Ditado pelo Espírito: HUMBERTO DE CAMPOS ... - Portal Luz Espírita
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29 – BRASIL, CORAÇÃO DO MUNDO, PÁTRIA DO EVANGELHO<br />
lhes observa os movimentos, impossibilitado de adotar quaisquer providências.<br />
A metrópole portuguesa não se digna de enviar à colônia distante os elementos<br />
necessários à sua conservação e defesa. Villegaignon, localizado na Guanabara,<br />
edifica a sua obra; mas, os padres calvinistas, que lhe acompanharam a<br />
expedição, inutilizam-lhe muitas vezes o trabalho construtivo, com as suas<br />
discussões estéreis. Em 1559, Villegaignon regressa à França, no propósito de<br />
buscar recursos oficiais, sem jamais tornar ao Brasil, ficando os seus<br />
compatriotas abandonados na colônia nascente.<br />
Em 1558, havia assumido o governo-geral de Santa Cruz, Mem de Sá,<br />
que combate sem tréguas a influência dos estrangeiros. Com a sua energia,<br />
expele os franceses do Rio de Janeiro, destruindo-lhes as fortificações. Mal,<br />
porém, se havia retirado o governador, voltaram os franceses dispersos a<br />
reassumir a sua posição na Ilha de Serigipe, com o auxílio dos Tamoios,<br />
reunidos a esse tempo na maior confederação indígena que já existiu em terras<br />
do Brasil, sob a direção de Cuhambebe, contra as perversidades dos<br />
colonizadores portugueses. O governador-geral reconhece a necessidade de<br />
fundar-se uma povoação que aí ficasse como sentinela da costa, a fim de<br />
eliminar os derradeiros resquícios das influências francesas. O grande projeto<br />
aguarda ensejo favorável para a sua concretização.<br />
Estácio de Sá, sobrinho do governador, é então incumbido de comandar<br />
uma guarnição que ali se planta, em defesa da cidade; a povoação se reparte em<br />
pequenas guarnições de militares, junto ao Pão de Açúcar e numa das<br />
numerosas ilhas do golfo esplêndido. Os franceses, todavia, unem-se aos índios<br />
e Estácio de Sá morre, em 1567, empenhado com eles em guerras. O combate,<br />
em tais circunstâncias, assume proporções aspérrimas e rudes. Mem de Sá<br />
reúne todas as forças disponíveis nas cidades da colônia e ataca todas as<br />
fortificações que existiam onde hoje se situam a praia do Flamengo e a Ilha do<br />
Governador; obtém a mais completa vitória sobre o inimigo, mas permitiu,<br />
lamentavelmente, que aí se consumassem inauditas crueldades com os<br />
vencidos.<br />
Os portugueses transferem, então, a cidade, que fica definitivamente<br />
fundada no Morro de São Januário, mais tarde do Castelo. Em homenagem ao<br />
mártir do Cristianismo, recebeu a cidade o nome de São Sebastião, ficando<br />
outro sobrinho do governador na sua administração.<br />
Nas esferas superiores do infinito, Ismael e suas abnegadas falanges<br />
choram sobre tão lamentáveis acontecimentos, quais o suplício imposto a João<br />
de Boles <strong>pelo</strong>s elementos de mais confiança dos maiorais da espiritualidade.<br />
A cidade fica sob a proteção espiritual de Sebastião, o grande filho de<br />
Narbonne, martirizado pela sua fé cristã ao tempo de Diocleciano, em 288 da