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Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...

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Quanto aos motivos para ingerir bebidas alcoólicas, o estu<strong>do</strong> de BREDA (2000, p.41)<br />

revelou que 35,5% <strong>do</strong>s sujeitos da amostra o fazem “por gosto e/ou prazer”, 31,5% “para<br />

melhor poder desfrutar das festas e da noite”, 17,5% " para relaxar e/ou desínibir " e 5,6%<br />

como "complemento alimentar". RODRIGUES e cols. (1997), referem que sentir-se feliz foi a<br />

alternativa assinalada por 49,2% <strong>do</strong>s alunos.<br />

Quanto à influência <strong>do</strong> género no consumo de bebidas, as investigações realizadas<br />

ainda não são concludentes, pois há estu<strong>do</strong>s como o de BORGES (1993), onde essa relação<br />

não foi encontrada mas RODRIGUES (1997, p. 33), afirma que “as diferenças segun<strong>do</strong> o<br />

sexo foram significativas no que respeita à média de consumo de álcool para to<strong>do</strong>s os tipos<br />

de bebidas. Os rapazes em geral referiam beber, em média, cerca <strong>do</strong> <strong>do</strong>bro das raparigas ".<br />

CARVALHO (1996), é da mesma opinião, pois verificou a existência de diferença<br />

estatisticamente significativa entre rapazes e raparigas quer para os consumi<strong>do</strong>res regulares<br />

de vinho, como para os consumi<strong>do</strong>res regulares de cerveja e de bebidas destiladas.<br />

No que se refere à influência sócio-económica, no consumo de álcool pelos<br />

a<strong>do</strong>lescentes, CARVALHO (1996), afirma que as investigações têm-se revela<strong>do</strong><br />

frequentemente inconsistentes e contraditórias e no seu estu<strong>do</strong> encontrou relação directa<br />

entre estas duas variáveis. Algumas pesquisas têm procura<strong>do</strong> identificar padrões de início de<br />

uso de drogas ilícitas associadas ao álcool em a<strong>do</strong>lescentes, estudantes e adultos jovens,<br />

para além de outros factores de riscos (POIKOLAINEN, 2000; BIEDERMAN e cols. 2000;<br />

HEMMINGSSON e LUNDBERG, 2001).<br />

Estu<strong>do</strong>s epidemiológicos, realiza<strong>do</strong>s com estudantes de diferentes níveis de ensino,<br />

revelaram alta prevalência de uso de substâncias psicoactivas, principalmente as drogas<br />

lícitas. Por exemplo entre estudantes universitários da cidade de São Paulo as drogas<br />

utilizadas alguma vez na vida em ordem decrescente foram o álcool, tabaco, inalantes,<br />

medicamentos prescritos e cocaína, (MAGALHÃES e cols 1991).<br />

Um estu<strong>do</strong> piloto com a<strong>do</strong>lescentes consumi<strong>do</strong>res que procuraram atendimento<br />

ambulatório, mostrou que o uso de drogas se iniciou, em média, aos 11,67 anos com o<br />

consumo de álcool, o uso regular aos 13,22 anos, evoluin<strong>do</strong> para o uso <strong>do</strong> tabaco (12 anos),<br />

inalantes (13,92 anos) cocaína via inalatória (14, 36 anos), crack (14,67 anos), alucinógenos<br />

(15,33 anos) e cocaína en<strong>do</strong>venosa (16 anos). Embora o álcool tenha si<strong>do</strong> a primeira droga<br />

consumida, foi à última a apresentar uso problemático (SCIVOLETTO e cols 1997).<br />

SANTOS (1999), afirma que a maior probabilidade de os jovens consumirem drogas<br />

ilícitas e/ou lícitas acontece na transição entre a a<strong>do</strong>lescência e a idade adulta. Os jovens<br />

são um grupo vulnerável que muitas das vezes encontram um "refúgio" na bebida para<br />

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