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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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• Consumo contínuo decorrente de um problema persistente ou repeti<strong>do</strong> de ordem profissional,<br />

escolar ou familiar (sucessivas faltas ao trabalho, maus resulta<strong>do</strong>s profissionais, faltas à escola,<br />

negligência de um filho ou da casa);<br />

• Consumo repeti<strong>do</strong> em situações em que esse uso é fisicamente perigoso (por exemplo, na<br />

condução automóvel ou de uma máquina);<br />

• Problemas legais repeti<strong>do</strong>s (detenção por condução anormal sob o efeito <strong>do</strong> álcool);<br />

• Consumo contínuo de álcool a despeito de dificuldades persistentes ou repetidas de ordem<br />

social ou interpessoais causadas ou agravadas pelo álcool (por exemplo, conflitos com o<br />

cônjuge a propósito das consequências da intoxicação, brigas).<br />

Ausência de critérios de dependência relativos ao álcool<br />

JELLINEK (1960), cita<strong>do</strong> por EDWARDS e cols. (1999, p. 51), contribuiu de mo<strong>do</strong><br />

importante para o estu<strong>do</strong> <strong>do</strong> alcoolismo, pois desenvolveu um sistema de classificação<br />

habitualmente cita<strong>do</strong> e simplifica<strong>do</strong> onde estabelece uma categorização de cinco espécies<br />

conforme se apresenta :<br />

• Alcoolismo alfa: Beber excessivo por razões puramente psicológicas, sem evidência de "<br />

adaptação física ".<br />

• Alcoolismo beta: Beber excessivo que levou a dano físico, mas sem dependência <strong>do</strong> álcool.<br />

• Alcoolismo gama: beber excessivo em que há evidência de tolerância e abstinência, consumo<br />

oscilante, com picos, e acentuada" perda de controle ".Jellinek considerava este padrão como<br />

típico <strong>do</strong>s países anglo-saxões.<br />

• Alcoolismo delta: Beber excessivo em que também há evidência de tolerância e abstinência, mas<br />

um consumo de álcool muito mais estável. Em vez de o paciente manifestar "perda de controlo",<br />

ele apresenta o que foi chama<strong>do</strong> de "incapacidade de se abster". O padrão foi considera<strong>do</strong> típico<br />

da França e de outros países em que se bebe vinho.<br />

Alcoolismo epsílon: Beber em surtos, o que costumava ser chama<strong>do</strong> de di psomania<br />

FARATE (2001) considera o núcleo da vulnerabilidade relacional <strong>do</strong> a<strong>do</strong>lescente,<br />

motiva<strong>do</strong> por um deficit <strong>do</strong> suporte identificatório e afectivo por parte <strong>do</strong>s pais ou seus<br />

substitutos. É esta inconsistente relação objectal que caracteriza o funcionamento psiquíco<br />

<strong>do</strong>s jovens que utilizam componentes de consumo, sen<strong>do</strong> este comportamento uma<br />

manifestação preocupante para o próprio e para o seu meio, tornan<strong>do</strong>-se um “falso” objecto<br />

de relação.<br />

Face à necessidade de re-arranjos da imagem de si, os conflitos identificatórios<br />

surgem pela ruptura com o equilíbrio anterior (investimento <strong>do</strong> Self-líbi<strong>do</strong> narcísico) e o<br />

investimento <strong>do</strong> outro (Libi<strong>do</strong> objectal) sofren<strong>do</strong> esta as consequências <strong>do</strong>s conflitos vivi<strong>do</strong>s<br />

na primeira. Tanto o tipo de relação precoce mãe-criança como a qualidade relacional actual<br />

repercutem-se no tipo de introjecções necessárias à transitividade.<br />

Um ambiente relacional descontínuo traduz-se, segun<strong>do</strong> WINNICOTT (1954), cita<strong>do</strong><br />

por FARATE (2001), num defice de oportunidades necessárias ao desenvolvimento <strong>do</strong><br />

processo de autonomização face aos progenitores.<br />

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