Doutoramento Lidia do Rosrio Cabral Agosto2007.pdf - Repositório ...
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"trabalhadores de trabalhos pesados precisam de beber mais bebidas alcoólicas que os outros" e que o "vinho pode substituir um alimento". No mesmo estudo verificou-se que cerca de 57,31 % dos estudantes, não soube responder sobre a idade da primeira ingestão de uma bebida alcoólica, mas aproximadamente 31,50% diz ter sido antes dos 17 anos. Só 5,16% referem nunca terem bebido bebidas alcoólicas. Nos estudantes inquiridos, 64,72% responderam haver hábitos de consumo em casa e 25,65% referiram, que na sua família ninguém bebe. Entre os que têm hábitos de consumo em casa, 34,25% afirmaram que, quem mais consome é o pai e em 14,80% do agregado familiar dos e todos bebiam. Concluíram ainda que, 64,72% consumiam bebidas alcoólicas, tendo-se verificado que o valor percentual era de 75,70% para os homens e 56,36% para as mulheres, e da totalidade dos que consumiam, 57,66% bebiam bebidas alcoólicas ocasionalmente. Responderam consumir ao fim de semana 6,64% dos homens e 6,99% das mulheres e a percentagem de alunos que bebiam diariamente álcool é de 7,37% para o sexo masculino e 0,54% para o sexo feminino, 37,18% têm maior consumo ao fim de semana e 26,51 % consumiam independentemente do dia da semana. A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida, podendo atingir as nove garrafas por dia e 51,00% dos rapazes e 23,33% das raparigas responderam embriagar-se ocasionalmente. Foi desenvolvido por MORAIS (1999), um estudo transversal sobre o "consumo de bebidas alcoólicas nos jovens" em jovens estudantes e não estudantes dos 15 e os 19 anos, residentes no conselho de Monção distrito de Viana do Castelo. Neste estudo, ressalta que os falsos conceitos, costumes e tradições, transmitidos de geração em geração, ainda estão enraizados nessa comunidade. Constatou-se, que os jovens não estudantes de ambos os sexos assumiam atitudes muito semelhantes em todas as dimensões. Os jovens estudantes evidenciaram ser menos favoráveis ao álcool, com destaque para as raparigas. Revelaram ter falsos conceitos 88% dos não estudantes mas esta percentagem aumentou para 92% nos jovens estudantes. Os estudantes do sexo masculino, foram os que mais valorizaram o consumo de bebidas alcoólicas em convívios e festas e os jovens não estudantes, atribuíram mais ao álcool o falso papel da capacidade de concentração dada pelo consumo da bebida do que os estudantes. Ambos os grupos, consideram favorável a acção desinibidora do álcool, ou seja disseram que o "álcool ajuda a descontrair". A ingestão da primeira bebida alcoólica ocorreu em média aos 12 anos de idade, em casa em cerca de 40% de rapazes e 46,0% nas raparigas, no café para cerca de 39% dos rapazes e 30% das raparigas e em casa de amigos registou-se em 20% dos rapazes e 24% das raparigas. Para a maioria dos rapazes, a bebida de eleição foi a cerveja enquanto o vinho foi a preferida para a maioria das raparigas. 102
Nos anos de 1997-98, LEITE numa pesquisa na Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra sobre o consumo de bebidas alcoólicas com o objectivo de estudar consumos e hábitos alimentares concluiu que a cerveja era a bebida consumida, seguindo- se o vinho e por fim os destilados. O primeiro local de consumo foi em casa, seguindo-se o pub /disco e o café. Durante as refeições, rapazes e raparigas disseram beber com maior frequência vinho, seguido de cerveja, somente os rapazes responderam consumir bebidas destiladas às refeições. Fora das refeições, a cerveja e as bebidas destiladas foram as preferidas. Uma minoria dos rapazes (7,0%) e cerca de 37% das raparigas referiram nunca se terem embriagado, mas em mais de 30% dos rapazes e 8% das raparigas a embriaguez já ocorreu mais de vinte vezes. Os principais motivos que levaram estes jovens ao consumo foram: "bebo porque gosto e dá-me prazer", "bebo para melhor desfrutar das festas e da noite" e o "álcool ajuda-me a desínibir e relaxar". Grande percentagem de jovens, afirmaram já terem tido problemas com o álcool como ressaca, faltar às aulas, conduzir após consumo, piores notas, entrar em brigas, falta de memória, não se lembrar de factos após ingerir bebidas alcoólicas e ter problemas ou zangas com familiares e/ou namorado, sendo que cerca de 20% da amostra teve já problemas. CARVALHO (1996), efectuou um estudo epidemiológico no concelho de Matosinhos àcerca do consumo de álcool e drogas nos jovens, tendo encontrado uma relação bastante significativa entre o consumo de álcool pelos pais e pelos filhos. RODRIGUES (1997), no seu estudo em alunos de 16 anos no âmbito do Projecto Europeu para Estudos do Álcool e outras Substâncias em Meio Escolar, concluiu que 79,1% dos alunos consumiam pelo menos uma vez bebidas alcoólicas. O estudo de BORGES (1993), sobre o consumo de álcool em adolescente do 9° ao 12° ano de escolaridade da Escola Secundária de San ta Comba Dão, concluiu que 92% dos sujeitos da amostra já tinham consumido bebidas alcoólicas, indica ainda que 20% iniciaram o consumo antes dos 10 anos e 53% entre os 10 e os 15 anos. RODRIGUES (1997), indica que 20,35% dos adolescentes tiveram o primeiro contacto com a bebida com menos de 11 anos, 55,15% com idade compreendida entre os 11 e os 15 anos e com mais de 15 anos, 0,25%. BREDA (2000), refere que os jovens da sua amostra iniciaram o consumo de bebidas alcoólicas aos 12 anos. Relativamente à bebida alcoólica, consumida com maior frequência pelos adolescentes, os autores consultados são unânimes em nomear a cerveja. Considerando o consumo nos últimos 12 meses CARVALHO (1996), refere a cerveja como a bebida preferida por 46% dos adolescentes surgindo em segundo lugar as bebidas destiladas com 29% e em terceiro o vinho com 24%. BREDA (2000), também encontra uma ordem semelhante, sendo a cerveja consumida por 63,0% dos adolescentes. 103
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"trabalha<strong>do</strong>res de trabalhos pesa<strong>do</strong>s precisam de beber mais bebidas alcoólicas que os<br />
outros" e que o "vinho pode substituir um alimento". No mesmo estu<strong>do</strong> verificou-se que cerca<br />
de 57,31 % <strong>do</strong>s estudantes, não soube responder sobre a idade da primeira ingestão de uma<br />
bebida alcoólica, mas aproximadamente 31,50% diz ter si<strong>do</strong> antes <strong>do</strong>s 17 anos. Só 5,16%<br />
referem nunca terem bebi<strong>do</strong> bebidas alcoólicas. Nos estudantes inquiri<strong>do</strong>s, 64,72%<br />
responderam haver hábitos de consumo em casa e 25,65% referiram, que na sua família<br />
ninguém bebe. Entre os que têm hábitos de consumo em casa, 34,25% afirmaram que,<br />
quem mais consome é o pai e em 14,80% <strong>do</strong> agrega<strong>do</strong> familiar <strong>do</strong>s e to<strong>do</strong>s bebiam.<br />
Concluíram ainda que, 64,72% consumiam bebidas alcoólicas, ten<strong>do</strong>-se verifica<strong>do</strong> que o<br />
valor percentual era de 75,70% para os homens e 56,36% para as mulheres, e da totalidade<br />
<strong>do</strong>s que consumiam, 57,66% bebiam bebidas alcoólicas ocasionalmente. Responderam<br />
consumir ao fim de semana 6,64% <strong>do</strong>s homens e 6,99% das mulheres e a percentagem de<br />
alunos que bebiam diariamente álcool é de 7,37% para o sexo masculino e 0,54% para o<br />
sexo feminino, 37,18% têm maior consumo ao fim de semana e 26,51 % consumiam<br />
independentemente <strong>do</strong> dia da semana. A cerveja é a bebida alcoólica mais consumida,<br />
poden<strong>do</strong> atingir as nove garrafas por dia e 51,00% <strong>do</strong>s rapazes e 23,33% das raparigas<br />
responderam embriagar-se ocasionalmente.<br />
Foi desenvolvi<strong>do</strong> por MORAIS (1999), um estu<strong>do</strong> transversal sobre o "consumo de<br />
bebidas alcoólicas nos jovens" em jovens estudantes e não estudantes <strong>do</strong>s 15 e os 19 anos,<br />
residentes no conselho de Monção distrito de Viana <strong>do</strong> Castelo. Neste estu<strong>do</strong>, ressalta que<br />
os falsos conceitos, costumes e tradições, transmiti<strong>do</strong>s de geração em geração, ainda estão<br />
enraiza<strong>do</strong>s nessa comunidade. Constatou-se, que os jovens não estudantes de ambos os<br />
sexos assumiam atitudes muito semelhantes em todas as dimensões. Os jovens estudantes<br />
evidenciaram ser menos favoráveis ao álcool, com destaque para as raparigas. Revelaram<br />
ter falsos conceitos 88% <strong>do</strong>s não estudantes mas esta percentagem aumentou para 92%<br />
nos jovens estudantes. Os estudantes <strong>do</strong> sexo masculino, foram os que mais valorizaram o<br />
consumo de bebidas alcoólicas em convívios e festas e os jovens não estudantes, atribuíram<br />
mais ao álcool o falso papel da capacidade de concentração dada pelo consumo da bebida<br />
<strong>do</strong> que os estudantes. Ambos os grupos, consideram favorável a acção desinibi<strong>do</strong>ra <strong>do</strong><br />
álcool, ou seja disseram que o "álcool ajuda a descontrair". A ingestão da primeira bebida<br />
alcoólica ocorreu em média aos 12 anos de idade, em casa em cerca de 40% de rapazes e<br />
46,0% nas raparigas, no café para cerca de 39% <strong>do</strong>s rapazes e 30% das raparigas e em<br />
casa de amigos registou-se em 20% <strong>do</strong>s rapazes e 24% das raparigas. Para a maioria <strong>do</strong>s<br />
rapazes, a bebida de eleição foi a cerveja enquanto o vinho foi a preferida para a maioria das<br />
raparigas.<br />
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