Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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uma população urbana do ensino básico em Viana do Castelo, tendo encontrado um valor de apenas 5% de crianças a ingerir álcool. Noutro estudo chegou à conclusão que 54% dos inquiridos tinham consumido álcool. PATRÍCIA e cols. citados por LOPES (1990), encontraram em 1981 consumos da ordem dos 92% e em 42% dos casos a alcoolémia era superior a um. O mesmo autor cita ainda um estudo de CARVALHO e cols. (1985), efectuado numa freguesia de Gondomar, em população escolar, entre os 10 e 17 anos onde encontraram 87% de consumidores, sendo 44% bebedores regulares. Num outro estudo realizado na cidade do Porto em 1996, com uma amostra de 2.974 de jovens entre os 12 e 19 anos foi encontrada uma percentagem de 49,2% de consumidores de álcool. Um estudo epidemiológico sobre o consumo de drogas realizado em 1995 à escala nacional com alunos do 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, constituído por uma amostra de 2033 alunos, dos quais 41,9% eram do sexo masculino, revelou que o álcool e o tabaco eram as substâncias mais consumidas. Dos inquiridos, 79,1% já tinha consumido álcool pelo menos uma vez sendo a prevalência mais elevada (80,2%) no sexo masculino. A idade de iniciação ocorreu por volta dos 13,1 anos e o contexto de iniciação foi sobretudo junto dos amigos (39,6%) e na família (25,6%). MORAIS (1998), num estudo transversal sobre o consumo de bebidas alcoólicas com uma amostra de 503 jovens estudantes e não estudantes entre os 15 e os 19 anos, residentes no concelho de Monção encontrou 88% de jovens que evidenciavam a existência de falsos conceitos sobre o álcool, aumentando esta percentagem para 92% nos estudantes e demonstrou que os jovens não estudantes possuem um consumo superior aos dos estudantes. Também num estudo transversal sobre bebidas alcoólicas em jovens de escolas secundárias, profissionais e numa escola superior BREDA (1999), concluiu que a primeira ingestão de bebidas alcoólicas ocorreu por volta dos 12 anos, que 40% dos rapazes e 46% das raparigas o faziam em casa e que a cerveja era a bebida mais consumida em 63% dos estudantes. CALVARIO e cols. (1997), estudaram os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas em 3 844 estudantes da Universidade da Beira Interior distribuídos pelas áreas das Ciências Sociais e Humanas, Ciências Exactas e Engenharias, tendo concluído que para muitos alunos as “festas sem álcool são chatas”. A cerveja revelou-se a bebida alcoólica mais consumida, podendo atingir, em alguns casos, nove garrafas por dia. Salienta também que 51% dos rapazes e 23,33% das raparigas responderam embriagar-se ocasionalmente e mais de metade das estudantes consumiam bebidas alcoólicas. Numa pesquisa sobre o consumo de bebidas alcoólicas realizada por LEITE e cols. (1997/98) na Faculdade de Farmácia da 130

Universidade de Coimbra, concluiu-se que 30% dos rapazes e 8% das raparigas já se embriagaram mais de vinte vezes e 20% dos jovens afirmaram ter problemas com o álcool, tais como: “ressaca”, faltar às aulas, conduzir após beber, piores notas, falta de memória e zangas com amigos e ou familiares. O consumo de álcool está para FARATE (2001), em primeiro lugar, tendo 62,8% dos jovens já consumido. Para o autor, o álcool é utilizado ocasionalmente por um pouco mais de metade dos adolescentes e de forma regular em de cerca de um em cada vinte. BARROSO (2004), desenvolveu um estudo exploratório em jovens universitários, tendo constatado que o primeiro contacto com bebidas alcoólicas se efectuou em média aos 14 anos de idade. Em 45,7% dos estudantes o início do consumo ocorreu fora de casa e em 67,2% com os amigos. Dos 93,5% de jovens consumidores de bebidas alcoólicas, 86,3% mantêm o consumo e 69% consomem bebidas destiladas. Ainda neste estudo encontrou como principais motivos para o consumo de bebidas alcoólicas, estas serem fonte de prazer em 48,3%, ajudar a relaxação e desínibir em 28,4% e permitir desfrutar melhor das festas em 23,3%. Estes dados estão de acordo com os obtidos e referidos por outros autores (BREDA, 1996, LEITE e cols. 1998 e BARROSO, 2000). Pesquisa feita pela MINTEL e publicada pela Sociedade Anti-Alcoolica Portuguesa mostra que os “Alcopops” se transformaram num modo de vida dos jovens com idades compreendidas entre os 18 e 24 anos com um consumo regular em mais de 50%. Um estudo desenvolvido no Instituto Politécnico de Coimbra no 1º trimestre de 2005 com 2640 estudantes que representaram 25% do total da população acerca dos “vícios no Meio Académico” – “Padrões de consumo de substâncias psicoactivas lícitas e ilícitas”, conclui que 93,62% da amostra já consumiu bebidas alcoólicas, com início de consumo entre os 16 e os 20 anos de idade. No entanto cerca de 5% iniciou o consumo antes dos 10 anos e cerca de 35% entre os 10 e 15 anos. O estado de embriaguez já ocorreu em 75,8%, sendo a cerveja a bebida de eleição destes jovens e em que o whisky, gin, brandies, licores e shots apresentam expressão acentuada. As situações mais marcantes no pós consumo são “não se recordar do que se passou na noite anterior” e “sentir remorsos”. De acordo com HARRISON e cols. (2002), 27% dos homens e 11% das mulheres, consomem acima dos valores recomendados, 21 e 14 unidades/semana respectivamente sendo que, 7% dos homens e 2% das mulheres são dependentes do álcool e 12% dos jovens são bebedores habituais. No quadro 3 apresentam-se dados de um estudo de Mello (1979) que fez uma análise retrospectiva de doentes internados onde indica que o primeiro contacto com a bebida se verifica na infância em 83% dos casos, na adolescência em 15% e apenas em 2% na idade adulta. O início da imoderação é, também, muito precoce: 17% na infância, 59% na adolescência e 23% no adulto. 131

uma população urbana <strong>do</strong> ensino básico em Viana <strong>do</strong> Castelo, ten<strong>do</strong> encontra<strong>do</strong> um valor de<br />

apenas 5% de crianças a ingerir álcool. Noutro estu<strong>do</strong> chegou à conclusão que 54% <strong>do</strong>s<br />

inquiri<strong>do</strong>s tinham consumi<strong>do</strong> álcool.<br />

PATRÍCIA e cols. cita<strong>do</strong>s por LOPES (1990), encontraram em 1981 consumos da<br />

ordem <strong>do</strong>s 92% e em 42% <strong>do</strong>s casos a alcoolémia era superior a um. O mesmo autor cita<br />

ainda um estu<strong>do</strong> de CARVALHO e cols. (1985), efectua<strong>do</strong> numa freguesia de Gon<strong>do</strong>mar, em<br />

população escolar, entre os 10 e 17 anos onde encontraram 87% de consumi<strong>do</strong>res, sen<strong>do</strong><br />

44% bebe<strong>do</strong>res regulares. Num outro estu<strong>do</strong> realiza<strong>do</strong> na cidade <strong>do</strong> Porto em 1996, com<br />

uma amostra de 2.974 de jovens entre os 12 e 19 anos foi encontrada uma percentagem de<br />

49,2% de consumi<strong>do</strong>res de álcool.<br />

Um estu<strong>do</strong> epidemiológico sobre o consumo de drogas realiza<strong>do</strong> em 1995 à escala<br />

nacional com alunos <strong>do</strong> 10º, 11º e 12º anos de escolaridade, constituí<strong>do</strong> por uma amostra de<br />

2033 alunos, <strong>do</strong>s quais 41,9% eram <strong>do</strong> sexo masculino, revelou que o álcool e o tabaco<br />

eram as substâncias mais consumidas. Dos inquiri<strong>do</strong>s, 79,1% já tinha consumi<strong>do</strong> álcool pelo<br />

menos uma vez sen<strong>do</strong> a prevalência mais elevada (80,2%) no sexo masculino. A idade de<br />

iniciação ocorreu por volta <strong>do</strong>s 13,1 anos e o contexto de iniciação foi sobretu<strong>do</strong> junto <strong>do</strong>s<br />

amigos (39,6%) e na família (25,6%). MORAIS (1998), num estu<strong>do</strong> transversal sobre o<br />

consumo de bebidas alcoólicas com uma amostra de 503 jovens estudantes e não<br />

estudantes entre os 15 e os 19 anos, residentes no concelho de Monção encontrou 88% de<br />

jovens que evidenciavam a existência de falsos conceitos sobre o álcool, aumentan<strong>do</strong> esta<br />

percentagem para 92% nos estudantes e demonstrou que os jovens não estudantes<br />

possuem um consumo superior aos <strong>do</strong>s estudantes.<br />

Também num estu<strong>do</strong> transversal sobre bebidas alcoólicas em jovens de escolas<br />

secundárias, profissionais e numa escola superior BREDA (1999), concluiu que a primeira<br />

ingestão de bebidas alcoólicas ocorreu por volta <strong>do</strong>s 12 anos, que 40% <strong>do</strong>s rapazes e 46%<br />

das raparigas o faziam em casa e que a cerveja era a bebida mais consumida em 63% <strong>do</strong>s<br />

estudantes.<br />

CALVARIO e cols. (1997), estudaram os hábitos de consumo de bebidas alcoólicas<br />

em 3 844 estudantes da Universidade da Beira Interior distribuí<strong>do</strong>s pelas áreas das Ciências<br />

Sociais e Humanas, Ciências Exactas e Engenharias, ten<strong>do</strong> concluí<strong>do</strong> que para muitos<br />

alunos as “festas sem álcool são chatas”. A cerveja revelou-se a bebida alcoólica mais<br />

consumida, poden<strong>do</strong> atingir, em alguns casos, nove garrafas por dia. Salienta também que<br />

51% <strong>do</strong>s rapazes e 23,33% das raparigas responderam embriagar-se ocasionalmente e mais<br />

de metade das estudantes consumiam bebidas alcoólicas. Numa pesquisa sobre o consumo<br />

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