baixo risco, ou seja, os indivíduos de risco<br />

beneficiavam de uma maior redução ou contenção <strong>do</strong> stress em situações stressantes <strong>do</strong><br />

que os indivíduos de não risco (LEVENSON e cols. 1987).<br />

CLAIR e GENEST (1986), encontraram resulta<strong>do</strong>s que os levaram a concluir que os<br />

indivíduos com história familiar de alcoolismo, apresentavam maiores níveis de conflito<br />

familiar, menor coesão familiar e menor orientação cultural e intelectual quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong>s<br />

com os indivíduos sem história familiar de alcoolismo. Demonstraram também que famílias<br />

alcoólicas possuem dificuldades na selecção de estratégias de resolução de problemas e um<br />

processo comunicativo mais negativo e hostil quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com famílias não<br />

alcoólicas.<br />

Assim a história familiar de alcoolismo, parece ser um <strong>do</strong>s factores mais fortemente<br />

associa<strong>do</strong>s ao desenvolvimento deste problema. Os da<strong>do</strong>s disponíveis embora não<br />

inteiramente consistentes e conclusivos apontam e defendem uma certa susceptibilidade<br />

genética, no que se refere ao alcoolismo (GOODWIN, 1983, 1985; TARTER, 1988). Mas<br />

como já foi referi<strong>do</strong>, não é apenas um factor único o responsável pelo problema de abuso de<br />

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