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Erú. medo, terror. Gbô. Do nagô. Velho. Gombê. o boi angolano, também denomi- nado ongombê. Gimbo. dinheiro .Inchar nas coronhas. enrijecer os mús- culos, fazendo esforços para se liber- tar de qualquer atadura. Juruti. espécie de ave. Mongo. Do nagô. monte, corcova. Mongongo. Do nagô. espichaço. Munzuás. armadilha em forma de ces- to afunilado, feita com taquara, para capturar peixes, lagostas, etc. Muzambê. forte, vigoroso. Ocacaí. Do quimbundo. Oka-ndimba oca- kai, a coelhinha ou a lebresinha femêa. Ocalume. Do quimbundo. Oka-ndimba oka- lume, o coelhinho ou a lebresinha macho. Oimbo. nomeação para homem branco, caráter pejorativo. Orí. cabeça no sentido literal. Para a cul- 112 Escritos sobre quibungos tura iourubá, refere-se à cabeça “inferior”, as escolhas do homem dependem dessa, é ela que predestina ao sucesso ou ao fracasso. Pombeiro. nome que se dava no Brasil e em África ao indivíduo que percorria os sertões para capturar escravos. Puçás. artifício de pesca. Quicézinha. quicê, caxirenguengue, faca pequenina e afiada. Quicôlo. Do quimbundo. Forte. Quiponguê. comida de santo. Prato à base de feijão. Rezinga. rixa, desavença, altercação, discórdia. Um pouco mais das narrativas A Kandimba, o Dumbo e o Quibungo Esse conto foi narrado por João Lopes e José Ângelo Ferreira, Tatas (ou Capitães Regentes) do grupo de Moçambique da Irmandade de N. S. do Rosário do bairro Jatobá, em Belo Horizonte-MG. O lobishome e a menina Estes versos são uma cópia de um conto popular colhido em Pernambuco. A aranha caranguejeira e o quibungo Silva Campos recolheu esse conto entre os trabalhadores negros do Recôncavo da Bahia. É a única história que ele conhece sobre as aventuras da aranha. Pelo nordeste e norte do Brasil, assim como no sul e centro, a aranha não mereceu as atenções do fabulário popular. A história que Silva Campos registrou identifica a origem africana, especialmente da Costa do Ouro, dos negros do grupo Tshi ou Ashanti, em cuja literatura oral a aranha domina como centro de interesse. Convém salientar que a curiosidade desse conto é apresentar a Aranha Caranguejeira na plenitude de sua ferocidade e astúcia. Naturalmente, os episódios não são exclusivos d’África. Couto de Magalhães em O Selvagem, divulgou as lendas da Raposa, Momeucaua Micura Receuára, colhidas nos sertões do Mato Grosso entre indígenas tupis ou mestiços da mesma raça. Na lenda XVII relatada no livro de Couto de Magalhães, a Onça foi amarrada
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Erú. medo, terror.<br />
Gbô. Do nagô. Velho.<br />
Gombê. o boi angolano, também denomi-<br />
nado ongombê.<br />
Gimbo. dinheiro<br />
.Inchar nas coronhas. enrijecer os mús-<br />
culos, fazendo esforços para se liber-<br />
tar de qualquer atadura.<br />
Juruti. espécie de ave.<br />
Mongo. Do nagô. monte, corcova.<br />
Mongongo. Do nagô. espichaço.<br />
Munzuás. armadilha em forma de ces-<br />
to afunilado, feita com taquara, para<br />
capturar peixes, lagostas, etc.<br />
Muzambê. forte, vigoroso.<br />
Ocacaí. Do quimbundo. Oka-ndimba oca-<br />
kai, a coelhinha ou a lebresinha femêa.<br />
Ocalume. Do quimbundo. Oka-ndimba oka-<br />
lume, o coelhinho ou a lebresinha macho.<br />
Oimbo. nomeação para homem branco,<br />
caráter pejorativo.<br />
Orí. cabeça no sentido literal. Para a cul-<br />
112 Escritos sobre quibungos<br />
tura iourubá, refere-se à cabeça “inferior”,<br />
as escolhas do homem dependem<br />
dessa, é ela que predestina ao<br />
sucesso ou ao fracasso.<br />
Pombeiro. nome que se dava no Brasil e<br />
em África ao indivíduo que percorria<br />
os sertões para capturar escravos.<br />
Puçás. artifício de pesca.<br />
Quicézinha. quicê, caxirenguengue, faca<br />
pequenina e afiada.<br />
Quicôlo. Do quimbundo. Forte.<br />
Quiponguê. comida de santo. Prato à<br />
base de feijão.<br />
Rezinga. rixa, desavença, altercação,<br />
discórdia.<br />
Um pouco mais das narrativas<br />
A Kandimba, o Dumbo e o Quibungo<br />
Esse conto foi narrado por João Lopes e José Ângelo Ferreira, Tatas (ou<br />
Capitães Regentes) do grupo de Moçambique da Irmandade de N. S. do<br />
Rosário do bairro Jatobá, em Belo Horizonte-MG.<br />
O lobishome e a menina<br />
Estes versos são uma cópia de um conto popular colhido em<br />
Pernambuco.<br />
A aranha caranguejeira e o quibungo<br />
Silva Campos recolheu esse conto entre os trabalhadores negros do Recôncavo<br />
da Bahia. É a única história que ele conhece sobre as aventuras<br />
da aranha. Pelo nordeste e norte do Brasil, assim como no sul e centro, a<br />
aranha não mereceu as atenções do fabulário popular. A história que Silva<br />
Campos registrou identifica a origem africana, especialmente da Costa do<br />
Ouro, dos negros do grupo Tshi ou Ashanti, em cuja literatura oral a aranha<br />
domina como centro de interesse.<br />
Convém salientar que a curiosidade desse conto é apresentar a Aranha<br />
Caranguejeira na plenitude de sua ferocidade e astúcia. Naturalmente, os<br />
episódios não são exclusivos d’África. Couto de Magalhães em O Selvagem,<br />
divulgou as lendas da Raposa, Momeucaua Micura Receuára, colhidas nos<br />
sertões do Mato Grosso entre indígenas tupis ou mestiços da mesma raça.<br />
Na lenda XVII relatada no livro de Couto de Magalhães, a Onça foi amarrada