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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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estratégias de mudança e com limitação nos objectivos <strong>do</strong> tratamento, (MARLATT, 1985 a ).<br />

Esta limitação <strong>do</strong>s objectivos, (abstinência total) propostos pelo modelo médico, tem gera<strong>do</strong><br />

fortes controvérsias pelos que defendem que a bebida controlada pode ser um <strong>do</strong>s<br />

objectivos <strong>do</strong> programa de intervenção terapêutica. Esta controvérsia, é gerada e mantém-se<br />

pelo facto de, nos casos de abuso, as taxas de abstinência atingirem valores muito baixos e<br />

quan<strong>do</strong> em alcoólicos, a manutenção da abstinência ter também percentagens igualmente<br />

baixas. Num estu<strong>do</strong> com 700 alcoólicos que participaram em vários programas típicos de<br />

tratamento, verificou-se que menos de 10% mantinham a abstinência por um perío<strong>do</strong> de <strong>do</strong>is<br />

anos após o tratamento (ARMOR e cols. 1978).<br />

Para MILLER e cols. (1974), as intervenções baseiam-se na identificação de pessoas<br />

que possuem problemas de alcoolismo, na informação da sua condição e no auxílio á<br />

compreensão e aceitação <strong>do</strong> diagnóstico, além de provocar a manutenção relacionada com<br />

a abstinência. Talvez devi<strong>do</strong> às limitações apresentadas, este modelo impulsiona o<br />

aparecimento de duas novas abordagens <strong>do</strong> problema, tradicionalmente antagónicas, que<br />

são a psicanalítica e a comportamentalista.<br />

4.3 - MODELO DA APRENDIZAGEM SOCIO-COGNITIVA<br />

Ao longo da história verifica-se que as concepções sobre a aprendizagem têm sofri<strong>do</strong><br />

progressiva evolução, em função das insuficiências com que o paradigma se vai<br />

confrontan<strong>do</strong> como modelo explicativo <strong>do</strong> complexo fenómeno que é a aprendizagem. A<br />

teoria da aprendizagem social, surge como forma de rejeição à explicação de que o<br />

comportamento seja explica<strong>do</strong> somente ten<strong>do</strong> como base forças motivacionais sob a forma<br />

de necessidades, “drives” ou impulsos.<br />

Do paradigma <strong>do</strong> condicionamento clássico, em que a aprendizagem aparece como<br />

uma consequência da manipulação de estímulos que produziriam uma resposta previamente<br />

existente no repertório <strong>do</strong> indivíduo, passa-se para o condicionamento operante que explica<br />

a aprendizagem como um processo regula<strong>do</strong> pelas suas consequências, conseguin<strong>do</strong>-se<br />

assim promover o desenvolvimento ou eliminação de determinada resposta.<br />

BANDURA (1969), nas suas investigações demonstrou que a aprendizagem de<br />

muitos e varia<strong>do</strong>s comportamentos, é possível efectuar-se sem necessidade obrigatória de<br />

experiências directas e respectivas consequências, o que evidencia a perspectiva <strong>do</strong> autor<br />

quan<strong>do</strong> refere que, embora uma grande quantidade de aprendizagens tenha lugar através <strong>do</strong><br />

treino e reforço directo, grande parte <strong>do</strong> repertório comportamental da pessoa pode ser<br />

adquiri<strong>do</strong> através de imitação ou daquilo que observa nos outros.<br />

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