17.04.2013 Views

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

A SOCIEDADE AMERICANA DE TOXICOMANIA E ALCOOLOGIA (1990) cita<strong>do</strong> por<br />

ADÉS e LEJOYEUX (1997, p. 37), definiram alcoolismo como " uma <strong>do</strong>ença primária,<br />

crónica, caracterizada pela perda de controlo sobre a ingestão de álcool, pela preocupação<br />

constante com o álcool e por um consumo persistente de álcool a despeito de surgirem<br />

efeitos negativos, por uma distorção da percepção <strong>do</strong> álcool e por uma negação das<br />

alcoolizações ".<br />

JELLINEK, cita<strong>do</strong> por GAMEIRO (1979, p.25), diz-nos que alcoolismo "é um processo<br />

patológico (<strong>do</strong>ença em que os danos físicos se tornam cada vez maiores à medida que o<br />

tempo passa) em que o alcoólico aumenta as quantidades de álcool". GAMEIRO (1979, p.<br />

3), define alcoólico como a pessoa que "depende de bebidas alcoólicas de tal mo<strong>do</strong> que não<br />

é capaz, mesmo que queira, de deixar de beber ao menos durante 2 ou 3 meses". A OMS,<br />

(1980), citada por MELLO e cols. (1988, p.12), considera o alcoolismo como <strong>do</strong>ença e<br />

alcoólico como <strong>do</strong>ente “Alcoólicos são bebe<strong>do</strong>res excessivos cuja dependência em relação<br />

ao álcool se acompanha de perturbações mentais, da saúde física, da relação com os outros<br />

e <strong>do</strong> seu comportamento social e económico”. Existem de facto factores individuais<br />

relaciona<strong>do</strong>s com o meio que condicionam o consumo excessivo de álcool, levan<strong>do</strong>, ou não,<br />

à dependência ao fim de algum tempo. Surge assim uma tríade constituída por<br />

Agente/Indivíduo/Meio que está na origem de to<strong>do</strong> este fenómeno <strong>do</strong> alcoolismo (MELLO e<br />

cols. 1988).<br />

Nesta perspectiva, o conceito de alcoolismo como <strong>do</strong>ença é ultrapassa<strong>do</strong><br />

representan<strong>do</strong> um problema complexo e vasto, que segun<strong>do</strong> FOUQUET cita<strong>do</strong> por MELLO e<br />

cols. (1988, p. 12), “requer uma abordagem mais actual e adequada”. A contribuição dada<br />

nos últimos anos, por organizações científicas, fruto de reuniões de peritos contribui para o<br />

aparecimento de uma nova ciência, a Alcoologia. A autora considera o alcoolismo uma<br />

<strong>do</strong>ença caracterizada por 4 fases:<br />

Fase 1 (Fase social, sem dependência física, apenas dependência emocional):<br />

Inicia-se na primeira vez que se bebe, sen<strong>do</strong> condicionada por <strong>do</strong>is factores fundamentais:<br />

Predisposição Orgânica e Benefícios. O primeiro sintoma é a dependência emocional provocan<strong>do</strong><br />

alterações no desenvolvimento emocional, especialmente ao nível da tolerância. Quan<strong>do</strong> ocorre na<br />

infância ou na a<strong>do</strong>lescência, a mudança emocional não é percebida e confunde-se com má educação,<br />

infantilidade ou temperamento forte. A partir daí, a dependência desenvolve-se de forma mais ou<br />

menos lenta, condicionada pela predisposição orgânica. Bebe-se pouco e socialmente, não há perdas<br />

devidas ao uso, nem problemas físicos.<br />

Fase 2 (Fase social, sem dependência física, apenas dependência emocional):<br />

É uma fase de maior consumo comparada com a anterior em que a tolerância aumenta mas<br />

ainda sem problemas de dependência física mas apenas dependência emocional.<br />

110

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!