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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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estatísticas mais recentes já revelarem uma diminuição na diferença entre ambos os sexos.<br />

Este consumo é mais frequente na presença de hábitos familiares regulares de ingestão e<br />

em certas instituições ou grupos, como é o caso de instituições militares e grupos<br />

desportivos.<br />

A influência <strong>do</strong>s factores sócio-culturais está demonstrada pela variabilidade de<br />

proporção de alcoólatras em função de determina<strong>do</strong>s grupos profissionais como os trabalhos<br />

braçais, profissões agrícolas e as que impõem uma separação familiar periódica, grupos<br />

sociais, tipos de civilizações e sexo. Também as relações estreitas com outros alcoólatras e<br />

a pressão <strong>do</strong>s amigos ou <strong>do</strong> grupo de encontro parecem ser determinantes na origem <strong>do</strong><br />

alcoolismo. Desde ce<strong>do</strong> os a<strong>do</strong>lescentes, no seu processo de socialização, aprendem que a<br />

ingestão alcoólica reduz a tensão, a ansiedade e outros sentimentos desagradáveis,<br />

poden<strong>do</strong> até ser fonte de prazer. A frequência e a quantidade de consumo em família, casa<br />

de amigos, festas e outros locais fora de casa, atenuam-se muito sob a supervisão <strong>do</strong>s pais<br />

ou outros adultos.<br />

Nos jovens, LOPES (1990), indica como factores predisponentes para o alcoolismo<br />

os tempos livres sem ocupação, a demotivação, os fracassos escolares e profissionais, os<br />

sentimentos de isolamento, a crise familiar e desorganização <strong>do</strong>s laços de identificação com<br />

o pai e a fraqueza da sua autoridade.<br />

SCHYDLOWER e cols. (1995, p.175), referem que os a<strong>do</strong>lescentes procuram inserir-<br />

se em grupos com atitudes e comportamentos semelhantes aos seus, poden<strong>do</strong> a pressão<br />

exercida pelos outros elementos estimular o consumo de bebidas alcoólicas. Por outro la<strong>do</strong>,<br />

o consumo excessivo de álcool ocorre com maior probabilidade junto de amigos pois "A<br />

mensagem transmitida pelos meios de comunicação aos jovens é evidente: as bebidas<br />

alcoólicas são essenciais à aceitação social, representam um perigo reduzi<strong>do</strong> para a saúde e<br />

constituem uma recompensa no final de um dia de trabalho, após um exame escolar, uma<br />

vitória desportiva, adaptan<strong>do</strong>-se perfeitamente aos momentos de descontracção ".<br />

O facto <strong>do</strong> álcool ser facilmente obti<strong>do</strong> e o consumo ser legal e socialmente aceite<br />

contribuem para que seja considera<strong>do</strong> pelos a<strong>do</strong>lescentes e pais como menos perigoso que<br />

as outras drogas e consequentemente desvalorizarem o seu consumo BORGES e cols.<br />

(2001).<br />

Factores Psicobiológicos: Nestes factores o princípio <strong>do</strong> prazer pre<strong>do</strong>mina sobre o<br />

princípio da realidade. A incapacidade para encontrar satisfação está ligada e uma<br />

imaturidade <strong>do</strong> Eu, que leva à procura e realização imediata <strong>do</strong> prazer (aliviar a tensão<br />

interior). O alcoólico está em esta<strong>do</strong> de intensa regressão narcísica, incapaz de estabelecer<br />

uma verdadeira relação e <strong>do</strong>mina<strong>do</strong> pela necessidade de satisfação imediata, o que o leva a<br />

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