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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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álcool não dá força porque embora a pessoa alcoolizada se sinta temporariamente "o<br />

maior", "o mais forte", "sem me<strong>do</strong> de nada nem de ninguém", na realidade as suas<br />

capacidades encontram-se diminuídas, porquanto nem sequer tem a percepção das suas<br />

competências.<br />

O álcool disfarça o cansaço <strong>do</strong> trabalho físico ou intelectual intenso, pela sua acção<br />

euforizante e anestésica, dan<strong>do</strong> a falsa aparência de uma nova energia, fican<strong>do</strong> o indivíduo<br />

excita<strong>do</strong> e não sentin<strong>do</strong> o cansaço, mas quan<strong>do</strong> o seu efeito termina, o cansaço é maior<br />

porque para além da fadiga anterior, o organismo ainda gastou energias a "queimar” o álcool<br />

no fíga<strong>do</strong>.<br />

• O álcool " ajuda a digestão": O álcool torna a digestão mais rápida e isso significa um<br />

aumento <strong>do</strong>s movimentos peristálticos, o que faz com que os alimentos passem para o<br />

intestino sem que estejam devidamente digeri<strong>do</strong>s, dan<strong>do</strong> a sensação de estômago<br />

menos enfarta<strong>do</strong>, ou seja, o álcool não ajuda a digestão, nem abre o apetite, mas<br />

provoca a sua falta. Devi<strong>do</strong> a este processo, o indivíduo pode desenvolver gastrites e<br />

úlceras gástricas e duodenais.<br />

Em oposição ao que é vulgarmente afirma<strong>do</strong>, na verdade, o álcool, apenas provoca<br />

uma dilatação <strong>do</strong> piloro, levan<strong>do</strong> a uma passagem mais célere <strong>do</strong>s alimentos para o<br />

intestino, sem uma correcta digestão no estômago prejudican<strong>do</strong> de sobremaneira a absorção<br />

<strong>do</strong>s nutrientes.<br />

• O álcool "é um medicamento": O álcool não é um remédio, apenas disfarça alguma<br />

sintomatologia como <strong>do</strong>res, mal-estar, constipações, inflamações da garganta entre<br />

outras, através <strong>do</strong> seu efeito euforizante e anestésico, pelo que não cura. Após o seu<br />

efeito, a sintomatologia que tinha si<strong>do</strong> ocultada volta a aparecer. Este "falso remédio"<br />

origina uma perigosa diminuição das defesas e das resistências <strong>do</strong> organismo, sen<strong>do</strong> os<br />

<strong>do</strong>entes alcoólicos mais propensos a <strong>do</strong>enças, tais como gripes, pneumonias e<br />

tuberculoses, <strong>do</strong> que os indivíduos que bebem moderadamente ou se abstêm.<br />

É atribuí<strong>do</strong> ao álcool, sobretu<strong>do</strong> ao whisky, o falso papel terapêutico protector nas<br />

<strong>do</strong>enças cardíacas. Por vezes, ouve-se mesmo dizer que o álcool dilata as coronárias, que<br />

não tem efeitos nocivos sobre o músculo cardíaco, que dissolve o colesterol e evita a<br />

arteriosclerose. É verdade que o whisky contribui para a dissolução <strong>do</strong> colesterol, mas este<br />

efeito terapêutico é insignificante quan<strong>do</strong> compara<strong>do</strong> com os malefícios que produz.<br />

Já em 1966-67, o cardiologista SCHWEIZER, demonstrou que o álcool poderá<br />

atenuar a <strong>do</strong>r da angina de peito, mas em menor escala que outros medicamentos utiliza<strong>do</strong>s<br />

para o efeito, que o álcool não modifica as perturbações circulatórias e que as bebidas<br />

alcoólicas inclusive o whisky não melhoram o electrocardiograma. Também estu<strong>do</strong>s<br />

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