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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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Estes a<strong>do</strong>lescentes procuram pessoas ou actividades isentas de ligação afectiva. São<br />

relações não conflituais e propicia<strong>do</strong>ras de novas sensações. O consumir bebidas alcoólicas<br />

representará, então um acto “defensivo de retracção aditiva e de indeferenciação sujeito-<br />

objecto” (FARATE, 2001;p. 210), consideran<strong>do</strong>-a o autor de “solução afectiva” que é<br />

caracterizada por alterações da percepção de si, <strong>do</strong>s outros e das actividades de forma<br />

negativa.<br />

Este “risco relacional” baseia-se numa percepção negativa <strong>do</strong> objecto externo (pais,<br />

professores e actividades) assente num déficit de relacionamento precoce com os pais que<br />

se traduz pela associação entre percepção negativa e depressividade, conduzin<strong>do</strong> o jovem<br />

ao desapego afectivo e consequentemente a comportamento de consumo de bebidas<br />

alcoólicas quan<strong>do</strong> em contexto de grupo.<br />

Dos resulta<strong>do</strong>s obti<strong>do</strong>s o autor (p. 316), destaca existir uma relação significativa<br />

“entre o afecto depressivo e a percepção negativa da atitude relacional <strong>do</strong>s pais e da<br />

escola”assim como uma “negatividade perceptiva de si e <strong>do</strong> outro perceben<strong>do</strong> de mo<strong>do</strong><br />

negativo a relação que os seus pais estabelecem consigo”. Conclui ainda, serem os factores<br />

defeni<strong>do</strong>res de “risco relacional” responsáveis por um aumento de probabilidade de iniciação<br />

de consumo regular de substâncias psicoactivas sobretu<strong>do</strong> nos que valorizam<br />

preferencialmente o grupo de pares.<br />

3.5.3 - Problemas liga<strong>do</strong>s ao álcool<br />

Durante séculos, a ingestão de bebidas alcoólicas esteve apenas relacionada com a embriaguez aguda<br />

e as suas possíveis consequências, mas desde mea<strong>do</strong>s <strong>do</strong> século XIX começou a dar-se atenção aos eventuais<br />

danos causa<strong>do</strong>s pelo alcoolismo crónico, mesmo quan<strong>do</strong> não se atinge a embriaguez. Ao longo <strong>do</strong>s tempos e<br />

com o aprofundar <strong>do</strong>s conhecimentos, a patologia alcoólica tem vin<strong>do</strong> a aumentar cada vez mais, saben<strong>do</strong>-se<br />

actualmente que este tóxico tem relação com as mais diversas <strong>do</strong>enças (POLÓNIO, 2000). O aparecimento de<br />

perturbações ligadas ao álcool, (psicológica, somática ou comportamental), pode processar-se de uma forma<br />

variável e com diferente intensidade. Muitos <strong>do</strong>s comportamentos anti-sociais por parte <strong>do</strong>s jovens estão<br />

associa<strong>do</strong>s ao uso inapropria<strong>do</strong> de álcool nos quais se incluem:“- Sintomas de ressaca (<strong>do</strong>res de cabeça, má<br />

disposição, náuseas, vómitos, diarreia, perda temporária de memória e bloqueio temporário de cognição);<br />

Diminuição <strong>do</strong>s resulta<strong>do</strong>s escolares a médio ou longo prazo; Discussões ou lutas; Outros comportamentos<br />

violentos; Algum comportamento criminal ou problemas de ordem pública; Comportamento impulsivo;<br />

Acidentes resultan<strong>do</strong> em perdas materiais, lesões e morte; Alterações <strong>do</strong> humor; Envenenamento acidental;<br />

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