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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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situações específicas como refeições, celebrações e lidar com o stress. Os jovens aprendem<br />

precocemente como o álcool é usa<strong>do</strong> e quais os comportamentos permiti<strong>do</strong>s quan<strong>do</strong> sob<br />

intoxicação alcoólica.<br />

Concomitantemente, com uma exposição inicial ao álcool, a pessoa pode ter outras<br />

experiências que lhe permitiram sentir efeitos positivos de redução de tensão. Assim, e por<br />

um processo de generalização de estímulos, recorre ao álcool sempre que se encontre em<br />

situações adversas e nestas circunstancias, o álcool teria uma função instrumental<br />

(BANDURA, 1969). Esta função pode perder o seu valor quan<strong>do</strong> o consumo se torna<br />

excessivo e prolonga<strong>do</strong>, ou seja, perante situações de dependência e de sintomas de<br />

abstinência. Neste caso, o recurso ao álcool assume outra função que não a inicial, pois<br />

factores biológicos podem interactuar com factores psicossociais na manutenção deste<br />

comportamento.<br />

Segun<strong>do</strong> o autor, pelo menos implicitamente, to<strong>do</strong> o comportamento de bebida,<br />

desde a abstinência ao beber social, até à dependência é geri<strong>do</strong> em vários graus pelos<br />

diferentes princípios da aprendizagem e este comportamento é adquiri<strong>do</strong> e manti<strong>do</strong> por<br />

modelamento, reforço social, antecipação <strong>do</strong>s efeitos <strong>do</strong> álcool, experiências directas <strong>do</strong><br />

efeito <strong>do</strong> álcool como gratificantes ou punitivas e dependência física. Este modelo, difere <strong>do</strong><br />

modelo médico, quan<strong>do</strong> defende, ser necessária uma progressão através <strong>do</strong>s diferentes<br />

estádios <strong>do</strong> alcoolismo, uma vez que as determinantes <strong>do</strong> comportamento de bebida podem<br />

variar em função <strong>do</strong> contexto e <strong>do</strong> tempo (JELLINEK, 1960).<br />

A teoria da aprendizagem socio-cognitiva, rejeita a existência de factores pessoais<br />

como por exemplo a personalidade alcoólica e a dinâmica interna, predisponentes <strong>do</strong><br />

comportamento alcoólico. Para suportar esta posição, estu<strong>do</strong>s longitudinais efectua<strong>do</strong>s por<br />

vários autores (CAHALAN e cols. 1969; POLICH e cols. 1981; VAILLANT, 1983 e JESSOR,<br />

1984) encontraram uma grande variedade na evolução <strong>do</strong>s problemas relaciona<strong>do</strong>s com o<br />

álcool e dependência em diferentes indivíduos, assim como nos mesmos ao longo <strong>do</strong> tempo.<br />

Os princípios básicos da Teoria da Aprendizagem Socio-Cognitiva <strong>do</strong> Uso e Abuso de<br />

Álcool, assentam no desenvolvimento alcança<strong>do</strong> desde as primeiras formulações sobre o<br />

alcoolismo à luz da teoria da aprendizagem social, que foram acompanha<strong>do</strong>s de um eleva<strong>do</strong><br />

número de estu<strong>do</strong>s, uns que procuraram uma maior fundamentação empírica, outros uma<br />

maior compreensibilidade da influência <strong>do</strong>s diferentes factores neste fenómeno e outros<br />

ainda tentan<strong>do</strong> refutar algumas das formulações iniciais. Apesar disso, ABRAMS e NIAURA<br />

(1987), enumeram um conjunto de princípios que sintetizam a interacção de diferentes<br />

factores no comportamento de beber.<br />

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