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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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de consumo excessivo <strong>do</strong> que quan<strong>do</strong> expostos a modelos de consumo ligeiro. Estu<strong>do</strong>s de<br />

HENDRICKS e cols. (1978), por sua vez, mostraram que os efeitos de modelamento se não<br />

verificavam quan<strong>do</strong> o sujeito e o modelo não desempenhavam a tarefa em sincronia. Outros<br />

estu<strong>do</strong>s, mostraram que os efeitos de modelamento são influencia<strong>do</strong>s pelo contexto<br />

(STRICKER e cols. 1979), pela história de bebida e sexo (LIED e MARLATT, 1979) e pelo<br />

tipo de interacção entre os companheiros (COLLINS e cols. 1985).<br />

A teoria sócio-cognitiva defende que a família e os pares podem influenciar tanto o<br />

início como a manutenção <strong>do</strong> comportamento de bebida <strong>do</strong>s jovens, através de atitudes<br />

gerais, padrões e valores veicula<strong>do</strong>s, assim como pelo modelamento de comportamentos de<br />

bebida em contexto social. Alguns estu<strong>do</strong>s, apontam as atitudes <strong>do</strong>s pais face ao álcool<br />

como um <strong>do</strong>s melhores preditores <strong>do</strong> seu abuso nos a<strong>do</strong>lescentes (O’LEARY e DONOVAN,<br />

1976; BARNES, 1977; WECHSLER e MADDEN, 1979 e MCDERMOTT, 1984), não existin<strong>do</strong><br />

no entanto para DAVIES e STACEY (1972), uma relação linear.<br />

Relativamente à influência da família no consumo de álcool, a teoria da<br />

aprendizagem social, subvaloriza os factores de modelamento, mas não poderemos deixar<br />

de referir que para outros autores, estes factores por si só não podem explicar as diferenças<br />

encontradas entre descendentes de alcoólicos e não alcoólicos, advertin<strong>do</strong> para a<br />

importância de outros factores, nomeadamente os genéticos.<br />

As investigações realizadas no âmbito da predisposição genética para o alcoolismo,<br />

as alterações comportamentais em filhos de alcoólicos e o possível aumento de disposição<br />

para o uso e abuso de álcool pelos descendentes de famílias com história de alcoolismo,<br />

nem sempre são consistentes, tornan<strong>do</strong>-se até confusos pela disparidade de resulta<strong>do</strong>s<br />

obti<strong>do</strong>s. Estu<strong>do</strong>s efectua<strong>do</strong>s comparan<strong>do</strong> jovens filhos de alcoólicos e de não alcoólicos, nos<br />

seus padrões de bebida (ALTERMAN e cols. 1989; JOHNSON e cols. 1989; PANDINA e<br />

JOHNSON, 1989) não encontraram diferenças significativas entre os <strong>do</strong>is grupos quanto à<br />

quantidade e frequência <strong>do</strong> uso, idade de início de consumo, frequência de intoxicação,<br />

razões e contexto de bebida, ten<strong>do</strong> os filhos de alcoólico referi<strong>do</strong> maior número de<br />

consequências negativas devidas ao uso (KNOWLES e SCHROEDER, 1989; PANDINA e<br />

JOHNSON, 1989) e maior número de episódios de tratamento (PANDINA e JOHNSON,<br />

1990). CHASSIN e cols. (1988), concluíram que a história familiar de abuso de álcool está<br />

associada a mais altos níveis de consumo de álcool, em quantidade e frequência, mais<br />

consequências negativas e baixo rendimento escolar.<br />

Ainda que as evidências indiquem que a ligação entre história familiar de alcoolismo e<br />

o desenvolvimento de alcoolismo possa incluir factores genéticos (CLONINGER e cols.<br />

1987; GOODWIN, 1988) a força destes factores e a natureza desta ligação é ainda pouco<br />

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