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22º plaede - Diocese de Apucarana

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A PALAVRA DO PASTOR<br />

Queridos filhos e filhas! Na alegria e na fé, suscitadas<br />

pela aproximação do Natal do Senhor, dirijo-me a todos vocês,<br />

neste tempo <strong>de</strong> graça que a Divina Providência nos conce<strong>de</strong>.<br />

Dirijo-me a todos os fiéis católicos da nossa querida <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Apucarana</strong>, cheio <strong>de</strong> esperança <strong>de</strong> que nossa ação evangelizadora –<br />

responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os batizados – seja assumida com amor<br />

e <strong>de</strong>dicação, seja frutuosa na e pela força do Espírito Santo. Dirijo-<br />

me a todos vocês, meus caros, na alegria <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r entregar-lhes o<br />

primeiro Plano Diocesano da Ação Evangelizadora concebido ao<br />

longo do exercício <strong>de</strong> meu ministério episcopal na Igreja Particular<br />

<strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>. É o meu primeiro Plano Pastoral, mas é o nosso<br />

vigésimo segundo. O <strong>22º</strong>. PLADAE <strong>de</strong> uma <strong>Diocese</strong> vibrante na fé,<br />

corajosa na esperança, ardorosa na carida<strong>de</strong>.<br />

Quero lembrar-lhes que o Plano Diocesano preten<strong>de</strong> ser<br />

nosso “jeito”, nosso “modo” <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às urgências da ação<br />

evangelizadora. Em comunhão com a Igreja no Brasil, neste Ano<br />

da Fé, ao celebrarmos o Jubileu <strong>de</strong> Ouro do Concílio Vaticano II<br />

(1962-1965) e os 20 anos do Catecismo da Igreja, como também o<br />

Jubileu Áureo <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong> (1965-2015), queremos assumir<br />

uma postura <strong>de</strong>cididamente missionária, animada e fortalecida<br />

pela Palavra <strong>de</strong> Deus e pela celebração dos Sacramentos, queremos<br />

assumir uma postura <strong>de</strong> Igreja que é comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

a serviço da vida plena para todos.<br />

Sabemos que nossas pastorais, serviços, movimentos e<br />

associações já respon<strong>de</strong>m, <strong>de</strong> certo modo, a essas urgências.<br />

Queremos, contudo, que se <strong>de</strong>diquem ainda mais à vivência e<br />

ao anúncio do Evangelho, através do testemunho <strong>de</strong> vida <strong>de</strong><br />

seus membros e da proclamação da Boa Nova <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />

proclamação esta, levada a efeito nos trabalhos que realizam.<br />

Agra<strong>de</strong>ço ao Padre Leandro Manoel <strong>de</strong> Souza, ao pessoal do<br />

Secretariado <strong>de</strong> Pastoral, aos membros do Conselho Diocesano da


Ação Evangelizadora, às pessoas que participaram das Assembléias<br />

Diocesanas <strong>de</strong> 2011 e 2012. Graças ao trabalho <strong>de</strong> vocês, tivemos<br />

a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> avaliar nossa caminhada evangelizadora<br />

e planejar nossas próximas ações. Dois passos importantes<br />

foram dados – avaliação e planejamento – mas, se aquilo que<br />

foi planejado não for assumido, se a teoria não se converter em<br />

prática, o processo ficará interrompido e, consequentemente,<br />

produzirá pouco fruto. Por isso, rogo insistentemente a todos –<br />

presbíteros, diáconos, religiosas e religiosos, seminaristas, ministros<br />

extraordinários da Sagrada Comunhão, catequistas, coor<strong>de</strong>nadores<br />

diocesanos, <strong>de</strong>canais e paroquiais, diaconias <strong>de</strong> pastorais, serviços,<br />

movimentos e associações, e todos os leigos e leigas, mormente<br />

os que estão engajados nos trabalhos eclesiais que enobrecem<br />

e enriquecem a vida <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong> – que assumam com zelo,<br />

responsabilida<strong>de</strong>, esperança, fé e amor este <strong>22º</strong>. Plano Diocesano<br />

da Ação Evangelizadora da <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>, sobremaneira<br />

as priorida<strong>de</strong>s por ele elencadas: a Missão, a Família e a Juventu<strong>de</strong>.<br />

Nosso Plano Pastoral não é um material a mais, que ten<strong>de</strong><br />

a “enfeitar” nossas prateleiras ou gavetas. Não é opcional. Não<br />

<strong>de</strong>pen<strong>de</strong> dos gostos ou <strong>de</strong>sgostos dos que estão à frente <strong>de</strong> nossas<br />

comunida<strong>de</strong>s paroquiais. Ele é nosso. Preten<strong>de</strong> ser um instrumento<br />

<strong>de</strong> comunhão e <strong>de</strong> participação. Quer ser um auxílio na animação da<br />

vida eclesial <strong>de</strong> nossas paróquias e pastorais, serviços, movimentos<br />

e associações.<br />

O Senhor Jesus que, constantemente está ao nosso lado e nos<br />

envia em missão (cf. Mt 20,18-20) nos abençoe e a Virgem Santíssima,<br />

a Senhora <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s, nos aju<strong>de</strong> a amar profundamente seu Filho e<br />

a segui-lo sempre com muita paixão e alegria.<br />

<strong>Apucarana</strong>, 13 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2012.<br />

Memória <strong>de</strong> Santa Luzia.<br />

Dom Celso Antônio Marchiori<br />

Bispo Diocesano <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>


APRESENTAÇÃO<br />

Estimados irmãos e irmãs! Que alegria apresentar-lhes nosso<br />

vigésimo segundo Plano Diocesano da Ação Evangelizadora.<br />

Estamos escrevendo mais um capítulo da história <strong>de</strong> nossa quase<br />

cinquentenária <strong>Diocese</strong>. Quando voltamos nosso olhar para o<br />

passado, para os vinte e um Planos Diocesanos realizados até<br />

aqui, para a história <strong>de</strong> tantos homens e mulheres que nas últimas<br />

cinco décadas levaram avante a ação evangelizadora na Igreja<br />

Particular <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>, brota em nossos corações um hino <strong>de</strong><br />

louvor à Santíssima Trinda<strong>de</strong>. Hino <strong>de</strong> louvor e <strong>de</strong> ação <strong>de</strong> graças:<br />

por nossos bispos, presbíteros, diáconos, religiosos e religiosas e<br />

por uma multidão <strong>de</strong> leigos e leigas, cujo “apostolado, <strong>de</strong>corrente<br />

<strong>de</strong> sua vocação cristã, nunca po<strong>de</strong> faltar na Igreja” (Vaticano II,<br />

Decreto Apostolicam Actuositatem 1). Louvamos e bendizemos<br />

à Trinda<strong>de</strong> Santa pela organização e pelos trabalhos realizados<br />

por nossas pastorais, serviços, movimentos e associações. Temos<br />

consciência <strong>de</strong> que “nunca será possível haver evangelização sem a<br />

ação do Espírito Santo” (Paulo VI, Evangelii Nuntiandi – EN – 75).<br />

Por isso, porque sabemos que “as técnicas da evangelização são<br />

boas, mas, ainda as mais aperfeiçoadas não po<strong>de</strong>riam substituir a<br />

ação discreta do Espírito Santo” (EN 75), louvamos e bendizemos<br />

o bom Deus que nos acompanha sem cessar, Ele que nos dá a paz e<br />

age sempre em tudo o que fazemos (cf. Is 26, 12).<br />

Dissemos acima que este é o vigésimo segundo Plano<br />

Diocesano da Ação Evangelizadora da <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>.<br />

Pois bem. O que é um Plano Diocesano? Para que serve? Qual<br />

sua utilida<strong>de</strong>? Sua finalida<strong>de</strong>? Contando com seu perdão pelo<br />

“utilitarismo” expresso nos questionamentos apresentados, fomos<br />

convidados pelo Papa Bento XVI e pela Conferência <strong>de</strong> Aparecida<br />

a perceber que “nossa maior ameaça é o medíocre pragmatismo<br />

da vida cotidiana da Igreja, no qual, aparentemente, tudo proce<strong>de</strong><br />

com normalida<strong>de</strong>, mas na verda<strong>de</strong> a fé vai se <strong>de</strong>sgastando e<br />

<strong>de</strong>generando em mesquinhez” (DAp 12). Um Plano Diocesano,<br />

nesse sentido, ten<strong>de</strong> a ser uma resposta criativa aos <strong>de</strong>safios <strong>de</strong> nosso<br />

tempo, uma proposta renovadora da vida eclesial, promotora <strong>de</strong>


um “novo ardor missionário” em nossas comunida<strong>de</strong>s. Em poucas<br />

palavras, um Plano Diocesano da Ação Evangelizadora, apesar<br />

<strong>de</strong> não resolver todos os nossos problemas – isso só Deus! – nos<br />

“imuniza” contra o <strong>de</strong>sgaste e a <strong>de</strong>generação da fé ao incentivar e<br />

propor novas reflexões e novas perspectivas <strong>de</strong> ação.<br />

Falando sobre a necessida<strong>de</strong> do planejamento pastoral, assim<br />

se expressam as DGAE 2011-2015: “Para uma ação evangelizadora<br />

eficaz, é preciso ir além da <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> diretrizes. É preciso chegar<br />

a indicações programáticas concretas, através da elaboração <strong>de</strong><br />

um plano diocesano <strong>de</strong> pastoral e, em sintonia com este, <strong>de</strong> planos<br />

específicos em todos os âmbitos e serviços eclesiais, imprescindível<br />

para uma pastoral orgânica e <strong>de</strong> conjunto. Do contrário, as Diretrizes<br />

Gerais da Ação Evangelizadora correm os riscos da inoperância e<br />

irrelevância, com pouco ou nenhum impacto na vida das Igrejas<br />

Particulares, para as quais elas querem ser uma proposta e um<br />

serviço” (121).<br />

Com essas duas indicações, a do Papa (e <strong>de</strong> Aparecida) e a<br />

da CNBB, po<strong>de</strong>mos perceber que um Plano Diocesano preten<strong>de</strong><br />

ser uma resposta ao mandato <strong>de</strong> Cristo: “I<strong>de</strong> e evangelizai...” (cf.<br />

Mt 28, 18-20); preten<strong>de</strong> também ser instrumento <strong>de</strong> comunhão e<br />

participação na e para a vida eclesial; preten<strong>de</strong>, enfim, colaborar<br />

com o processo <strong>de</strong> reflexão acerca <strong>de</strong> nossas ações. Refletir é<br />

preciso! Por isso, planejar é preciso! (Não pensem os amigos que<br />

estou parafraseando o poeta Fernando Pessoa, muito menos o<br />

padre Reginaldo Manzotti. Estou parafraseando o general romano<br />

Pompeu que, segundo Plutarco, teria dito “Navegar é preciso!”<br />

Fato é que refletir, planejar, avaliar e também navegar e evangelizar<br />

é preciso. Ai, ai. Esses verbos no infinitivo!). Voltando ao assunto,<br />

“planejar é pensar a ação antes, durante e <strong>de</strong>pois <strong>de</strong>la” (DGAE 2011-<br />

2015, 123). O convite aqui é à reflexão e à ação. Não somos – ou não<br />

<strong>de</strong>veríamos ser – meros “fazedores” <strong>de</strong> coisas. Isso é <strong>de</strong>sumano. É<br />

inumano. Neste sentido, “um bom plano, que contribui para a ação<br />

evangelizadora, é sempre fruto <strong>de</strong> um processo <strong>de</strong> planejamento,<br />

com a participação direta ou representativa <strong>de</strong> toda a comunida<strong>de</strong><br />

eclesial, em cujo esforço todos, incluídos leigos e leigas, têm o<br />

direito e o compromisso <strong>de</strong> participar do discernimento, da tomada<br />

<strong>de</strong> <strong>de</strong>cisões e da execução” (DGAE 2011-2015, 123).


O Plano não preten<strong>de</strong> abafar as iniciativas e a criativida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> nossas paróquias. Sendo ele mesmo uma resposta criativa às<br />

Diretrizes Gerais promulgadas pela CNBB, preten<strong>de</strong> estimular e<br />

colaborar com a evangelização das pessoas, das comunida<strong>de</strong>s e da<br />

socieda<strong>de</strong>. Acolhê-lo, estudá-lo e adaptá-lo à realida<strong>de</strong> paroquial,<br />

comunitária e/ou diaconal é o que se espera das li<strong>de</strong>ranças eclesiais.<br />

Assim como é importante “oxigenar” o cérebro com novas i<strong>de</strong>ias,<br />

é importante “oxigenar” nossa ação evangelizadora com novas<br />

propostas, novos enfoques, novos <strong>de</strong>safios. Como diria o Padre<br />

Almeida, “o produto a ser anunciado é o <strong>de</strong> sempre (a Boa Nova<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo), mas com a embalagem <strong>de</strong> hoje” (cf. Apresentação<br />

ao 20º. PLADAE <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>).<br />

Nosso plano está baseado nas Diretrizes Gerais da Ação<br />

Evangelizadora 2011-2015. Seu objetivo geral e seus três primeiros<br />

capítulos coinci<strong>de</strong>m com o objetivo geral e com os quatro primeiros<br />

capítulos das Diretrizes, sendo os dois primeiros reproduzidos<br />

integralmente aqui, enquanto o terceiro e o quarto das DGAE<br />

foram resumidos e transformados no terceiro capítulo do nosso<br />

Plano, como vocês po<strong>de</strong>m conferir. Agregamos ao nosso plano, as<br />

propostas do Regional Sul II da CNBB. São indicações claras acerca<br />

das urgências da ação evangelizadora. Citá-las no Plano Diocesano<br />

e procurar adaptá-las à realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong> é nosso modo<br />

<strong>de</strong> estar em comunhão com a Igreja no Paraná. O quarto capítulo<br />

do Plano trata da celebração do Jubileu <strong>de</strong> Ouro do Concílio<br />

Vaticano II e <strong>de</strong> nossa querida <strong>Diocese</strong> – feliz coincidência ou<br />

Divina Providência? Seja o que seja, louvamos e agra<strong>de</strong>cemos ao<br />

Senhor por sermos uma “Família Divina Diocesana Apucaranense”<br />

forjada no calor do Concílio.<br />

Neste Plano, fizemos uma opção metodológica diferente<br />

dos anteriores. Abandonamos – não sem pesar nossa consciência<br />

– aquela linguagem tão cara aos pastoralistas: plano, programas,<br />

projetos, dimensões e âmbitos da ação evangelizadora etc. e tal.<br />

Tentamos simplificar – Deus nos livre <strong>de</strong> ser simplistas – seguindo<br />

uma indicação do bom e velho padre Antônio Vieira: “Quem<br />

levanta muita caça e não segue nenhuma não é muito que se<br />

recolha com as mãos vazias” (Sermão da Sexagésima). Falaremos<br />

<strong>de</strong> priorida<strong>de</strong>s. Três foram escolhidas pelo Conselho Diocesano da


Ação Evangelizadora: a missão, a família e a juventu<strong>de</strong>. Percebam<br />

que são priorida<strong>de</strong>s muito amplas. E é bom que sejam – não nos<br />

acusem <strong>de</strong> contradizer o Padre Vieira – pois <strong>de</strong>ssa forma todos, <strong>de</strong><br />

uma maneira ou <strong>de</strong> outra, po<strong>de</strong>m dar sua colaboração. Queremos<br />

uma Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão, cujas ativida<strong>de</strong>s<br />

– mesmo as voltadas para o interior da comunida<strong>de</strong> – sejam<br />

“missionarizadas”. Somos instigados a trabalhar com criativida<strong>de</strong><br />

e afinco na obra da evangelização das famílias e da juventu<strong>de</strong>.<br />

Reparem que todas as nossas ações voltadas para essas priorida<strong>de</strong>s<br />

– por mais simples que sejam – cooperam com sua concretização.<br />

Trata-se <strong>de</strong> perguntar, como posso ser missionário? Como posso<br />

ajudar na evangelização das famílias e da juventu<strong>de</strong>? Essas<br />

perguntas, dirigidas às nossas paróquias, comunida<strong>de</strong>s, diaconias,<br />

grupos <strong>de</strong> vivência, pastorais, serviços, movimentos e associações,<br />

possibilitam o início do processo <strong>de</strong> reflexão e a execução do Plano<br />

Diocesano.<br />

Algumas indicações práticas foram feitas. Não po<strong>de</strong>ria<br />

ser diferente. Não são receitas. Não resolvem todos os nossos<br />

problemas. Não abarcam toda a realida<strong>de</strong>. Não criemos exagerada<br />

euforia. Mais uma vez, com a palavra, Padre Almeida: “Alguns se<br />

dão conta <strong>de</strong> que o pessoal anda meio perdido. Puxa! É isso mesmo.<br />

E não é para menos. Tudo muda e ninguém consegue acompanhar<br />

direito. São poucos, muito poucos, os que se arriscam a interpretar<br />

este mundão que está aí e, assim, jogar um pouco <strong>de</strong> luz nas trevas<br />

estonteantes que nos circundam em altura, profundida<strong>de</strong>, largura<br />

e fundura. Ó céus, você ainda não se <strong>de</strong>u conta <strong>de</strong> que o plano<br />

tenta lançar uma luzinha nas suas trevas interiores e exteriores?”<br />

(cf. Apresentação ao 20º. PLADAE <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>).<br />

Por fim, por melhor que seja um Plano Diocesano, por mais<br />

eficazes que sejam suas propostas, jamais estaremos dispensados<br />

<strong>de</strong> dar nosso testemunho pessoal <strong>de</strong> vida cristã. “Para a Igreja,<br />

o testemunho <strong>de</strong> uma vida autenticamente cristã, entregue nas<br />

mãos <strong>de</strong> Deus, numa comunhão que nada <strong>de</strong>verá interromper, e<br />

<strong>de</strong>dicada ao próximo com um zelo sem limites, é o primeiro meio<br />

<strong>de</strong> evangelização” (EN 41). Com o perdão pelo excesso <strong>de</strong> citações,<br />

chamemos à baila novamente o Padre Vieira: “Para falar ao vento,<br />

bastam palavras; para falar ao coração, são necessárias obras”


(Sermão da Sexagésima). De todas as obras que po<strong>de</strong>mos realizar,<br />

nenhuma é maior do que a vivência do amor. “Dado que Deus foi o<br />

primeiro a amar-nos (cf. 1Jo 4,10), agora o amor já não é apenas um<br />

‘mandamento’, mas é a resposta ao dom do amor com que Deus<br />

vem ao nosso encontro” (Bento XVI, Deus caritas est 1).<br />

Um dia, um brasileiro muito sabido constatou que “só se<br />

po<strong>de</strong> viver perto <strong>de</strong> outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo <strong>de</strong><br />

ódio, se a gente tem amor. Qualquer amor já é um pouquinho <strong>de</strong><br />

saú<strong>de</strong>, um <strong>de</strong>scanso na loucura. Deus é que me sabe” (Guimarães<br />

Rosa, Gran<strong>de</strong> Sertão: Veredas). Eis o resumo <strong>de</strong> nosso vigésimo<br />

segundo Plano Diocesano da Ação Evangelizadora: “Como eu vos<br />

amei, amai-vos também uns aos outros. Nisso reconhecerão todos<br />

que sois meus discípulos se tiver<strong>de</strong>s amor uns pelos outros” (Jo<br />

13,34b-35). Não sei bem se isso é o resumo, o conteúdo, a fonte ou<br />

a meta. “Deus é que me sabe.”<br />

<strong>Apucarana</strong>, 14 <strong>de</strong> <strong>de</strong>zembro <strong>de</strong> 2012.<br />

Memória <strong>de</strong> São João da Cruz, presbítero e doutor da Igreja. Aquele que nos<br />

disse poeticamente que na tar<strong>de</strong> da vida seremos examinados no amor.<br />

Padre Leandro Manoel <strong>de</strong> Souza<br />

Coor<strong>de</strong>nador Diocesano da Ação Evangelizadora


XXII PLANO DIOCESANO<br />

DA AÇÃO EVANGELIZADORA (2012-2015)<br />

OBJETIVO GERAL<br />

Evangelizar, a partir <strong>de</strong> Jesus Cristo e na força do Espírito<br />

Santo, como Igreja discípula, missionária e profética, alimentada<br />

pela Palavra <strong>de</strong> Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção<br />

preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida (cf. Jo 10,10),<br />

rumo ao Reino <strong>de</strong>finitivo.<br />

CAPÍTULO I<br />

PARTIR DE JESUS CRISTO<br />

1. Toda ação eclesial brota <strong>de</strong> Jesus Cristo e se volta para Ele<br />

e para o Reino do Pai. Jesus Cristo é nossa razão <strong>de</strong> ser, origem<br />

<strong>de</strong> nosso agir, motivo <strong>de</strong> nosso pensar e sentir. Nele, com Ele e<br />

a partir d’Ele mergulhamos no mistério trinitário, construindo<br />

nossa vida pessoal e comunitária. Nisto se manifesta nosso<br />

discipulado missionário: contemplamos Jesus Cristo presente e<br />

atuante em meio à realida<strong>de</strong>, à Sua luz a compreen<strong>de</strong>mos e com<br />

ela nos relacionamos, no firme <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> que nosso olhar, ser e agir,<br />

sejam reflexos do seguimento, cada vez mais fiel, ao Senhor Jesus.<br />

Não há, pois, como executar planejamentos pastorais sem antes<br />

pararmos e nos colocarmos diante <strong>de</strong> Jesus Cristo. Em atitu<strong>de</strong><br />

orante, contemplativa, fraterna e servidora, somos convocados<br />

a respon<strong>de</strong>r, antes <strong>de</strong> tudo, a nós mesmos: quem é Jesus Cristo?<br />

(cf. Mc 8,27-29). O que significa acolhê-lo, segui-lo e anunciá-lo?<br />

O que há em Jesus Cristo que <strong>de</strong>sperta nosso fascínio, faz ar<strong>de</strong>r<br />

nosso coração (cf. Lc 24,32), leva-nos a tudo <strong>de</strong>ixar (cf. Lc 5,8-11)<br />

e, mesmo diante das nossas limitações e vicissitu<strong>de</strong>s, afirmar um<br />

incondicional amor a Ele (cf. Jo 21,9-17)? A paixão por Jesus Cristo


leva ao arrependimento, à contrição (cf. Lc 24,47; cf. At 2,36ss) e<br />

à verda<strong>de</strong>ira conversão pessoal e pastoral. Por isso, <strong>de</strong>vemos<br />

sempre nos perguntar: estamos convencidos <strong>de</strong> que Jesus Cristo é<br />

o Caminho, a Verda<strong>de</strong> e a Vida? O que significa para nós, hoje, o<br />

Reino <strong>de</strong> Deus por Ele instaurado e comunicado?<br />

2. A Conferência <strong>de</strong> Aparecida, marco referencial para a<br />

Igreja na América Latina e no Caribe, na esteira do cinquentenário<br />

<strong>de</strong> abertura do Concílio Vaticano II (1962), nos convida a olhar<br />

com atenção para Aquele que, sendo rico, se fez pobre para a todos<br />

enriquecer (cf. 2Cor 8,9) (cf. DI 3; Dap 31). O discípulo missionário,<br />

ao contemplar Jesus Cristo <strong>de</strong>scobre o Verbo que arma sua tenda<br />

entre nós, o Filho único do Pai, cheio <strong>de</strong> amor e fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> (cf. Jo<br />

1,14); aquele que, sendo <strong>de</strong> condição divina, não se fecha em si<br />

mesmo, mas se esvazia até a morte e morte <strong>de</strong> cruz (cf. Fl 2,5ss)<br />

e, à diferença das aves do céu e das raposas, não tem sequer on<strong>de</strong><br />

reclinar a cabeça (Mt 8,20). Ele sempre precisa ir a outros locais (Lc<br />

4,43) para anunciar o Reino, a graça, a justiça e a reconciliação. Ele<br />

se preocupa com as ovelhas que não fazem parte do rebanho (Jo<br />

10,16), mesmo que seja uma única ovelha perdida, sofrida (Lc 15,4-<br />

7), para reanimá-las diante da dor e da <strong>de</strong>sesperança (Lc 24,13-35).<br />

É este mesmo Jesus que virá, um dia, em sua glória, para julgar os<br />

vivos e os mortos (Mt 25,31-46).<br />

3. A recente Exortação Apostólica Pós-sinodal Verbum<br />

Domini proclama, com toda clareza, que Deus nos fala, comunica-<br />

se conosco por meio <strong>de</strong> sua Palavra que é Jesus Cristo, Verbo feito<br />

carne. “Como nos mostra claramente o Prólogo <strong>de</strong> João, o Logos<br />

indica originariamente o Verbo eterno, ou seja, o filho unigênito,<br />

gerado pelo Pai antes <strong>de</strong> todos os séculos e consubstancial a Ele:<br />

o Verbo estava junto <strong>de</strong> Deus, o Verbo era Deus. Mas este mesmo<br />

Verbo – afirma São João – ‘fez-se carne’ (Jo 1,14); por isso Jesus<br />

Cristo, nascido da Virgem Maria, é realmente o Verbo <strong>de</strong> Deus que<br />

Se fez consubstancial a nós. Assim a expressão ‘Palavra <strong>de</strong> Deus’<br />

acaba por indicar aqui a pessoa <strong>de</strong> Jesus Cristo, Filho eterno do Pai<br />

feito homem” (VD 6).


4. Jesus Cristo é Deus <strong>de</strong> Deus, luz da luz, Deus verda<strong>de</strong>iro<br />

<strong>de</strong> Deus verda<strong>de</strong>iro, manifestação plena do amor radical, que se<br />

entrega pelos pecadores (cf. Rm 5,8). Seu <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> salvação não é<br />

simplesmente aguardar os que O buscam. Jesus Cristo é incessante<br />

e eterna entrega, dom <strong>de</strong> si para o outro. É contínuo convite aos<br />

discípulos missionários e, por meio <strong>de</strong>les, a toda a humanida<strong>de</strong><br />

para segui-lo, em meio a diferenças e <strong>de</strong>sencontros. O encontro<br />

com Jesus Cristo é acolhimento da graça do Pai que, pela força<br />

do Espírito, revela o Salvador e atua, no coração <strong>de</strong> cada pessoa,<br />

possibilitando-lhe esta resposta.<br />

5. As atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong> alterida<strong>de</strong> e gratuida<strong>de</strong> marcam a vida<br />

do discípulo missionário <strong>de</strong> todos os tempos. Alterida<strong>de</strong> se refere<br />

ao outro, ao próximo, àquele que, em Jesus Cristo, é meu irmão<br />

ou minha irmã, mesmo estando do outro lado do planeta (cf.<br />

NMI 43). É o reconhecimento <strong>de</strong> que o outro é diferente <strong>de</strong> mim<br />

e esta diferença nos distingue, mas não nos afasta. As diferenças<br />

nos atraem e complementam, convidando ao respeito mútuo,<br />

ao encontro, ao diálogo, à partilha e ao intercâmbio <strong>de</strong> vida e à<br />

solidarieda<strong>de</strong>. Fechar-se no isolamento, no individualismo e em<br />

atitu<strong>de</strong>s que transformam pessoas em mercadorias é cair no pecado<br />

da idolatria e semear infelicida<strong>de</strong>. A vida só se ganha na entrega,<br />

na doação. “Quem quiser per<strong>de</strong>r a sua vida por causa <strong>de</strong> mim a<br />

encontrará!” (Mt 10,39).<br />

6. Todo relacionamento é, igualmente, chamado a acontecer<br />

na gratuida<strong>de</strong>. À semelhança <strong>de</strong> Cristo Jesus que, saindo <strong>de</strong> si, foi ao<br />

encontro dos outros, nada esperando em troca (cf. Fl 2,5ss), também<br />

o discípulo missionário é chamado a profeticamente questionar,<br />

através <strong>de</strong> suas escolhas e atitu<strong>de</strong>s, um mundo que se constrói a<br />

partir da mentalida<strong>de</strong> do lucro e do mercado, não esquecendo que<br />

tais atitu<strong>de</strong>s geram violência, vingança, guerra e <strong>de</strong>struição (cf. Mt<br />

6,24). Gratuida<strong>de</strong> significa amar, em Jesus Cristo, o irmão e a irmã,<br />

respon<strong>de</strong>ndo, através <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s fraternas e solidárias, a gran<strong>de</strong><br />

questão proposta a Jesus: “quem é o meu próximo?” (Lc 10,29),<br />

querendo e fazendo bem ao outro sem nada esperar em troca.


Significa cortar a raiz mais profunda da violência, da exclusão, da<br />

exploração e <strong>de</strong> toda discórdia.<br />

7. Gratuida<strong>de</strong> e alterida<strong>de</strong>, como expressões do Amor,<br />

são fontes <strong>de</strong> paz, reconciliação e fraternida<strong>de</strong>. São sementes da<br />

atitu<strong>de</strong> cristã mais radical: o perdão (cf. Lc 23,34), atitu<strong>de</strong> que <strong>de</strong>ve<br />

ser incessantemente testemunhada e transmitida (cf. Mt 18,21-22)<br />

a um mundo que se caracteriza pelo crescimento da vingança e da<br />

violência como soluções às dores da vida. A radicalida<strong>de</strong> do Amor<br />

<strong>de</strong> Deus atinge sua extrema manifestação no amor aos inimigos. A<br />

reconciliação é o ápice da Nova Lei. Supera toda divisão que nos<br />

afasta <strong>de</strong> Deus e nos separa uns dos outros. O discípulo missionário,<br />

ao contemplar Jesus Cristo – e Cristo Crucificado! –, reconhece que<br />

a loucura e o escândalo (cf. 1Cor 1,18.21) do Reino <strong>de</strong> Deus chegam<br />

a seu ápice na reconciliação (cf. Rm 5,6-8; Lc 23,34).<br />

8. Por certo, a ação evangelizadora e pastoral da Igreja<br />

trabalha pela reconciliação, o que não significa pactuar com a<br />

impunida<strong>de</strong>, a corrupção e todas as formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>srespeito aos<br />

direitos básicos <strong>de</strong> toda pessoa. Diante <strong>de</strong> graves situações que<br />

fazem os irmãos sofrerem, o coração do discípulo missionário se<br />

enche <strong>de</strong> compaixão e clama por justiça e paz. Angustia-se diante<br />

da inércia e mesmo da omissão. Quer atitu<strong>de</strong>s que superem<br />

o mal existente e não permitam o surgimento <strong>de</strong> mais dor. Esta<br />

indignação, porém, não <strong>de</strong>ve afastar o discípulo missionário do<br />

i<strong>de</strong>al <strong>de</strong> perdão e reconciliação, pois o Reino <strong>de</strong> Deus só acontece<br />

efetivamente quando se respon<strong>de</strong> ao mal com o bem (cf. Rm 12,17-<br />

21).<br />

9. Gratuida<strong>de</strong> e alterida<strong>de</strong> são, portanto, modos <strong>de</strong><br />

compreen<strong>de</strong>r o que há <strong>de</strong> mais <strong>de</strong>cisivo em Jesus Cristo: a saída <strong>de</strong><br />

si, rumo à humanida<strong>de</strong> marcada pelo pecado, fonte <strong>de</strong> dor e morte.<br />

Jesus nos mostrou que não se vence o pecado pelo pecado (cf. Lc<br />

11,14-22). Este é vencido pela graça <strong>de</strong>rramada abundantemente<br />

nos corações dos discípulos missionários. A atuação da graça é<br />

paz, justiça, bonda<strong>de</strong>, reconciliação, gratuida<strong>de</strong> e alterida<strong>de</strong> (cf. Gl<br />

5,22). É, pois, motivado pela atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> constante ida ao encontro<br />

do outro que o discípulo missionário contempla a realida<strong>de</strong>, não


<strong>de</strong>sejando que ela se encaixe em suas expectativas, mas nela se<br />

encarnando, discernindo a presença do Reino <strong>de</strong> Deus e trabalhando<br />

para que ele cresça cada vez mais. Jesus nos amou até o fim! A<br />

fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong> é uma das maiores provas do amor. Num mundo on<strong>de</strong><br />

tudo é <strong>de</strong>scartável – até mesmo as pessoas – o compromisso fiel<br />

torna-se uma das características fundamentais do(a) discípulo(a)<br />

missionário(a) (cf. Hb 10,38).<br />

10. O discípulo missionário sabe que não exerce esta sublime<br />

missão isoladamente. Ao contrário, ele a exerce na Igreja, gran<strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> todos os discípulos missionários, novo povo<br />

<strong>de</strong> Deus, conclamado para reunir-se na fraternida<strong>de</strong>, acolher a<br />

Palavra, celebrar os sacramentos e sair em missão, no testemunho,<br />

na solidarieda<strong>de</strong> e no claro anúncio da pessoa e da mensagem <strong>de</strong><br />

Jesus Cristo. Mesmo quando se encontra sozinho, em meio a quem<br />

não se compromete com os valores do Reino <strong>de</strong> Deus, o discípulo<br />

missionário está unido a toda a Igreja. Sabe que, no mistério do<br />

Deus-Comunhão, ele será sempre um irmão entre irmãos.<br />

11. Cristo Cabeça remete necessariamente à Igreja Corpo (cf.<br />

Cl 1,18). Não há como ser verda<strong>de</strong>iro discípulo missionário sem o<br />

vínculo efetivo e afetivo com a comunida<strong>de</strong> dos que <strong>de</strong>scobriram<br />

fascínio pelo mesmo Senhor (EM 16). Na Igreja, o discípulo<br />

missionário percebe a força <strong>de</strong> uma união que ultrapassa raças,<br />

condições econômico-sociais, preconceitos, discriminações (cf. Gl<br />

3,28) e tudo que, <strong>de</strong> algum modo, tenda mais a separar do que<br />

a unir. Chamada a ser, na terra, sinal do Deus-Amor, do Deus-<br />

Comunhão, do Deus-Trinda<strong>de</strong>, a Igreja encontra sua razão <strong>de</strong> ser<br />

na vivência e no anúncio do Reino <strong>de</strong> Deus (cf. LG, n. 1). A unida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> todos os discípulos missionários, em meio à diversida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

dons, serviços, carismas e ministérios (cf. LG, nn. 9-13), testemunha<br />

o amor trinitário do Pai, pelo Filho, no Espírito. Ao testemunhá-<br />

lo, interpela todas as formas <strong>de</strong> <strong>de</strong>sfiguração humana, tais<br />

como discriminação, exclusão, exploração, separação, opressão,<br />

escravidão, manipulação, protecionismo, injustiça e ausência <strong>de</strong><br />

reconciliação.


12. Nestes tempos <strong>de</strong> agudo apelo ao individualismo<br />

hedonista e <strong>de</strong> fortíssimo consumismo, nos <strong>de</strong>paramos com o<br />

surgimento <strong>de</strong> propostas religiosas que dizem oferecer o encontro<br />

com Deus sem o efetivo compromisso cristão e a formação <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>. Desaparece, então, a imagem do Deus Pai <strong>de</strong> Nosso<br />

Senhor Jesus Cristo, cujo zelo por suas criaturas é atento com as<br />

aves do céu, com os lírios do campo ou com um único fio <strong>de</strong> cabelo<br />

(cf. Lc 21,18). Surge a imagem do Deus da troca, do negócio, dando a<br />

impressão <strong>de</strong> que Ele se encontra mais preocupado com o que po<strong>de</strong><br />

lucrar através <strong>de</strong> pedidos e reivindicações, notadamente dos que<br />

sofrem. Em tudo isso, o discípulo missionário reconhece que não<br />

po<strong>de</strong> existir caminho para o Deus revelado em e por Jesus Cristo,<br />

se não houver amor (cf. 1Jo 4,7.20-21). O discípulo missionário<br />

sempre <strong>de</strong>sconfiará (cf. 1Jo 4,1) das propostas religiosas que não<br />

brotem do amor nem levem a ele.<br />

13. Viver, pois, o encontro com Jesus Cristo implica<br />

necessariamente amor, gratuida<strong>de</strong>, alterida<strong>de</strong>, unida<strong>de</strong>,<br />

eclesialida<strong>de</strong>, fi<strong>de</strong>lida<strong>de</strong>, perdão e reconciliação. Torna o discípulo<br />

missionário firmemente enraizado e edificado em Cristo Jesus (cf.<br />

Ef 3,17; Cl 2,7), à semelhança da casa que se constrói sobre a rocha<br />

(cf. Mt 7,24-27). Assim, cada discípulo missionário, junto com toda<br />

a Igreja, comunida<strong>de</strong> dos discípulos missionários, torna-se fonte <strong>de</strong><br />

paz, justiça, concórdia e solidarieda<strong>de</strong>. Significa contemplar Jesus<br />

Cristo em constante atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> saída <strong>de</strong> si, <strong>de</strong> <strong>de</strong>sprendimento e<br />

esvaziamento. Significa acolher o mistério divino como contínuo<br />

transbordar do amor do Pai pelo Filho, no Espírito. Implica diálogo,<br />

unida<strong>de</strong> na diversida<strong>de</strong>, partilha, compreensão, tolerância,<br />

respeito, reconciliação e, consequentemente, missão.


CAPÍTULO II<br />

MARCAS DE NOSSO TEMPO<br />

14. O discípulo missionário sabe que, para efetivamente<br />

anunciar o Evangelho, <strong>de</strong>ve conhecer a realida<strong>de</strong> à sua volta e nela<br />

mergulhar com o olhar da fé, em atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> discernimento. Como<br />

o Filho <strong>de</strong> Deus assumiu a condição humana, exceto o pecado,<br />

nascendo e vivendo em <strong>de</strong>terminado povo e realida<strong>de</strong> histórica<br />

(cf. Lc 2,1-2), nós, como discípulos missionários, anunciamos os<br />

valores do Evangelho do Reino na realida<strong>de</strong> que nos cerca, à luz<br />

da Pessoa, da Vida e da Palavra <strong>de</strong> Jesus Cristo, Senhor e Salvador.<br />

15. O Concílio Vaticano II nos conclama a consi<strong>de</strong>rar<br />

atentamente a realida<strong>de</strong>, para nela viver e testemunhar nossa fé,<br />

solidários a todos, especialmente aos mais pobres. Sabemos, porém,<br />

que nem sempre é fácil compreen<strong>de</strong>r a realida<strong>de</strong>. Ela é sempre<br />

mais complexa do que po<strong>de</strong>mos imaginar. Nela existem luzes e<br />

sombras, alegrias e preocupações (DGAE 2008-2010, 12. Cf. GS 1).<br />

Daí a contínua atitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> diálogo, <strong>de</strong> evangélica visão crítica, na<br />

busca <strong>de</strong> elementos comuns que permitam, em meio à diversida<strong>de</strong><br />

<strong>de</strong> compreensões, estabelecer fundamentos para a ação.<br />

16. A Conferência <strong>de</strong> Aparecida nos oferece rica indicação<br />

(Dap 33-100; DGAE 2008-2010, 12-46), ao recordar que vivemos um<br />

tempo <strong>de</strong> transformações profundas, que afetam não apenas este<br />

ou aquele aspecto da realida<strong>de</strong>, mas a realida<strong>de</strong> como um todo,<br />

chegando aos critérios <strong>de</strong> compreensão e julgamento da vida.<br />

Estamos diante <strong>de</strong> uma globalização que não é apenas geográfica,<br />

no sentido <strong>de</strong> atingir todos os recantos do planeta. Estamos, na<br />

verda<strong>de</strong>, diante <strong>de</strong> transformações que atingem também todos<br />

os setores da vida humana, <strong>de</strong> modo que já não vivemos uma<br />

“época <strong>de</strong> mudanças, mas uma mudança <strong>de</strong> época” (DGAE 2008-<br />

2010, 13). O que antes era certeza, até bem pouco tempo, servindo


como referência para viver, tem se mostrado insuficiente para<br />

respon<strong>de</strong>r a situações novas, “<strong>de</strong>ixando as pessoas estressadas ou<br />

<strong>de</strong>snorteadas” (DGAE 2008-2010, 21).<br />

17. Mudanças <strong>de</strong> época são, <strong>de</strong> fato, tempos <strong>de</strong>snorteadores,<br />

pois afetam os critérios <strong>de</strong> compreensão, os valores mais profundos,<br />

a partir dos quais se afirmam i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>s e se estabelecem ações<br />

e relações. Várias atitu<strong>de</strong>s po<strong>de</strong>m, então, surgir nestes períodos<br />

históricos. Duas, no entanto, se <strong>de</strong>stacam. De um lado, é o agudo<br />

relativismo, próprio <strong>de</strong> quem, não <strong>de</strong>vidamente enraizado, oscila<br />

entre as inúmeras possibilida<strong>de</strong>s oferecidas. De outro, são os<br />

fundamentalismos que, se fechando em <strong>de</strong>terminados aspectos,<br />

não consi<strong>de</strong>ram a pluralida<strong>de</strong> e o caráter histórico da realida<strong>de</strong><br />

como um todo. Estas duas atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong>sdobram-se em outras tantas<br />

como, por exemplo, o laicismo militante, com posturas fortes contra<br />

a Igreja e a Verda<strong>de</strong> do Evangelho; a irracionalida<strong>de</strong> da chamada<br />

cultura midiática; o amoralismo generalizado; as atitu<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

<strong>de</strong>srespeito diante do povo; um projeto <strong>de</strong> nação que nem sempre<br />

consi<strong>de</strong>ra a<strong>de</strong>quadamente os anseios <strong>de</strong>ste mesmo povo.<br />

18. Os critérios que regem as leis do mercado, do lucro e dos<br />

bens materiais regulam também as relações humanas, familiares e<br />

sociais, incluindo certas atitu<strong>de</strong>s religiosas. Crescem as propostas<br />

<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>, realização e sucesso pessoal, em <strong>de</strong>trimento do bem<br />

comum e da solidarieda<strong>de</strong>. Não raras vezes, o individualismo<br />

<strong>de</strong>sconsi<strong>de</strong>ra as atitu<strong>de</strong>s altruístas, solidárias e fraternas. Por vezes,<br />

os pobres são consi<strong>de</strong>rados supérfluos e <strong>de</strong>scartáveis (DGAE<br />

2008-2010, 25; Dap 65 e 402). Desta forma, ficam comprometidos<br />

o equilíbrio entre os povos e nações, a preservação da natureza, o<br />

acesso à terra para trabalho e renda, entre outros fatores. É preciso<br />

pensar na função do Estado, na re<strong>de</strong>scoberta <strong>de</strong> valores éticos,<br />

para a superação da corrupção, da violência, do narcotráfico,<br />

bem como o tráfico <strong>de</strong> pessoas e armamentos. A consciência <strong>de</strong><br />

concidadania está comprometida. Em situação <strong>de</strong> contradições e<br />

perplexida<strong>de</strong>s, o discípulo missionário reage, segundo o espírito<br />

das bem-aventuranças (cf. Mt 5,1ss), em <strong>de</strong>fesa e promoção da<br />

vida, negada ou ameaçada por várias formas <strong>de</strong> banalização e


<strong>de</strong>srespeito. Como não reagir diante da manipulação <strong>de</strong> embriões,<br />

homicídios, prática do aborto provocado, ausência <strong>de</strong> condições<br />

mínimas para uma vida digna com educação, saú<strong>de</strong>, trabalho,<br />

moradia, enfim, da ausência <strong>de</strong> efetiva proteção à vida e à família,<br />

às crianças e idosos, com jovens <strong>de</strong>spreparados sem oportunida<strong>de</strong><br />

para ocupação profissional?<br />

19. O discípulo missionário observa, com preocupação,<br />

o surgimento <strong>de</strong> certas práticas e vivências religiosas,<br />

predominantementeligadasaoemocionalismoeaosentimentalismo.<br />

O fenômeno do individualismo penetra até mesmo certos ambientes<br />

religiosos, na busca da própria satisfação, prescin<strong>de</strong>-se do bem<br />

maior, o amor <strong>de</strong> Deus e o serviço aos semelhantes. Oportunistas<br />

manipulam a mensagem do Evangelho em causa própria, incutindo<br />

a mentalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> barganha por milagres e prodígios, voltados para<br />

benefícios particulares, em geral vinculados aos bens materiais.<br />

Exclui-se a salvação em Cristo, que passa a ser apresentada como<br />

sinônimo <strong>de</strong> prosperida<strong>de</strong> material, saú<strong>de</strong> física e realização afetiva.<br />

Reduzem-se, <strong>de</strong>ste modo, o sentido <strong>de</strong> pertença e o compromisso<br />

comunitário-institucional. Surge uma experiência religiosa <strong>de</strong><br />

momentos, rotativida<strong>de</strong>, individualização e comercialização. Já<br />

não é mais a pessoa que se coloca na presença <strong>de</strong> Deus, como servo<br />

atento (cf. 1Sm 3,9-10), mas é a ilusão <strong>de</strong> que Deus po<strong>de</strong> estar a<br />

serviço das pessoas.<br />

20. Importa discernir os motivos pelos quais uma ilusão tão<br />

grave assim acaba por adquirir força em nossos dias. As causas<br />

são muitas e interligadas. Dizem respeito às incontáveis carências<br />

das mínimas condições que gran<strong>de</strong> parte <strong>de</strong> nossa população<br />

tem para enfrentar problemas ligados à saú<strong>de</strong>, à moradia, ao<br />

trabalho e às questões <strong>de</strong> natureza afetiva. Dizem ainda respeito<br />

às incertezas <strong>de</strong> um tempo <strong>de</strong> transformações, que levam algumas<br />

pessoas a buscarem tábuas <strong>de</strong> salvação, agarrando-se ao que mais<br />

imediatamente se encontra ao alcance. Assim, surgem os diversos<br />

tipos <strong>de</strong> fundamentalismo que atingem o modo da leitura bíblica<br />

e os <strong>de</strong>mais aspectos da vida humana e social. Quando aliado ao<br />

individualismo, o fundamentalismo torna-se ainda mais perigoso,


pois impe<strong>de</strong> que se perceba o outro como diferente. Este, contudo,<br />

é também apelo ao encontro e ao convívio. O amor ao próximo,<br />

especialmente aos mais pobres, ten<strong>de</strong> a <strong>de</strong>saparecer <strong>de</strong>stas<br />

propostas, que acabam se tornando uma espécie <strong>de</strong> culto <strong>de</strong> si<br />

mesmo.<br />

21. Tempos <strong>de</strong> transformações tão radicais, por certo, nos<br />

afligem, mas também nos <strong>de</strong>safiam a discernir, na força do Espírito<br />

Santo, os sinais dos tempos (DGAE 2008-2010, 12). Mudanças <strong>de</strong><br />

época pe<strong>de</strong>m um tipo específico <strong>de</strong> ação evangelizadora, a qual,<br />

sem <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> lado aspectos urgentes e graves da vida humana,<br />

preocupa-se em ajudar a encontrar e estabelecer critérios, valores e<br />

princípios (EN 19). São tempos propícios para volta às fontes e busca<br />

dos aspectos centrais da fé. Esta é a gran<strong>de</strong> diretriz evangelizadora<br />

que, neste início <strong>de</strong> século XXI, acompanha a Igreja: não colocar<br />

outro fundamento que não seja Jesus Cristo, o mesmo ontem, hoje<br />

e sempre (cf. Hb 13,8) (NMI 29). A espiritualida<strong>de</strong>, a vivência da<br />

fé e do compromisso <strong>de</strong> conversão e transformação nos orientam<br />

para a construção da carida<strong>de</strong>, da justiça, da paz, a partir das<br />

pessoas e dos ambientes on<strong>de</strong> há divisão, <strong>de</strong>safetos, disputas pelo<br />

po<strong>de</strong>r ou por posições sociais. Este é um tempo em que, através<br />

<strong>de</strong> “novo ardor, novos métodos e nova expressão” (João Paulo<br />

II), respondamos missionariamente à mudança <strong>de</strong> época com o<br />

recomeçar a partir <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />

Um olhar sobre a realida<strong>de</strong> <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong><br />

22. A <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>, criada pelo Papa Paulo VI a 28<br />

<strong>de</strong> novembro <strong>de</strong> 1964 e instalada com a posse <strong>de</strong> nosso primeiro<br />

Bispo Diocesano, Dom Romeu Alberti, no dia 28 <strong>de</strong> março <strong>de</strong> 1965,<br />

abrange os territórios <strong>de</strong> 36 municípios na região centro-norte<br />

do Paraná. São eles: Ângulo, <strong>Apucarana</strong>, Arapongas, Arapuã,<br />

Ariranha do Ivaí, Astorga, Borrazópolis, Cafeara, Califórnia,<br />

Cambira, Colorado, Cruzmaltina, Faxinal, Flórida, Godoy<br />

Moreira, Gran<strong>de</strong>s Rios, Guaraci, Iguaraçu, Itaguagé, Ivaiporã,


Jardim Alegre, Lidianópolis, Lobato, Lunar<strong>de</strong>lli, Marilândia do<br />

Sul, Mauá da Serra, Munhoz <strong>de</strong> Mello, Nossa Senhora das Graças,<br />

Novo Itacolomi, Pitangueiras, Rio Bom, Sabáudia, Santa Fé, Santa<br />

Inês, Santo Inácio e São João do Ivaí. Segundo dados do Censo<br />

2010 do IBGE, a população da <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong> é <strong>de</strong> 479 336<br />

habitantes, sendo 74,50% católicos, 20% membros <strong>de</strong> outras igrejas<br />

cristãs, 2,50% pertencentes a outras religiões e 3% se <strong>de</strong>claram sem<br />

religião.<br />

23. Atualmente, nossa <strong>Diocese</strong> possui em 62 paróquias.<br />

Atuam em nossa Igreja Particular 83 presbíteros, sendo 74<br />

diocesanos, 8 religiosos (Oblatos <strong>de</strong> São José e Palotinos), 1 do rito<br />

ucraniano e 71 os diáconos permanentes.<br />

24. No âmbito da Ação Evangelizadora, atuam em nossa<br />

Igreja Particular as seguintes pastorais, serviços, movimentos<br />

e associações: 1) Na Dimensão Sócio-transformadora (serviço):<br />

Pastoral da Comunicação, Pastoral Afro, Pastoral Carcerária,<br />

Pastoral da Criança, Pastoral da Juventu<strong>de</strong>, Setor Juventu<strong>de</strong>,<br />

Pastoral do Menor, Pastoral da Sobrieda<strong>de</strong>, Pastoral Fé e Política,<br />

Pastoral dos Surdos, Pastoral da Pessoa Idosa, Pastoral da Saú<strong>de</strong>,<br />

Serviço <strong>de</strong> Secretaria Paroquial e Socieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> São Vicente <strong>de</strong><br />

Paulo. Várias paróquias contam ainda com serviços na área<br />

da promoção humana; 2) Na Dimensão missionária (anúncio):<br />

Animação missionária, Movimento Cristo te ama (CRISTMA),<br />

Cursilho <strong>de</strong> Cristanda<strong>de</strong>, Encontro <strong>de</strong> Casais com Cristo (ECC),<br />

Juventu<strong>de</strong> Mariana e Renovação Carismática Católica; 3) Na<br />

Dimensão Ecumênica (diálogo): Ecumenismo, Ensino Religioso,<br />

Obra <strong>de</strong> Maria (Focolares) e Pastoral da Educação; 4) Na Dimensão<br />

comunitário-participativa (testemunho <strong>de</strong> comunhão): Animação<br />

<strong>de</strong> Comunida<strong>de</strong>s, Apostolado da Oração, Cáritas Diocesana,<br />

Congregação Mariana, Economia e Finanças, Ministérios não<br />

or<strong>de</strong>nados, Pastoral Familiar, Serviço <strong>de</strong> Animação Vocacional,<br />

Catequese, Pastoral do Adolescente, Liturgia, Coroinhas e Canto<br />

Pastoral.


25. Das quatro dimensões presentes na Ação Evangelizadora<br />

<strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong>, sobretudo a dimensão ecumênica encontra-se<br />

bastante <strong>de</strong>fasada. Pra se ter uma i<strong>de</strong>ia, a Pastoral da Educação está<br />

presente em pouquíssimas paróquias e, dificilmente encontramos<br />

uma equipe paroquial voltada para o ecumenismo. Quanto às<br />

pastorais que compõem a dimensão sócio-transformadora, algumas<br />

estão presentes na maioria das paróquias <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong>. É o<br />

caso, por exemplo, da Pastoral da Saú<strong>de</strong> e da Pastoral da Criança.<br />

Outras, dada a realida<strong>de</strong> com a qual preten<strong>de</strong>m trabalhar, estão<br />

presentes, principalmente, nos municípios <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong> e<br />

Arapongas, vejamos o caso da Pastoral Afro e da Pastoral dos<br />

Surdos, para dar alguns exemplos. Na dimensão missionária,<br />

ganham <strong>de</strong>staque os movimentos eclesiais (ECC, Cursilho,<br />

Renovação Carismática) bastantes presentes na vida <strong>de</strong> nossas<br />

comunida<strong>de</strong>s. Falta-nos, contudo, uma animação missionária<br />

organizada e atuante. A dimensão comunitário-participativa é a <strong>de</strong><br />

maior incidência na vida <strong>de</strong> nossas paróquias, uma vez que nela se<br />

agrupam serviços básicos para qualquer comunida<strong>de</strong> católica, por<br />

exemplo, catequese, liturgia, ministros e finanças.<br />

26. Vejamos agora alguns dados referentes aos municípios<br />

que compõem nossa <strong>Diocese</strong>. Tais dados foram extraídos do Censo<br />

2010, realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro <strong>de</strong> Geografia e<br />

Estatística) e nos ajudam a ter uma visão panorâmica da realida<strong>de</strong><br />

diocesana. Vejamos também alguns dados relativos à presença das<br />

pastorais, serviços, movimentos e associações em nossas paróquias.


PROPORÇÃO REFERENTE A DESENVOLVIMENTO SOCIAL<br />

DIOCESE DE APUCARANA<br />

1)O IDH é representado <strong>de</strong> 0,00 a 1,00 na qual me<strong>de</strong> o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento humano através <strong>de</strong> indicadores<br />

como Educação, Saú<strong>de</strong>, Longevida<strong>de</strong> e Renda. Quanto mais perto <strong>de</strong> (1,00) um melhor o índice <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento<br />

humano da socieda<strong>de</strong> avaliada, quanto mais perto <strong>de</strong> (0,00) zero pior é o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>senvolvimento.<br />

2) O Índice GINI é representado <strong>de</strong> 0,00 a 1,00 que me<strong>de</strong> o grau <strong>de</strong> <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong> social, quanto mais perto do (0,00)<br />

zero melhor e menos <strong>de</strong>sigual é a socieda<strong>de</strong> avaliada, quanto mais perto <strong>de</strong> (1,00) um maiores são as <strong>de</strong>sigualda<strong>de</strong>s<br />

sociais.<br />

3) Índice <strong>de</strong> Pobreza Humana aponta a porcentagem da pobreza na socieda<strong>de</strong> avaliada mediante <strong>de</strong>monstrativo <strong>de</strong><br />

renda igual ou inferior a ½ salário mínimo.<br />

* Fonte <strong>de</strong> dados – IBGE – Censo 2000 / IPEA / PNUD / IPARDES<br />

OBS.: Estatística completa e atualizada é publicada pelos institutos acima citados <strong>de</strong>cenalmente, contudo a próxima<br />

publicação está prevista para 2013 mediante a mensuração dos dados obtidos no censo <strong>de</strong> 2010.


PROPORÇÃO RELATIVA A RELIGIÃO<br />

DIOCESE DE APUCARANA<br />

DECANATO NORTE<br />

OUTRAS<br />

SEM RELIGIÃO/<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS % % %<br />

RELIGIÕES<br />

ATEUS<br />

SANTA INÊS 1.578 87,00% 195 10,50% 10 0,50% 35 2,00%<br />

CAFEARA 2.246 84,00% 324 12,00% 36 1,00% 89 3,00%<br />

ITAGUAJÉ 3.807 83,50% 594 13,00% 71 1,50% 96 2,00%<br />

SANTA FÉ 79,00% 1.756 17,00% 152 1,50% 297 2,50%<br />

FLÓRIDA 78,00% 477 19,00% 55 2,00% 29 1,00%<br />

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS 2.986 78,00% 776 20,00% 22 0,50% 52 1,50%<br />

LOBATO 25<br />

MUNHOZ DE MELLO<br />

SANTO INÁCIO<br />

ASTORGA<br />

GUARACI<br />

COLORADO<br />

ÂNGULO<br />

IGUARAÇÚ<br />

TOTAL DECANATO NORTE<br />

DECANATO CENTRO NORTE<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS % OUTRAS<br />

PITANGUEIRAS<br />

RELIGIÕES<br />

DECANATO CENTRO<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS % OUTRAS<br />

RELIGIÕES<br />

DECANATO SUL<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS % OUTRAS<br />

RELIGIÕES<br />

%<br />

SEM RELIGIÃO/ ATEUS<br />

%<br />

% SEM RELIGIÃO/<br />

ATEUS<br />

% SEM RELIGIÃO/<br />

ATEUS<br />

%<br />

%


ESTADO DO PARANÁ<br />

OUTRAS<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS %<br />

RELIGIÕES<br />

ESTADO DO PARANÁ<br />

BRASIL<br />

BRASIL<br />

MUNICÍPIO CATÓLICOS % EVANGÉLICOS % OUTRAS<br />

RELIGIÕES<br />

TOTAL DE PAROQUIAS<br />

DECANATO CENTRO 20 18<br />

DECANATO CENTRO-NORTE 11 10<br />

DECANATO NORTE 14 14<br />

DECANATO SUL 17 16<br />

TOTAL 62 58 93%<br />

PARÓQUIAS QUE PARTICIPARAM<br />

% SEM RELIGIÃO/<br />

ATEUS<br />

% SEM RELIGIÃO/<br />

ATEUS<br />

PROPORÇÃO DOS DADOS DA DIOCESE EM NÍVEL DE PARANÁ E DE BRASIL<br />

* Fonte <strong>de</strong> dados IBGE – Censo 2010.<br />

PROPORÇÃO REFERENTE A PASTORAIS, SERVIÇOS,<br />

MOVIMENTOS E ASSOCIAÇÕES<br />

NA DIOCESE DE APUCARANA<br />

UNIVERSO E AMOSTRAGEM<br />

%<br />

%


SÓCIO TRANSFORMADORA<br />

MISSIONÁRIA<br />

ECUMÊNICA<br />

COMUNITÁRIO PARTICIPATIVA<br />

DECANATO CENTRO<br />

PARÓQUIA<br />

N. SRA. DE LOURDES<br />

APUCARANA<br />

CRISTO REI<br />

APUCARANA<br />

CRISTO SACERDOTE<br />

APUCARANA<br />

CRISTO PROFETA<br />

APUCARANA<br />

N. SRA APARECIDA<br />

APUCARANA<br />

N. SRA DE FÁTIMA<br />

APUCARANA<br />

N. SRA. PERP. SOCORRO<br />

APUCARANA<br />

SÃO BENEDITO<br />

APUCARANA<br />

SÃO FRANCISCO XAVIER<br />

APUCARANA<br />

SÃO JOSÉ<br />

APUCARANA<br />

CORAÇÃO EUCARÍSTICO<br />

APUCARANA<br />

SANTO ANTONIO DE PÁDUA<br />

APUCARANA<br />

SÃO FRANCISCO DE ASSIS<br />

CALIFÓRNIA<br />

SÃO JOSÉ<br />

CAMBIRA<br />

N. SRA. DAS DORES<br />

MARILÂNDIA DO SUL<br />

SÃO PEDRO<br />

MAUÁ DA SERRA<br />

N. SRA. DA GLÓRIA<br />

NOVO ITACOLOMI<br />

N. SRA APARECIDA<br />

RIO BOM<br />

P. COMUNICAÇÃO X X X X X X X X X X X 11<br />

P. AFRO X X X X X 05<br />

P. CARCERÁRIA X X 02<br />

P. DA CRIANÇA X X X X X X X X X X X X X X X 15<br />

P. DA JUVENTUDE X X X X X X X X X X 09<br />

P. DO MENOR X 01<br />

P. DA SOBRIEDADE X X 02<br />

P. FÉ E POLÍTICA X X 02<br />

P. DOS SURDOS X X 02<br />

P. DA PES. IDOSA X X X X X X X X X X 10<br />

P. DA SAÚDE X X X X X X X X X X X X X X X X X 17<br />

C.P.T. 00<br />

S.S.V.P. X X X X X X X X X X X X 12<br />

A. MISSIONÁRIA X X X X X 06<br />

CRISTMA X X X X X X X X X X 10<br />

CURSILHO X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

E.C.C. X X X X X X X X 08<br />

JUV. MARIANA X X 02<br />

R.C.C X X X X X X X X X X X X X X X 15<br />

ECUMENISMO X X X X 04<br />

ENSINO RELIGIOSO X X 02<br />

OBRA DE MARIA 00<br />

P. DA EDUCAÇÃO X X 02<br />

A. DE COMUNIDADE X X X X X X X X X X X X X X X 15<br />

APOSTOLADO X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

CONG. MARIANA X X X X X X X X X X 10<br />

ECON. E FINANÇAS X X X X X X X X X X X X X X X X X 17<br />

M NÃO ORDENADOS X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

P. FAMILIAR X X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

S.A.V. X X X X X X X X X X X X 12<br />

CATEQUESE X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

P. ADOLESCENTE X X X X X X X X X 09<br />

LITURGIA X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

CANTO PASTORAL X X X X X X X X X X X X X X X X X X 18<br />

TOTAL DA PARÓQUIA 27 22 22 21 22 16 17 14 18 12 15 15 20 15 19 19 17 18<br />

TOTAL DECANATO CENTRO


SÓCIO TRANSFORMADORA<br />

MISSIONÁRIA<br />

ECUMÊNICA<br />

COMUNITÁRIO PARTICIPATIVA<br />

DECANATO<br />

CENTRO-NORTE<br />

PARÓQUIA<br />

N. SRA. APARECIDA<br />

ARAPONGAS<br />

N. SRA. DE GUADALUPE<br />

ARAPONGAS<br />

SANTO ANTONIO DE PÁDUA<br />

ARAPONGAS<br />

SANTA RITA DE CÁSSIA<br />

ARAPONGAS<br />

SÃO VICENTE PALLOTTI<br />

ARAPONGAS<br />

SANTÍSSIMA TRINDADE<br />

ARAPONGAS<br />

SÃO FRANCISCO DE ASSIS<br />

ARAPONGAS<br />

BOM JESUS<br />

ARAPONGAS<br />

SANTA TEREZINHA<br />

SABÁUDIA<br />

SANTO ANTÔNIO<br />

PITANGUEIRAS<br />

P. COMUNICAÇÃO X X X X X X X X 08<br />

P. AFRO 00<br />

P. CARCERÁRIA X X X 03<br />

P. DA CRIANÇA X X X X X X X X X X 10<br />

P. DA JUVENTUDE X X X X X X X 07<br />

P. DO MENOR 00<br />

P. DA SOBRIEDADE X 01<br />

P. FÉ E POLÍTICA X X 02<br />

P. DOS SURDOS X 01<br />

P. DA PES. IDOSA X X X X X X X X X 09<br />

P. DA SAÚDE X X X X X X X X X X 10<br />

C.P.T. 00<br />

S.S.V.P. X X X X X X X X 08<br />

A. MISSIONÁRIA X X X X 04<br />

CRISTMA X X X X X X X 07<br />

CURSILHO X X X X X X X X X X 10<br />

E.C.C. X X X X X X X X 08<br />

JUV. MARIANA X 01<br />

R.C.C X X X X X X X X X 09<br />

ECUMENISMO X 01<br />

ENSINO RELIGIOSO X X X 03<br />

OBRA DE MARIA X 01<br />

P. DA EDUCAÇÃO X X X 03<br />

A. DE COMUNIDADE X X X X X X X 07<br />

APOSTOLADO X X X X X X X X X X 10<br />

CONG. MARIANA X 01<br />

ECON. E FINANÇAS X X X X X X X X X X 10<br />

M NÃO ORDENADOS X X X X x X X X X X 10<br />

P. FAMILIAR X X X X X X X X X X 10<br />

S.A.V. X X X X X X X X X X 10<br />

CATEQUESE X X X X X X X X X X 10<br />

P. ADOLESCENTE X X X X X X 06<br />

LITURGIA X X X X X X X X X X 10<br />

CANTO PASTORAL X X X X X X X X X X 10<br />

TOTAL DA PARÓQUIA 22 24 25 20 17 20 25 16 18 14<br />

TOTAL DECANATO NORTE


SÓCIO TRANSFORMADORA<br />

MISSIONÁRIA<br />

ECUMÊNICA<br />

COMUNITÁRIO PARTICIPATIVA<br />

DECANATO NORTE<br />

PARÓQUIA<br />

SÃO JOÃO BATISTA<br />

ÂNGULO<br />

SÃO SEBASTIÃO<br />

ASTORGA<br />

SANTA LUZIA<br />

CAFEARA<br />

N. SRA. AUXILIADORA<br />

COLORADO<br />

SANTO ANTONIO DE PÁDUA<br />

FLÓRIDA<br />

SÃO SEBASTIÃO<br />

GUARACÍ<br />

N. SRA.APARECIDA<br />

IGUARAÇÚ<br />

N. SRA.APARECIDA<br />

ITAGUAJÉ<br />

SAG. CORAÇÃO DE JESUS<br />

LOBATO<br />

SÃO SEBASTIÃO<br />

MUNHOZ DE MELLO<br />

N. SRA.DAS GRAÇAS<br />

NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS<br />

N. SRA.DAS GRAÇAS<br />

SANTA FÉ<br />

SANTA INÊS<br />

SANTA INÊS<br />

SANTO INÁCIO DE LOYOLA<br />

SANTO INÁCIO<br />

P. COMUNICAÇÃO X X X X X 05<br />

P. AFRO 00<br />

P. CARCERÁRIA X X X 03<br />

P. DA CRIANÇA X X X X X X X X X X X 07<br />

P. DA JUVENTUDE X X X X X X X X X X 10<br />

P. DO MENOR 00<br />

P. DA SOBRIEDADE X 01<br />

P. FÉ E POLÍTICA X X X X 04<br />

P. DOS SURDOS X X 02<br />

P. DA PES. IDOSA X X X X X X 06<br />

P. DA SAÚDE X X X X X X X X X X X 11<br />

C.P.T. 00<br />

S.S.V.P. X X 02<br />

A. MISSIONÁRIA X X 02<br />

CRISTMA X X X X X 05<br />

CURSILHO X X X X X X X X X 09<br />

E.C.C. X X X X X X X 07<br />

JUV. MARIANA X 01<br />

R.C.C X X X X X X X X X X X 11<br />

ECUMENISMO 00<br />

ENSINO RELIGIOSO 00<br />

OBRA DE MARIA 00<br />

P. DA EDUCAÇÃO X X 02<br />

A. DE COMUNIDADE X X X X X X X 07<br />

APOSTOLADO X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

CONG. MARIANA X X 02<br />

ECON. E FINANÇAS X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

M NÃO ORDENADOS X X X X X X X X X X X X 14<br />

P. FAMILIAR X X X X X X X X X X X 11<br />

S.A.V. X X X X X X X 07<br />

CATEQUESE X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

P. ADOLESCENTE X X X X X X 06<br />

LITURGIA X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

CANTO PASTORAL X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

TOTAL DA PARÓQUIA 19 23 08 23 12 16 13 11 19 15 12 15 08 12<br />

TOTAL DECANATO NORTE


SÓCIO TRANSFORMADORA<br />

MISSIONÁRIA<br />

ECUMÊNICA<br />

COMUNITÁRIO PARTICIPATIVA<br />

DECANATO SUL<br />

PARÓQUIA<br />

SÃO JOSÉ<br />

ARAPUÃ<br />

N. SRA. DO ROSÁRIO<br />

ARIRANHA DO IVAÍ<br />

IMACULADA CONCEIÇÃO<br />

BORRAZÓPOLIS<br />

N. SRA. APARECIDA<br />

CRUZMALTINA<br />

MARIA MÃE DA UNIDADE<br />

FAXINAL<br />

SÃO SEBASTIÃO<br />

FAXINAL<br />

SÃO FRANCISCO DE ASSIS<br />

GODOY MOREIRA<br />

SÃO JUDAS TADEU<br />

SÃO JUDAS TADEU<br />

BOM JESUS<br />

IVAIPORÃ<br />

ESPÍRITO SANTO<br />

IVAIPORÃ<br />

SANTÍSSIMA MÃE DE DEUS<br />

IVAIPORÃ<br />

N. SRA. DO ROCIO<br />

JARDIM ALEGRE<br />

SÃO SEBASTIÃO<br />

LIDIANÓPOLIS<br />

SANTA RITA DE CÁSSIA<br />

LUNARDELLI<br />

P. COMUNICAÇÃO X X X X X X 06<br />

P. AFRO 00<br />

P. CARCERÁRIA X X 02<br />

P. DA CRIANÇA X X X X X X X X X X X X X X X 15<br />

P. DA JUVENTUDE X X X X X X 06<br />

P. DO MENOR X X 02<br />

P. DA SOBRIEDADE X 01<br />

P. FÉ E POLÍTICA X X 02<br />

P. DOS SURDOS X 01<br />

P. DA PES. IDOSA X X X X X X 06<br />

P. DA SAÚDE X X X X X X X X X X X X X 13<br />

C.P.T. 00<br />

S.S.V.P. X 01<br />

A. MISSIONÁRIA X X 02<br />

CRISTMA X X X X 04<br />

CURSILHO X X X X X X X 07<br />

E.C.C. X X X X X X X X X X X X X 13<br />

JUV. MARIANA X X X 03<br />

R.C.C X X X X X X X X X X X X X X X 15<br />

ECUMENISMO X 01<br />

ENSINO RELIGIOSO X X X 03<br />

OBRA DE MARIA 00<br />

P. DA EDUCAÇÃO 00<br />

A. DE COMUNIDADE X X X X X X X X X X X X X X 14<br />

APOSTOLADO X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

CONG. MARIANA X X X X X X 06<br />

ECON. E FINANÇAS X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

M NÃO ORDENADOS X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

P. FAMILIAR X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

S.A.V. X X X X X X X X X X X 11<br />

CATEQUESE X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

P. ADOLESCENTE X X X X X X X 10<br />

LITURGIA X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

CANTO PASTORAL X X X X X X X X X X X X X X X X 16<br />

TOTAL DA PARÓQUIA 18 07 16 16 16 21 11 14 19 19 18 23 13 19 17 12<br />

SÃO JOÃO BATISTA<br />

SÃO JOÃO DO IVAÍ<br />

SANTA LUZIA<br />

SÃO JOÃO DO IVAÍ<br />

TOTAL DECANATO CENTRO


OUTRAS PASTORAIS,<br />

MOVIMENTOS, SERVIÇOS E<br />

ASSOCIAÇÕES CITADOS NO<br />

QUESTIONÁRIO.<br />

MÃES INTERCESSORAS<br />

PROMOÇÃO HUMANA<br />

EQUIPES DE NOSSA SENHORA<br />

LEGIÃO DE MARIA<br />

INFÂNCIA MISSIONÁRIA<br />

COROINHAS<br />

CAPELINHAS DA MÃE RAINHA<br />

PASTORAL DO BATISMO<br />

MOVIMENTO FAMILIAR CRISTÃO<br />

PASTORAL DO DÍZIMO<br />

SÓCIO TRANSFORMADORA<br />

MISSIONÁRIA<br />

ECUMÊNICA<br />

COMUNITÁRIO PARTICIPATIVA<br />

DIOCESE DE<br />

APUCARANA<br />

TOTAL DECANATO CENTRO<br />

TOTAL DEC. CENTRO-NORTE<br />

TOTAL DECANATO NORTE<br />

TOTAL DECANATO SUL<br />

TOTAL GERAL DIOCESE<br />

DE APUCARANA<br />

PERCENTUAL DE PRESENÇA<br />

NA DIOCESE<br />

PASTORAL DA COMUNICAÇÃO 11 08 05 06 30 51%<br />

PASTORAL AFRO 05 00 00 00 05 07%<br />

PASTORAL CARCERÁRIA 02 03 03 02 10 18%<br />

PASTORAL DA CRIANÇA 15 10 07 15 47 82%<br />

PASTORAL DA JUVENTUDE 09 07 10 06 32 54%<br />

PASTORAL DO MENOR 01 00 00 02 03 05%<br />

PASTORAL DA SOBRIEDADE 02 01 01 01 05 09%<br />

PASTORAL FÉ E POLÍTICA 02 02 04 02 10 18%<br />

PASTORAL DOS SURDOS 02 01 02 01 06 11%<br />

PASTORAL DA PESSOA IDOSA 10 09 06 06 31 52%<br />

PASTORAL DA SAÚDE 17 10 11 13 51 88%<br />

COMISSÃO PASTORAL DA TERRA 00 00 00 00 00 00%<br />

SOCIEDADE SÃO VICENTE DE PAULO 12 08 02 01 23 40%<br />

ANIMAÇÃO MISSIONÁRIA 06 04 02 02 14 23%<br />

CRISTMA 10 07 05 04 26 44%<br />

CURSILHO DE CRISTANDADE 18 10 09 07 44 75%<br />

ENCONTRO DE CASAIS COM CRISTO 08 08 07 13 36 61%<br />

JUVENTUDE MARIANA 02 01 01 03 07 13%<br />

RENOVAÇAO CARISMÁTICA CATÓLICA 15 09 11 15 50 86%<br />

ECUMENISMO 04 01 00 01 06 09%<br />

ENSINO RELIGIOSO 02 03 00 03 08 15%<br />

OBRA DE MARIA - FOCOLARES 00 01 00 00 01 02%<br />

PASTORAL DA EDUCAÇÃO 02 03 02 00 07 13%<br />

ANIMAÇAO DE COMUNIDADE 15 07 07 14 43 73%<br />

APOSTOLADO DE ORAÇÃO 18 10 14 16 58 100%<br />

CONGREGAÇÃO MARIANA 10 01 02 06 19 31%<br />

ECONOMIA E FINANÇAS 17 10 14 16 57 98%<br />

MINISTÉRIOS NÃO ORDENADOS 18 10 14 16 58 100%<br />

PASTORAL FAMILIAR 16 10 11 16 53 91%<br />

SERVIÇO DE ANIMAÇÃO VOCACIONAL 12 10 07 11 40 68%<br />

CATEQUESE 18 10 14 16 58 100%<br />

PASTORAL DO ADOLESCENTE 09 06 06 10 31 53%<br />

LITURGIA 18 10 14 16 58 100%<br />

CANTO PASTORAL 18 10 14 16 58 100%


CAPÍTULO III<br />

URGÊNCIAS NA AÇÃO EVANGELIZADORA<br />

27. Quando a realida<strong>de</strong> se transforma, <strong>de</strong>vem, igualmente,<br />

se transformarem os caminhos pelos quais passa a ação<br />

evangelizadora. Instrumentos e métodos que <strong>de</strong>ram certo em<br />

outros momentos históricos, com resultados que nos alegram<br />

profundamente, po<strong>de</strong>m não apresentar, em nossos dias, condições<br />

<strong>de</strong> transmitir e sustentar a fé. Enquanto, em outros períodos da<br />

história, os discípulos missionários precisaram dar as razões <strong>de</strong> sua<br />

esperança como consequência <strong>de</strong> critérios firmemente aplicados,<br />

em nossos dias, são os próprios critérios que vêm experimentando<br />

abalo. Para não poucas pessoas a incerteza sobre como julgar a<br />

realida<strong>de</strong> e com ela interagir é muito gran<strong>de</strong>. Por isso, estamos<br />

em uma mudança <strong>de</strong> época, pois ela já não atinge somente este<br />

ou aquele aspecto concreto da existência. As mudanças <strong>de</strong> época<br />

atingem os próprios critérios <strong>de</strong> compreen<strong>de</strong>r a vida, tudo o que a<br />

ela diz respeito, inclusive a própria maneira <strong>de</strong> enten<strong>de</strong>r Deus. O<br />

nome <strong>de</strong> Jesus Cristo é utilizado para expressar atitu<strong>de</strong>s até mesmo<br />

opostas ao Reino <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong>ixando confusos os que querem<br />

efetivamente viver o discipulado missionário.<br />

28. Esta é a razão pela qual a Conferência <strong>de</strong> Aparecida<br />

nos convoca a ultrapassar uma pastoral <strong>de</strong> mera conservação<br />

ou manutenção para assumir uma pastoral <strong>de</strong>cididamente<br />

missionária, numa atitu<strong>de</strong> que, corajosa e profeticamente,<br />

chamou <strong>de</strong> conversão pastoral. Assim como indica o <strong>de</strong>safio da<br />

mudança <strong>de</strong> época, Aparecida aponta a conversão pastoral como<br />

caminho para a ação evangelizadora. “Uma verda<strong>de</strong>ira conversão<br />

pastoral <strong>de</strong>ve estimular-nos e inspirar-nos atitu<strong>de</strong>s e iniciativas <strong>de</strong><br />

autoavaliação e coragem <strong>de</strong> mudar várias estruturas pastorais em<br />

todos os níveis, serviços, organismos, movimentos e associações.<br />

Temos necessida<strong>de</strong> urgente <strong>de</strong> viver na Igreja a paixão que norteia<br />

a vida <strong>de</strong> Jesus Cristo: o Reino <strong>de</strong> Deus, fonte <strong>de</strong> graça, justiça, paz<br />

e amor. Por esse Reino, o Senhor <strong>de</strong>u a vida”.


29. Por certo, ao reconhecer a mudança <strong>de</strong> época como o maior<br />

<strong>de</strong>safio a ser atualmente enfrentado, o discípulo missionário não se<br />

esquece das ameaças à vida <strong>de</strong> pessoas, povos e até mesmo <strong>de</strong> todo<br />

o planeta. Estas ameaças permanecem e necessitam ser, corajosa<br />

e profeticamente, enfrentadas. Contudo, neste enfrentamento, o<br />

discípulo missionário se <strong>de</strong>para com a fragilida<strong>de</strong> dos critérios<br />

para ver, julgar e agir. Olhar, portanto, para a mudança <strong>de</strong> época e<br />

para o necessário (re)enraizamento <strong>de</strong> critérios, longe <strong>de</strong> significar<br />

o afastamento dos problemas concretos e urgentes da vida <strong>de</strong> nosso<br />

povo, significa buscar uma base realmente sólida para enfrentá-<br />

los. Caso contrário, o discípulo missionário po<strong>de</strong>rá ser como o<br />

construtor ou o chefe que, não reconhecendo os novos <strong>de</strong>safios,<br />

vê a missão fracassar (cf. Lc 10,28-32). Voltar às fontes e recomeçar<br />

a partir <strong>de</strong> Jesus Cristo, longe <strong>de</strong> significar a preocupação consigo<br />

mesma, coloca a Igreja no mesmo caminho do amor-serviço aos<br />

sofredores <strong>de</strong>sta terra. Porque <strong>de</strong>seja servir, a Igreja reconhece o<br />

momento histórico em que se encontra, sendo convocada a buscar<br />

caminhos para a transmissão e a sedimentação da fé, mesmo que,<br />

para isso, precise abandonar estruturas ultrapassadas que já não<br />

facilitem mais a transmissão da fé.<br />

30. É, pois, neste sentido, que emergem algumas urgências<br />

na evangelização que, por isso mesmo, <strong>de</strong>vem estar presentes em<br />

todos os processos <strong>de</strong> planejamento e nos consequentes planos,<br />

in<strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntemente do local on<strong>de</strong> as ações evangelizadoras<br />

aconteçam. Tais urgências dizem respeito à busca e ao encontro <strong>de</strong><br />

caminhos para a transmissão e a sedimentação da fé, neste período<br />

histórico <strong>de</strong> transformações profundas. São o elo entre tudo que<br />

se faz em termos <strong>de</strong> evangelização em todo o Brasil. Mostram<br />

uma Igreja em comunhão com sua história, com as conclusões da<br />

Conferência <strong>de</strong> Aparecida e, por isso mesmo, com as <strong>de</strong>mais Igrejas<br />

no Continente e com a realida<strong>de</strong> perplexa e sofrida do povo.<br />

31. Por tudo isso, a Igreja no Brasil se empenhará em ser uma<br />

Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão, casa da iniciação à vida<br />

cristã, fonte da animação bíblica <strong>de</strong> toda a vida, comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s, a serviço da vida em todas as suas instâncias. Estes<br />

aspectos encontram-se inevitavelmente ligados, <strong>de</strong> tal modo que


assumir um <strong>de</strong>les exige que se assumam os outros. Estão sempre<br />

presentes na vida da Igreja, pois se referem a Jesus Cristo, à Igreja,<br />

à vida comunitária, à Palavra <strong>de</strong> Deus como alimento para a fé, à<br />

Eucaristia como alimento para a vida eterna e para o serviço ao<br />

Reino <strong>de</strong> Deus. Por seu testemunho e por suas ações pastorais,<br />

a Igreja suscita o <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong> encontrar Jesus Cristo. Este encontro<br />

se dá através do mergulho gradativo no mistério do Re<strong>de</strong>ntor.<br />

Daí a importância da iniciação à vida cristã, a qual não acontece<br />

plenamente se não se tem contato com a Escritura. Alimentando,<br />

iluminando e orientando toda a ação pastoral, a Bíblia transborda<br />

para a totalida<strong>de</strong> da existência <strong>de</strong> pessoas e grupos, tornando-se<br />

luz para o caminho (cf. Sl 119,105). Transformados por Jesus Cristo<br />

e comprometidos com o Reino <strong>de</strong> Deus, os discípulos missionários<br />

formam comunida<strong>de</strong>s que não po<strong>de</strong>m fechar-se em si mesmas, ao<br />

estilo <strong>de</strong> guetos ou ilhas. Por suas atitu<strong>de</strong>s fraternas e solidárias,<br />

trabalhando incessantemente pela vida em todas as suas instâncias,<br />

tornam-se sinais <strong>de</strong> que o Reino <strong>de</strong> Deus vai se manifestando em<br />

nosso meio (cf. Mt 11,2-6; At 2,42), na vitória sobre o pecado e suas<br />

consequências.<br />

1ª Urgência: Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão<br />

Diagnóstico<br />

32. A Igreja é indispensavelmente missionária. Existe para<br />

anunciar, por gestos e palavras, a pessoa e a mensagem <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo. Fechar-se à dimensão missionária implica fechar-se ao<br />

Espírito Santo, sempre presente, atuante, impulsionador e <strong>de</strong>fensor<br />

(Jo 14,16; MT 10,19-20). Em cada tempo e lugar, esta missão assume<br />

perspectivas distintas, nunca, porém, <strong>de</strong>ixa <strong>de</strong> acontecer. Se hoje<br />

partilhamos a experiência cristã, é porque alguém nos transmitiu<br />

a beleza da fé, apresentou-nos Jesus Cristo, acolheu-nos na<br />

comunida<strong>de</strong> eclesial e nos fascinou pelo serviço ao Reino <strong>de</strong> Deus.<br />

A atual consciência missionária interpela o discípulo<br />

missionário a “sair ao encontro das pessoas, das famílias, das


comunida<strong>de</strong>s e dos povos para lhes comunicar e compartilhar o<br />

dom do encontro com Cristo” (DAp, n. 548).<br />

Na medida em que as mudanças <strong>de</strong> época atingem os<br />

critérios <strong>de</strong> compreensão, os valores e as referências, os quais já<br />

não se transmitem mais com a mesma flui<strong>de</strong>z <strong>de</strong> outros tempos,<br />

torna-se indispensável anunciar Jesus Cristo, apresentando, com<br />

clareza e força testemunhal, quem é Ele e qual sua proposta para<br />

toda a humanida<strong>de</strong>.<br />

São as ameaças à vida, frutos <strong>de</strong> uma cultura <strong>de</strong> morte,<br />

que questionam os discípulos missionários a anunciarem,<br />

principalmente através do testemunho, a beleza do Reino <strong>de</strong> Deus,<br />

que é vida, paz, concórdia, reconciliação (cf. Gl 5,22s).<br />

Neste re<strong>de</strong>scobrir missionário, emerge, em primeiro lugar,<br />

o papel <strong>de</strong> cada pessoa batizada em todos os lugares e situações<br />

em que se encontrar. Trata-se do testemunho pessoal, base sobre a<br />

qual o explícito anúncio haverá <strong>de</strong> ser construído.<br />

Em segundo lugar, surge a urgência <strong>de</strong> pensar estruturas<br />

pastorais que favoreçam a realização da atual consciência<br />

missionária. É neste sentido que se enten<strong>de</strong> a convocação <strong>de</strong><br />

Aparecida à conversão pastoral, através da qual se ultrapassam os<br />

limites <strong>de</strong> uma “pastoral <strong>de</strong> mera conservação para uma pastoral<br />

<strong>de</strong>cididamente missionária” (DAp, n. 370).<br />

Não se trata, contudo, <strong>de</strong> conceber a atitu<strong>de</strong> missionária<br />

ao lado <strong>de</strong> outros serviços ou ativida<strong>de</strong>s, mas <strong>de</strong> dar a tudo que<br />

se faz um sentido missionário, estabelecendo, neste conjunto <strong>de</strong><br />

ativida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>senvolvidas, algumas urgências que aju<strong>de</strong>m todos os<br />

batizados a efetivamente se reconhecerem como missionários.


Perspectivas <strong>de</strong> ação<br />

33. No processo <strong>de</strong> evangelização, o testemunho é condição<br />

para o anúncio. A própria comunida<strong>de</strong> cristã precisa ser ela mesma<br />

anúncio, pois o mensageiro é também Mensagem. Os mensageiros<br />

são, antes <strong>de</strong> tudo, testemunhas daquilo que viram, encontraram e<br />

experimentaram. A comunida<strong>de</strong> reunida no amor e na oração é a<br />

atestação mais palpável <strong>de</strong> que Deus está entre nós.<br />

Respaldada pelo testemunho, na sequência apresenta-se a<br />

necessida<strong>de</strong> do anúncio explícito, da pregação do Evangelho, nas<br />

mais variadas formas que o ministério da Palavra po<strong>de</strong> assumir. Na<br />

ação pastoral, cabe a cada comunida<strong>de</strong> eclesial priorizar os grupos<br />

humanos ou as categorias sociais que merecem atenção especial.<br />

Entre eles estão os que vivem nas periferias das cida<strong>de</strong>s, os jovens,<br />

os trabalhadores, os formadores <strong>de</strong> opinião etc.<br />

As missões populares, indo ao encontro do apelo da Missão<br />

Continental, têm se mostrado um caminho eficaz. As visitas<br />

sistemáticas nos locais <strong>de</strong> trabalho, nas moradias <strong>de</strong> estudantes,<br />

nas favelas e nos cortiços, nos alojamentos <strong>de</strong> trabalhadores, nas<br />

instituições <strong>de</strong> saú<strong>de</strong>, nos assentamentos, nas prisões, nos albergues<br />

e junto aos moradores <strong>de</strong> rua, entre outros, são testemunho <strong>de</strong><br />

uma Igreja samaritana. A pastoral da visitação po<strong>de</strong> dar maior<br />

organicida<strong>de</strong> e eficácia a este serviço.<br />

Atenção especial merecem os jovens. A beleza da juventu<strong>de</strong><br />

e os inúmeros <strong>de</strong>safios para a plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua vida exigem<br />

urgentes iniciativas pastorais nas diversas instâncias <strong>de</strong> nossa ação<br />

evangelizadora. O combate à apologia e ao uso <strong>de</strong> drogas, a todo<br />

tipo <strong>de</strong> violência e extermínio <strong>de</strong> jovens, uma atraente proposta<br />

vocacional e a oferta <strong>de</strong> um itinerário para a organização <strong>de</strong> seu<br />

projeto pessoal <strong>de</strong> vida contribuirão com a vida plena <strong>de</strong>sta parcela<br />

tão significativa <strong>de</strong> nossa Igreja e da socieda<strong>de</strong>.<br />

Entre os grupos humanos aos quais <strong>de</strong>ve se dirigir o anúncio<br />

missionário, a partir <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s eclesiais, estão<br />

também os povos indígenas e os afro-brasileiros.


Contradiz a dinâmica do Reino <strong>de</strong> Deus e a concepção<br />

<strong>de</strong> uma Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão, a existência <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s eclesiais fechadas em torno <strong>de</strong> si mesmas, sem serviço<br />

à socieda<strong>de</strong>, sem diálogo com as culturas e com as <strong>de</strong>mais igrejas<br />

e religiões. Numa Igreja <strong>de</strong>cididamente missionária, lutar pela<br />

unida<strong>de</strong> dos cristãos é fundamental, por isso, um gran<strong>de</strong> <strong>de</strong>safio<br />

é o ecumenismo, não feito <strong>de</strong> manifestações <strong>de</strong> bons sentimentos,<br />

mas <strong>de</strong> gestos concretos. Outro <strong>de</strong>safio é o diálogo inter-religioso,<br />

o encontro fraterno e respeitoso com os seguidores <strong>de</strong> religiões não<br />

cristãs e com todas as pessoas empenhadas na busca da justiça e na<br />

construção da fraternida<strong>de</strong> universal.<br />

Uma Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão nos interpela,<br />

finalmente, à missão ad gentes. Uma Igreja Particular não<br />

po<strong>de</strong> esperar atingir a plena maturida<strong>de</strong> eclesial para, só então,<br />

começar a se preocupar com a missão para além <strong>de</strong> seu território.<br />

A maturida<strong>de</strong> eclesial é conseqüência e não apenas condição <strong>de</strong><br />

abertura missionária.<br />

Propostas do Regional Sul II<br />

1. Priorizar, na realização da missão permanente, os pequenos<br />

grupos, <strong>de</strong>ntre eles os grupos bíblicos e grupos <strong>de</strong> famílias;<br />

2. Preparar e capacitar as li<strong>de</strong>ranças para a missão.<br />

Proporcionar motivação e formação missionária ad gentes<br />

aos padres, aos seminaristas e leigos, a fim <strong>de</strong> que se<br />

disponham com facilida<strong>de</strong> para as missões nas igrejas-irmãs,<br />

especialmente na Amazônia e na África;<br />

3. A paróquia <strong>de</strong>ve favorecer o acolhimento das pessoas,<br />

sejam nas celebrações litúrgicas, nas comunida<strong>de</strong>s, nas<br />

secretarias paroquiais, nas horas <strong>de</strong> sofrimento e <strong>de</strong> dor e<br />

em todos os momentos procurando estabelecer horários<br />

compatíveis com todos.


4. Missionarizar todas as ativida<strong>de</strong>s da paróquia, priorizando<br />

as áreas afastadas e os afastados. Atingir os indígenas, os<br />

encarcerados, hospitais, ciganos e outros;<br />

5. Articular e fomentar o trabalho com a juventu<strong>de</strong> em<br />

âmbito <strong>de</strong> diocese e paróquia.<br />

2ª Urgência: Igreja, casa da iniciação à vida cristã<br />

Diagnóstico<br />

34. A fé é dom <strong>de</strong> Deus! “Não se começa a ser cristão por<br />

uma <strong>de</strong>cisão ética ou uma gran<strong>de</strong> i<strong>de</strong>ia, mas pelo encontro com<br />

um acontecimento, com uma Pessoa, que dá um novo horizonte<br />

à vida e, com isso, uma orientação <strong>de</strong>cisiva” (DAp, nn. 12,243-<br />

244). Por sua vez, este encontro é mediado pela ação da Igreja,<br />

ação que se concretiza em cada tempo e lugar, <strong>de</strong> acordo com o<br />

jeito <strong>de</strong> ser <strong>de</strong> cada povo, <strong>de</strong> cada cultura. A <strong>de</strong>scoberta do amor<br />

<strong>de</strong> Deus manifestado em Jesus Cristo, dom salvífico para toda a<br />

humanida<strong>de</strong>, não acontece sem a mediação dos outros (cf. Rm<br />

10,14).<br />

Em outros tempos, a família, a escola e a socieda<strong>de</strong> em geral,<br />

ao mesmo tempo em que ajudavam a pessoa a se inserir na cultura,<br />

também contribuíam para que a mesma se inserisse na comunida<strong>de</strong><br />

eclesial.<br />

Hoje, estas instituições já não cumprem este papel, o que<br />

exige uma radical transformação no modo <strong>de</strong> concretizar a ação<br />

evangelizadora. O anúncio <strong>de</strong> Jesus Cristo não po<strong>de</strong> ser encarado<br />

como algo já dado. Exige por parte da comunida<strong>de</strong> eclesial um<br />

efetivo processo <strong>de</strong> iniciação dos batizandos e dos batizados à vida<br />

cristã. Este é um dos mais urgentes sentidos do termo missão em<br />

nossos dias. É o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> anunciar Jesus Cristo, recomeçando<br />

a partir <strong>de</strong>le, sem “dar nada como pressuposto ou <strong>de</strong>scontado”


(DAp, n. 549). É preciso ajudar as pessoas a conhecer Jesus Cristo,<br />

fascinar-se por Ele e optar por segui-lo.<br />

A iniciação cristã, entretanto, não se esgota na preparação<br />

aos sacramentos do Batismo, Crisma e Eucaristia. Ela se refere à<br />

a<strong>de</strong>são a Jesus Cristo. Esta a<strong>de</strong>são <strong>de</strong>ve ser feita pela primeira vez,<br />

mas refeita, fortalecida e ratificada tantas vezes quantas o cotidiano<br />

exigir.<br />

O processo permanente <strong>de</strong> iniciação apresenta uma série<br />

<strong>de</strong> exigências para a evangelização: acolhida, diálogo, partilha,<br />

bem como maior familiarida<strong>de</strong> com a Palavra <strong>de</strong> Deus e a vida em<br />

comunida<strong>de</strong>. Em segundo lugar, implica estruturas, isto é, grupos<br />

<strong>de</strong> estilo catecumenal nos mais diversos lugares e horários, sempre<br />

disponíveis a acolher, apresentar Jesus Cristo e dar as razões da<br />

nossa esperança (cf. 1Pd 3,15). Implica, assim, um novo perfil <strong>de</strong><br />

agente evangelizador, no qual o Ministério dos(as) introdutores(as)<br />

e catequistas assuma papel prepon<strong>de</strong>rante. Eles são a ponte entre<br />

o coração que busca <strong>de</strong>scobrir ou re<strong>de</strong>scobrir Jesus Cristo e seu<br />

seguimento na comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> irmãos, em atitu<strong>de</strong>s coerentes e na<br />

missão <strong>de</strong> colaborar na edificação do Reino <strong>de</strong> Deus.<br />

Perspectivas <strong>de</strong> ação<br />

35. Diante do gran<strong>de</strong> contingente <strong>de</strong> católicos não<br />

suficientemente evangelizados, a iniciação cristã precisa estar<br />

presente em nossas comunida<strong>de</strong>s eclesiais. Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

catequese permanente, não limitada à formação doutrinal, mas<br />

abarcando a vida cristã como um todo.<br />

O processo <strong>de</strong> iniciação cristã, que leva ao encontro pessoal<br />

com Jesus Cristo, se expressa: na oração pessoal, na freqüência<br />

à liturgia, na vida comunitária e no compromisso apostólico,<br />

mediante o serviço aos <strong>de</strong>mais. As diversas manifestações <strong>de</strong><br />

pieda<strong>de</strong> popular são também lugar <strong>de</strong> iniciação cristã, que precisam<br />

ser valorizadas e, on<strong>de</strong> necessário, purificadas.


No contexto em que vivemos, marcado pelo pluralismo<br />

e pelo subjetivismo, <strong>de</strong>senca<strong>de</strong>ar o processo <strong>de</strong> iniciação à vida<br />

Cristã implica gran<strong>de</strong> atenção às pessoas, com atendimento<br />

personalizado. Trata-se <strong>de</strong> estabelecer um diálogo interpessoal, <strong>de</strong><br />

reflexão sobre a experiência <strong>de</strong> vida, abrindo-a a seu verda<strong>de</strong>iro<br />

sentido.<br />

No processo <strong>de</strong> iniciação à vida cristã, <strong>de</strong>ve-se ter<br />

consciência que, mesmo em se tratando da Boa Nova, não se<br />

po<strong>de</strong> impô-la. A pedagogia evangélica consiste na persuasão do<br />

interlocutor pelo testemunho <strong>de</strong> vida e por uma argumentação<br />

sincera e rigorosa, que estimula a busca da verda<strong>de</strong>. Faz-se<br />

necessário também, dar gran<strong>de</strong> valor a relação interpessoal,<br />

no seio <strong>de</strong> uma comunida<strong>de</strong> eclesial. As pessoas não buscam<br />

em primeiro lugar as doutrinas, mas o encontro pessoal,<br />

o relacionamento solidário e fraterno, a acolhida, vivência<br />

implícita do próprio Evangelho. Vale lembrar que, o lugar da<br />

iniciação cristã é a comunida<strong>de</strong> eclesial.<br />

A formação dos discípulos missionários precisa articular<br />

fé e vida e integrar cinco aspectos fundamentais: o encontro com<br />

Jesus Cristo; a conversão; o discipulado; a comunhão e a missão.<br />

Tal formação não se reduz a cursos, pois integra a vivência<br />

comunitária, a participação nas celebrações e encontros, a<br />

interação com os meios <strong>de</strong> comunicação, a inserção nas diferentes<br />

ativida<strong>de</strong>s pastorais e espaços <strong>de</strong> capacitação, movimentos e<br />

associações. A formação dos leigos e leigas precisa ser uma das<br />

priorida<strong>de</strong>s da Igreja Particular, dado que é um direito e <strong>de</strong>ver<br />

para todos.<br />

Propostas do Regional Sul II<br />

1. Adaptar a catequese com crianças e adolescentes ao<br />

processo <strong>de</strong> iniciação cristã, fazendo com que a inspiração<br />

iniciática e catecumenal seja mais forte que a sacramentalista;


2. Incentivar a comunida<strong>de</strong> para que seja o espaço da<br />

iniciação cristã, envolvendo a fé e integrando o encontro<br />

com Jesus Cristo, a conversão, o discipulado, a comunhão e<br />

a missão;<br />

3. Investir na formação <strong>de</strong> li<strong>de</strong>ranças, principalmente os<br />

introdutores no anúncio da doutrina cristã e na formação<br />

continuada;<br />

4. Favorecer o encontro pessoal com Jesus Cristo, atingindo<br />

a todos, crianças, adolescente, jovens e adultos.<br />

5. Desenvolver um itinerário <strong>de</strong> catequese permanente,<br />

envolvendo as diversas linhas <strong>de</strong> pastoral, a partir do<br />

kerigma.<br />

3ª Urgência: Igreja, lugar <strong>de</strong> animação bíblica da vida e da pastoral<br />

Diafnóstico<br />

36. Deus se dá a conhecer no diálogo que estabelece conosco.<br />

O contato profundo e vivencial com as Escrituras é condição<br />

indispensável para encontrar a pessoa e a mensagem <strong>de</strong> Jesus<br />

Cristo e a<strong>de</strong>rir ao Reino <strong>de</strong> Deus.<br />

É, pois, no contato eclesial com a Palavra <strong>de</strong> Deus que o<br />

discípulo missionário, permanecendo fiel, vai encontrar forças<br />

para atravessar um período histórico <strong>de</strong> pluralismo e gran<strong>de</strong>s<br />

incertezas. Não há, pois, discípulo missionário sem efetivo contato<br />

com a Palavra <strong>de</strong> Deus, um contato que atinge toda a vida e que é<br />

transmitido aos irmãos e irmãs. Esse encontro gera solidarieda<strong>de</strong>,<br />

justiça, reconciliação, paz e <strong>de</strong>fesa <strong>de</strong> toda a criação. Dirige-se a<br />

crianças, jovens, adultos, idosos, migrantes, doentes, pobre e<br />

pecadores.


Ao se curvar diante da Palavra, o discípulo missionário<br />

sabe que não o faz isoladamente. Ele acolhe o dom da Palavra na<br />

comunhão com esta mesma Palavra e com todos que também a<br />

acolhem. Acolhe o dom da Palavra na Igreja e com toda a Igreja.<br />

Assim, a Palavra é saboreada na alterida<strong>de</strong>, na gratuida<strong>de</strong> e<br />

também na eclesialida<strong>de</strong>.<br />

São vários os métodos <strong>de</strong> leitura da Bíblia. A Conferência<br />

<strong>de</strong> Aparecida <strong>de</strong>stacou a Leitura Orante como caminho para o<br />

encontro com a Palavra <strong>de</strong> Deus. Nela, o discípulo missionário<br />

acolhe a Palavra como dom, mergulha na riqueza do texto sagrado<br />

e, sob o impulso do Espírito, assimila esta Palavra na vida e na<br />

missão.<br />

Po<strong>de</strong>mos dizer que a animação bíblica <strong>de</strong> toda a pastoral<br />

vai além <strong>de</strong> uma pastoral bíblica especializada, que nos conduzir<br />

a uma iluminação bíblica <strong>de</strong> toda a vida, porque é um caminho<br />

<strong>de</strong> conhecimento e interpretação da Palavra, um caminho <strong>de</strong><br />

comunhão e oração com a Palavra e um caminho <strong>de</strong> evangelização<br />

e proclamação da Palavra.<br />

A Igreja, como casa da Palavra <strong>de</strong>ve, antes <strong>de</strong> tudo, privilegiar<br />

a Liturgia, pois esta é o âmbito privilegiado on<strong>de</strong> Deus fala à<br />

comunida<strong>de</strong>. Nela Deus fala e o povo escuta e respon<strong>de</strong>. Cada ação<br />

litúrgica está, por sua natureza, impregnada da Escritura Sagrada.<br />

Perspectivas <strong>de</strong> ação<br />

37. A vida cristã e todos os serviços eclesiais precisam estar<br />

fundamentados na Palavra <strong>de</strong> Deus e serem por ela iluminados.<br />

Para isso, estimulem-se as iniciativas que permitam colocar a Bíblia<br />

nas mãos <strong>de</strong> todos, especialmente dos mais pobres. No entanto,<br />

não basta possuir. É necessário que a pessoa seja ajudada a ler<br />

corretamente a Escritura. Para tanto, sejam criadas ou fortalecidas<br />

equipes <strong>de</strong> animação bíblica da pastoral, com a específica missão <strong>de</strong><br />

propiciar meios <strong>de</strong> aproximação <strong>de</strong> cada pessoa à Palavra <strong>de</strong> Deus.


Tais equipes precisam proporcionar retiros, cursos, encontros,<br />

subsídios para a leitura individual, familiar e em pequenos grupos<br />

da Palavra <strong>de</strong> Deus.<br />

Dentre as diferentes formas <strong>de</strong> animação bíblica da pastoral,<br />

sobressaem, em particular, aquelas que reúnem grupos <strong>de</strong> famílias,<br />

círculos bíblicos e pequenas comunida<strong>de</strong>s em torno à meditação e<br />

vivência da Palavra, em estreita relação com seu contexto social.<br />

Merece <strong>de</strong>staque e importância a contribuição <strong>de</strong> cursos e<br />

escolas bíblicas, voltados, sobretudo, a leigos e leigas.<br />

É importante favorecer o conhecimento da Palavra <strong>de</strong> Deus<br />

“entre os agentes culturais, mesmo nos ambientes secularizados<br />

e entre os não crentes” (VD, n. 110), assim como nas escolas e<br />

universida<strong>de</strong>s, sobretudo através da educação religiosa.<br />

Importa saber utilizar o espaço “dos novos meios <strong>de</strong><br />

comunicação social, especialmente a internet com inúmeras<br />

re<strong>de</strong>s sociais, que constituem um novo fórum on<strong>de</strong> fazer ressoar<br />

o Evangelho”, ainda com o cuidado para que o mundo virtual<br />

jamais substitua o mundo real, pois “o encontro pessoal permanece<br />

insubstituível” (VD, n. 113).<br />

Seja incentivada e reforçada a prática da Leitura Orante da<br />

Bíblia, conforme orientações da Igreja.<br />

Investir, com afinco, na animação bíblica da pastoral e em<br />

agentes e equipes leva à instituição e à formação continuada dos<br />

ministros e ministras da Palavra. Implica a “necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> cuidar,<br />

com uma a<strong>de</strong>quada formação, do exercício do múnus <strong>de</strong> leitor na<br />

celebração litúrgica (VD, n.58).<br />

Especial atenção merece a homilia, que precisa atualizar<br />

a mensagem da Bíblia <strong>de</strong> tal modo que os fiéis sejam levados a<br />

<strong>de</strong>scobrir a presença e a eficácia da Palavra <strong>de</strong> Deus, no momento<br />

atual <strong>de</strong> sua vida


Propostas do Regional Sul II<br />

1. Possibilitar o acesso à Bíblia a todos com a <strong>de</strong>vida formação<br />

bíblica, levando a uma maior familiarida<strong>de</strong> com a Palavra <strong>de</strong><br />

Deus em nível pessoal e comunitário;<br />

2. Capacitar leigos e leigas para exercer o ministério da<br />

Palavra, para que as comunida<strong>de</strong>s sejam alimentadas e<br />

formadas pela Palavra <strong>de</strong> Deus;<br />

3. Privilegiar o método da Leitura Orante com seus 4 (quatro)<br />

passos: leitura, meditação, oração e contemplação;<br />

4. Incrementar a animação bíblica em todas as pastorais,<br />

movimentos e serviços;<br />

5. Melhorar a qualida<strong>de</strong> das homilias nas celebrações<br />

eucarísticas.<br />

4ª Urgência: Igreja, comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

Diagnóstico<br />

38. O discípulo missionário <strong>de</strong> Jesus Cristo faz parte do Povo<br />

<strong>de</strong> Deus (cf. 1Pd 2,9-10; LG, n. 9) e necessariamente vive sua fé em<br />

comunida<strong>de</strong>. “A dimensão comunitária é intrínseca ao mistério e à<br />

realida<strong>de</strong> da Igreja, que <strong>de</strong>ve refletir a Santíssima Trinda<strong>de</strong>” (DAp,<br />

n. 304). Sem vida em comunida<strong>de</strong>, não há como efetivamente viver a<br />

proposta cristã, isto é, o Reino <strong>de</strong> Deus. A comunida<strong>de</strong> acolhe, forma<br />

e transforma, envia em missão, restaura, celebra, adverte e sustenta.<br />

Concretamente, para a maioria dos nossos fiéis, a relação<br />

com a Igreja se restringe aos chamados serviços paroquiais. É aí<br />

que a maioria das pessoas, atualmente, se relaciona com a Igreja.<br />

Por isso, as paróquias têm um papel fundamental na evangelização<br />

e precisam tornar-se sempre mais comunida<strong>de</strong>s vivas e dinâmicas<br />

<strong>de</strong> discípulos missionários <strong>de</strong> Jesus.


A setorização da paróquia po<strong>de</strong> favorecer o nascimento <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s, pois valoriza os vínculos humanos e sociais. Assim,<br />

a Igreja se faz presente nas diversas realida<strong>de</strong>s, vai ao encontro<br />

dos afastados, promove novas li<strong>de</strong>ranças e a iniciação à vida cristã<br />

acontece no ambiente em que as pessoas vivem.<br />

Num mundo plural, não se po<strong>de</strong> querer um único modo <strong>de</strong> ser<br />

comunida<strong>de</strong>. O Espírito sopra on<strong>de</strong> quer e nenhuma concretização<br />

comunitária possui o monopólio da ação <strong>de</strong>ste mesmo Espírito.<br />

Nenhuma <strong>de</strong>ve chamar para si a primazia sobre as <strong>de</strong>mais, pois<br />

todos os membros do corpo possuem igual valor (cf. 1Cor 12,12ss).<br />

A comunida<strong>de</strong> eclesial <strong>de</strong>ve abrir-se para acolher dinamicamente<br />

os vários carismas, serviços e ministérios. De cada uma <strong>de</strong>ssas<br />

comunida<strong>de</strong>s, exige-se que sejam alicerçadas na Palavra <strong>de</strong> Deus,<br />

celebrem e vivam os sacramentos, manifestem seu compromisso<br />

evangelizador e missionário, principalmente com os afastados,<br />

sejam solidárias com os mais pobres.<br />

Importa reconhecer que o investimento nestas pequenas<br />

comunida<strong>de</strong>s traz consigo o <strong>de</strong>safio <strong>de</strong> se pensar naqueles que<br />

as vão pastorear, bem como na diversificação dos ministérios<br />

confiados aos leigos. A pastoral vocacional se torna prioritária<br />

neste novo momento da história da evangelização.<br />

Perspectivas <strong>de</strong> ação<br />

39. No interior da comunida<strong>de</strong> eclesial, o diálogo é o caminho<br />

para uma boa convivência e o aprofundamento da comunhão.<br />

Neste sentido, gran<strong>de</strong> é o <strong>de</strong>safio da educação para a vivência da<br />

unida<strong>de</strong> na diversida<strong>de</strong>, fundada no princípio <strong>de</strong> que todos são<br />

irmãos e iguais em dignida<strong>de</strong> (cf. Gl 3,28).<br />

A paróquia tem importante papel na vivência da fé, por isso,<br />

é urgente que se torne, cada vez mais, comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

vivas e dinâmicas. As paróquias, <strong>de</strong> modo geral, precisam <strong>de</strong><br />

renovação e “reformulação <strong>de</strong> suas estruturas, para que sejam re<strong>de</strong>


<strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s e grupos”, capazes <strong>de</strong> propiciar a seus membros<br />

uma real experiência “<strong>de</strong> discípulos e missionários <strong>de</strong> Jesus Cristo,<br />

em comunhão” (DAp, nn. 172-173).<br />

Entre as formas <strong>de</strong> renovação da paróquia está a urgência<br />

<strong>de</strong> sua “setorização em unida<strong>de</strong>s territoriais menores, com equipes<br />

próprias <strong>de</strong> animação e <strong>de</strong> coor<strong>de</strong>nação que permitam maior<br />

proximida<strong>de</strong> com as pessoas e grupos que vivem na região” (DAp,<br />

n. 372).<br />

Fruto <strong>de</strong> longa experiência em muitas regiões do Brasil,<br />

<strong>de</strong>stacam-se as CEBs (Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base), forma<br />

privilegiada <strong>de</strong> vivência comunitária da fé, inseridas no seio da<br />

socieda<strong>de</strong> em perspectiva profética.<br />

“Junto com as CEBs, existem outras formas válidas <strong>de</strong><br />

pequenas comunida<strong>de</strong>s, e inclusive re<strong>de</strong>s <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s, <strong>de</strong><br />

movimentos, <strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> vida, <strong>de</strong> oração e <strong>de</strong> reflexão da Palavra<br />

<strong>de</strong> Deus” (DAp, n. 180).<br />

Para que a nossa seja <strong>de</strong> fato uma Igreja comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

comunida<strong>de</strong>s, faz-se necessário promover: a) a diversida<strong>de</strong><br />

ministerial, na qual todos, trabalhando em comunhão, manifestam<br />

a única Igreja <strong>de</strong> Cristo; b) o carisma da vida consagrada, em suas<br />

dimensões apostólica e contemplativa, presente em fronteiras<br />

missionárias; c) a formação e o funcionamento <strong>de</strong> comissões,<br />

assembleias pastorais e conselhos, tanto em âmbito pastoral<br />

como em âmbito econômico-administrativo; d) a articulação<br />

das ações evangelizadoras, através da pastoral orgânica e<br />

<strong>de</strong> conjunto, para evitar o contra-testemunho da divisão e a<br />

competição entre grupos.<br />

A efetivação <strong>de</strong> uma Igreja comunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s<br />

com espírito missionário, manifesta-se também na bela experiência<br />

das paróquias-irmãs. Faz-se necessário estimular, sempre mais,<br />

com oportunas iniciativas, a partilha e a comunhão dos recursos<br />

da Igreja do Brasil.


Propostas do Regional Sul II<br />

1. Assumir com urgência a setorização das paróquias;<br />

2. Estimular e fortalecer os conselhos das paróquias e<br />

comunida<strong>de</strong>s, como um meio <strong>de</strong> articulação da ação<br />

evangelizadora e <strong>de</strong>scentralização burocrática;<br />

3. Estimular o protagonismo dos leigos através da sua<br />

participação também no planejamento, nas <strong>de</strong>cisões e na<br />

avaliação, e não somente na execução;<br />

4. Fortalecer a Pastoral Familiar como meio <strong>de</strong> ajudar a família a<br />

se tornar a primeira e fundamental experiência <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>;<br />

5. Inspirar as comunida<strong>de</strong>s no mo<strong>de</strong>lo das CEBs<br />

(Comunida<strong>de</strong>s Eclesiais <strong>de</strong> Base), uma vez que, além <strong>de</strong><br />

todos os elementos eclesiais, levam ao compromisso social<br />

em nome do Evangelho, e são expressão visível da opção<br />

preferencial pelos pobres.<br />

5ª Urgência: Igreja a serviço da vida plena para todos<br />

Diagnóstico<br />

40. “O Evangelho da vida está no centro da mensagem <strong>de</strong><br />

Jesus. Amorosamente acolhido cada dia pela Igreja, há <strong>de</strong> ser fiel e<br />

corajosamente anunciado como Boa-Nova aos homens <strong>de</strong> todos os<br />

tempos e culturas” (EV, n.1).<br />

A Igreja no Brasil sabe que “nossos povos não querem<br />

andar pelas sombras da morte. Têm se<strong>de</strong> <strong>de</strong> vida e felicida<strong>de</strong><br />

em Cristo” (DAp, n. 350). Por isso, proclama com vigor que “as<br />

condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong> muitos abandonados, excluídos e ignorados<br />

em sua miséria e dor, contradizem os projeto do Pai e <strong>de</strong>safiam os<br />

discípulos missionários a maior compromisso a favor da cultura da<br />

vida” (DAp, n. 358).


Num tempo que ten<strong>de</strong> a privilegiar o indivíduo, a ganância<br />

e o culto ao corpo em <strong>de</strong>trimento do bem comum, o discípulo<br />

missionário sabe que Jesus Cristo veio dar a vida em resgate <strong>de</strong><br />

todos, voltando-se <strong>de</strong> modo especial para a ovelha perdida,<br />

<strong>de</strong>sgarrada, fragilizada. O discípulo missionário não se cala diante<br />

da vida impedida <strong>de</strong> nascer seja por <strong>de</strong>cisão individual, seja pela<br />

legalização do aborto. Não se cala igualmente diante da vida sem<br />

alimentação, casa, terra, trabalho, educação, saú<strong>de</strong>, lazer, liberda<strong>de</strong>,<br />

esperança e fé. Não se cala diante das agressões sofridas pela vida<br />

no planeta, dilapidada, tanto ética quanto ecologicamente, pelo<br />

uso ganancioso e irresponsável.<br />

Os discípulos missionários reconhecem que os pobres e<br />

excluídos são sujeitos da evangelização e da promoção humana<br />

integral. Em tudo isso, a Igreja reconhece a importância da<br />

atuação no mundo da política e assim incentiva os leigos e leigas<br />

à participação ativa e efetiva nos diversos setores diretamente<br />

voltados para a construção <strong>de</strong> um mundo mais justo, fraterno e<br />

solidário.<br />

Perspectivas <strong>de</strong> ação<br />

41. Em meio a um mundo marcado por tantos sinais <strong>de</strong> morte<br />

e inúmeras formas <strong>de</strong> exclusão, “a Igreja, em todos os seus grupos,<br />

movimentos e associações, animados por uma Pastoral Social<br />

estruturada, orgânica e integral” (DAp, n. 401), tem a importante<br />

missão <strong>de</strong> <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r, cuidar e promover a vida, em todas as suas<br />

expressões.<br />

O serviço à vida começa pelo respeito à dignida<strong>de</strong> da pessoa<br />

humana, através <strong>de</strong> iniciativas como: a) <strong>de</strong>fen<strong>de</strong>r e promover a<br />

dignida<strong>de</strong> da vida humana em todas as etapas da existência, <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />

a fecundação até a morte natural; b) tratar o ser humano como<br />

fim e não como meio; c) tratar todo ser humano sem preconceito<br />

nem discriminação, acolhendo, perdoando, recuperando a vida e a<br />

liberda<strong>de</strong> <strong>de</strong> cada pessoa.


Um olhar especial merece a família. Tamanha é sua<br />

importância que precisa ser consi<strong>de</strong>rada “um dos eixos transversais<br />

<strong>de</strong> toda a ação evangelizadora” (DAp, nn. 118; 302) e, portanto,<br />

respaldada por uma pastoral familiar intensa, vigorosa e frutuosa.<br />

Crianças, adolescentes e jovens, que constituem parcela<br />

importante da população brasileira, precisam <strong>de</strong> maior atenção<br />

por parte <strong>de</strong> nossas comunida<strong>de</strong>s eclesiais. Além da pastoral da<br />

juventu<strong>de</strong> e em sintonia com ela, é urgente uma pastoral infanto-<br />

juvenil mais consistente e efetiva em nossas Igrejas.<br />

No serviço à vida, é necessário acompanhar as alegrias e<br />

preocupações dos trabalhadores e das trabalhadoras. Urge lutar<br />

contra o <strong>de</strong>semprego e o subemprego. Atenção especial merecem<br />

também os migrantes, forçados pela busca <strong>de</strong> trabalho e moradia.<br />

Cabe aos cristãos apoiar as iniciativas em prol da inclusão<br />

social e o reconhecimento dos direitos das populações indígena e<br />

africana.<br />

Importante campo <strong>de</strong> ação, hoje, é educar para a preservação<br />

da natureza e o cuidado com a ecologia humana, através <strong>de</strong> atitu<strong>de</strong>s<br />

que respeitem a biodiversida<strong>de</strong> e <strong>de</strong> ações que zelem pelo meio-<br />

ambiente.<br />

Incentive-se cada vez mais a participação social e política<br />

dos cristãos leigos e leigas nos diversos níveis e ações concretas.<br />

Incentive-se a participação, ativa e consciente, nos Conselhos <strong>de</strong><br />

Direitos.<br />

Como cidadãos cristãos, cabe nos empenharmos na busca<br />

<strong>de</strong> políticas públicas que ofereçam as condições necessárias ao<br />

bem-estar <strong>de</strong> pessoas, famílias e povos. Urge uma presença mais<br />

efetiva da Igreja em regiões suburbanas. Especial atenção precisa<br />

ser dada à pastoral carcerária, pois ela é mediação importante para<br />

a presença eficaz da Igreja junto à numerosa população reclusa em<br />

condições <strong>de</strong>sumanas.


Tarefa <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> importância é a formação <strong>de</strong> pensadores<br />

e pessoas que estejam em níveis <strong>de</strong> <strong>de</strong>cisão, evangelizando com<br />

especial atenção e empenho, os “novos areópagos” (DAp 491): o<br />

mundo universitário; o mundo da comunicação social; o mundo<br />

dos empresários, dos políticos, dos formadores <strong>de</strong> opinião no<br />

mundo do trabalho, dos dirigentes sindicais e comunitários. Cabe<br />

também incentivar a pastoral da cultura, viva e atuante, através<br />

<strong>de</strong> centros culturais católicos e <strong>de</strong> projetos que visem atingir os<br />

núcleos <strong>de</strong> criação e difusão cultural.<br />

O empenho da Igreja pela promoção humana e pela justiça<br />

social exige amplo e <strong>de</strong>cidido esforço para educar a comunida<strong>de</strong><br />

eclesial como um todo no conhecimento e na aplicação da Doutrina<br />

Social da Igreja, como <strong>de</strong>corrência imprescindível da própria fé<br />

cristã.<br />

Propostas do Regional Sul II<br />

1. Defen<strong>de</strong>r e promover a dignida<strong>de</strong> da vida humana,<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a fecundação até a morte natural. Ênfases: meio<br />

ambiente, <strong>de</strong>pen<strong>de</strong>ntes, vítimas da violência, prostituição e<br />

marginalização;<br />

2. Fortalecer na paróquia e comunida<strong>de</strong>s as pastorais sociais<br />

ativida<strong>de</strong>s ligadas à Caritas;<br />

3. Incentivar a participação social e política dos cristãos<br />

leigos e leigas nos diversos níveis, instituições, conselhos<br />

municipais e estaduais;<br />

4. Estimular li<strong>de</strong>ranças das comunida<strong>de</strong>s para que conheçam<br />

a Doutrina Social da Igreja;<br />

5. Ter uma pastoral social estruturada, orgânica e integral,<br />

tanto em nível diocesano quanto paroquial, dotada <strong>de</strong><br />

recursos humanos e materiais suficientes.


CAPÍTULO IV<br />

PRIORIDADES DA AÇÃO EVANGELIZADORA NA DIOCESE<br />

DE APUCARANA: MISSÃO, JUVENTUDE E FAMÍLIA<br />

42. Ao longo do primeiro semestre <strong>de</strong> 2012, nas reuniões<br />

do Conselho Diocesano da Ação Evangelizadora, chegou-se à<br />

conclusão acerca da necessida<strong>de</strong> <strong>de</strong> propor a toda a <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong><br />

<strong>Apucarana</strong> algumas priorida<strong>de</strong>s na ação evangelizadora. São elas:<br />

a Missão, a Juventu<strong>de</strong> e a Família. Tais priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem ser<br />

trabalhadas por todos – presbíteros, diáconos, religiosos(as), leigos<br />

e leigas, pastorais, serviços, movimentos e associações, presentes<br />

em nossa Igreja Particular – ao longo dos próximos três anos. De<br />

modo algum estas priorida<strong>de</strong>s <strong>de</strong>vem abafar as urgências na ação<br />

evangelizadora propostas pelas DGAE 2011-2015, pelo contrário,<br />

preten<strong>de</strong>m ser uma forma criativa <strong>de</strong> respon<strong>de</strong>r às urgências.<br />

MISSÃO<br />

43. “A Conferência <strong>de</strong> Aparecida nos convocou a ser uma<br />

Igreja toda missionária e em estado permanente <strong>de</strong> missão: “Ai<br />

<strong>de</strong> mim se não evangelizar!” (1Cor 9,16). A Igreja nasce da missão<br />

e existe para a missão. Existe para os outros e precisa ir a todos.<br />

No processo <strong>de</strong> evangelização, o testemunho é condição para<br />

o anúncio. A própria comunida<strong>de</strong> cristã precisa ser ela mesma<br />

anúncio, pois o mensageiro é também Mensagem. Os mensageiros<br />

<strong>de</strong> Jesus Cristo são, antes <strong>de</strong> tudo, testemunhas daquilo que<br />

viram, encontraram e experimentaram. Este fato implica irradiar<br />

a presença <strong>de</strong> Deus, <strong>de</strong> Jesus Cristo, Deus-Conosco, e, na força do<br />

Espírito Santo, proclamar com a palavra e com a vida que Cristo<br />

está vivo entre nós. Vendo a comunida<strong>de</strong> cristã reunida no amor<br />

e em oração, as pessoas <strong>de</strong> hoje exclamarão, como o visitante <strong>de</strong><br />

quem fala Paulo aos Coríntios: ‘Verda<strong>de</strong>iramente, Deus está entre<br />

vós!’ (1Cor 14,25).” (DGAE 2011-2015, n. 76)


Nosso primeiro objetivo é “missionarizar”, na medida do<br />

possível, todas as ativida<strong>de</strong>s eclesiais realizadas em nossa diocese.<br />

Despertar nos cristãos católicos o ardor missionário é uma tarefa<br />

primordial em nossa ação evangelizadora. Para tanto, e tendo em<br />

vista o Jubileu <strong>de</strong> Ouro <strong>de</strong> nossa <strong>Diocese</strong>, preten<strong>de</strong>mos realizar as<br />

Santas Missões Populares no ano <strong>de</strong> 2015. São elas uma oportunida<strong>de</strong><br />

muito boa para formar, entusiasmar e enviar os fiéis para a missão.<br />

São também nosso jeito <strong>de</strong> celebrar a vida e os trabalhos <strong>de</strong> tantos<br />

que ajudaram a construir nossa Igreja Particular. Para que a<br />

celebração das Missões Populares seja frutuosa, preten<strong>de</strong>mos:<br />

Em 2012:<br />

1º. Passo<br />

Criar o COMIDI – Conselho Missionário Diocesano. O<br />

COMIDI, formado por presbíteros, religiosos(as), diáconos, leigos<br />

e leigas, é chamado a organizar o trabalho missionário na <strong>Diocese</strong>.<br />

Sob a direção do Senhor Bispo e <strong>de</strong> um padre assessor, esse grupo<br />

<strong>de</strong> cristãos apaixonados pela missão, tem a responsabilida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

incentivar iniciativas missionárias na Igreja Particular, através<br />

<strong>de</strong> encontros, momentos <strong>de</strong> formação, preparação <strong>de</strong> material,<br />

organização <strong>de</strong> calendários etc.<br />

Em 2013:<br />

2º. Passo<br />

Criar e formar os COMIPA’s – Conselho Missionário Paroquial<br />

O Conselho Missionário Paroquial (COMIPA) é um<br />

organismo eclesial paroquial, em comunhão com o COMIDI<br />

(Conselho Missionário Diocesano), formado por representantes<br />

das pastorais e movimentos da paróquia.<br />

O COMIPA tem como finalida<strong>de</strong>s e atribuições:<br />

1. Animar missionariamente as pastorais;


2. Planejar e avaliar a ação e animação missionária da<br />

paróquia conforme suas características e programações;<br />

3. Inserir a dimensão Missionária e Universal na vida e na<br />

ação Evangelizadora e pastoral da paróquia, a fim <strong>de</strong> que<br />

se torne <strong>de</strong>cididamente Missionária;<br />

4. Promover e incentivar agentes <strong>de</strong> formação Missionária<br />

dos Agentes <strong>de</strong> Pastoral,<br />

5. Incentivar e estimular a Paróquia na criação e Formação<br />

da Infância Missionária e Juventu<strong>de</strong> Missionária;<br />

6. Promover dias <strong>de</strong> formação e animação missionária para<br />

a comunida<strong>de</strong>.<br />

3º. Passo<br />

Preparar o material para formação dos missionários.<br />

Sob a direção do COMIDI, a <strong>Diocese</strong> preparará e oferecerá<br />

aos missionários um material para sua formação humana e cristã.<br />

Esse material po<strong>de</strong>rá ter como base a Bíblia e o Catecismo (proposta<br />

do Ano da Fé) e servirá como “formação permanente” para nossos<br />

Diáconos e leigos (iniciação à vida cristã). Nessa etapa do trabalho<br />

missionário, <strong>de</strong> certo modo, respon<strong>de</strong>mos a três urgências da ação<br />

evangelizadora: Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão; Igreja,<br />

casa da iniciação à vida cristã e Igreja, lugar da animação bíblica da<br />

vida e da pastoral.<br />

Em 2014:<br />

4º. Passo<br />

Convocar os missionários “paroquiais” e formá-los.<br />

Sob a direção do COMIDI e dos COMIPA’S, os missionários<br />

serão preparados para as Santas Missões Populares nas paróquias<br />

e, possivelmente, nos <strong>de</strong>canatos.


Em 2015<br />

5º. Passo<br />

Realizar as Santas Missões Populares<br />

Através <strong>de</strong> visitas às famílias, <strong>de</strong> encontros celebrativos e<br />

outras ativida<strong>de</strong>s, nossas paróquias serão convidadas a trabalhar<br />

a missão com empenho e disponibilida<strong>de</strong>. Os párocos, juntamente<br />

com os Conselhos Paroquiais, po<strong>de</strong>rão priorizar <strong>de</strong>terminadas<br />

áreas do território da Paróquia ou <strong>de</strong>terminados grupos, juntos<br />

aos quais serão realizadas as ativida<strong>de</strong>s das Santas Missões. Esse<br />

é, por excelência, o espaço da criativida<strong>de</strong> dos padres, diáconos<br />

e leigos. Cada Paróquia terá liberda<strong>de</strong> para fazer as os trabalhos<br />

missionários do modo como achar melhor. Não será permitido<br />

ficar <strong>de</strong> braços cruzados. Isso não. Deus nos livre do comodismo e<br />

da preguiça.<br />

Na Solenida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Cristo Rei do Universo <strong>de</strong> 2015<br />

celebraremos o “Jubileu” Diocesano dos Missionários e<br />

Missionárias. Nessa festa, apresentaremos ao Senhor os frutos<br />

<strong>de</strong> nosso trabalho, bem como nossa alegria e disposição em<br />

servi-lo na <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>.<br />

Que metas preten<strong>de</strong>mos no horizonte da missão:<br />

Ao findar <strong>de</strong>ste Plano Diocesano, gostaríamos <strong>de</strong> apresentar<br />

ao Senhor como frutos da priorida<strong>de</strong> “missão:<br />

a. O COMIDI – como organismo permanente <strong>de</strong> articulação<br />

e promoção <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s missionárias a nível diocesano;<br />

b. Os COMIPA’s – como organismos paroquiais responsáveis<br />

por “missionarizar” as ativida<strong>de</strong>s das paróquias;<br />

c. A articulação, em nível diocesano, da Infância Missionária;<br />

d. Uma Igreja em estado permanente <strong>de</strong> missão.


JUVENTUDE<br />

44. “Atenção especial merecem os nossos jovens. A beleza<br />

da juventu<strong>de</strong> e os inúmeros <strong>de</strong>safios para a plenitu<strong>de</strong> <strong>de</strong> sua vida<br />

exigem urgentes iniciativas pastorais nas diversas instâncias <strong>de</strong><br />

nossa ação evangelizadora. O Documento 85 da CNBB motiva e<br />

norteia nossos projetos em vista disso. A crescente participação<br />

do Brasil nas JMJ nos convida, também, à organização <strong>de</strong> um<br />

caminho que garanta o crescimento da animação dos jovens em<br />

vista <strong>de</strong> sua i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> <strong>de</strong> discípulos missionários <strong>de</strong> Jesus Cristo.<br />

O combate à apologia e ao uso <strong>de</strong> drogas, a todo tipo <strong>de</strong> violência e<br />

extermínio <strong>de</strong> jovens, uma atraente proposta vocacional e a oferta<br />

<strong>de</strong> um itinerário para a organização <strong>de</strong> seu projeto pessoal <strong>de</strong> vida<br />

contribuirão com a vida plena <strong>de</strong>sta parcela tão significativa <strong>de</strong><br />

nossa Igreja e socieda<strong>de</strong>.” (DGAE 2011-2015, n. 81)<br />

É-nos dada uma oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> ouro para fortalecer a<br />

evangelização da juventu<strong>de</strong> em nossa <strong>Diocese</strong>. Há pouco tempo<br />

a CNBB lançava o Documento 85, sobre este tema. Em 2013,<br />

a juventu<strong>de</strong> será tema da Campanha da Fraternida<strong>de</strong> e, pela<br />

primeira vez a Jornada Mundial <strong>de</strong> Juventu<strong>de</strong> (JMJ) acontecerá no<br />

Brasil, na cida<strong>de</strong> do Rio <strong>de</strong> Janeiro. Esses acontecimentos chamam<br />

nossa atenção para a juventu<strong>de</strong> e nos estimulam a promover mais<br />

eficazmente sua evangelização. Para que isso ocorra, é necessário<br />

valorizar o trabalho já realizado pela Pastoral da Juventu<strong>de</strong>, pelos<br />

movimentos <strong>de</strong> espiritualida<strong>de</strong> e por aqueles organismos eclesiais<br />

que trabalham com jovens. Nossas Paróquias precisam criar<br />

espaços para que os jovens se reúnam, rezem, sejam evangelizados<br />

e evangelizem.<br />

Em nível diocesano preten<strong>de</strong>mos:<br />

Em 2012:<br />

1º. Passo<br />

Formar o “Setor Juventu<strong>de</strong>” Diocesano


Leigos oriundos das Pastorais, Movimentos e Associações<br />

voltados para a juventu<strong>de</strong>: Pastoral da Juventu<strong>de</strong>, Pastoral do<br />

Adolescente, Catequese, Cursilho, Renovação Carismática,<br />

Marianos, Movimento Eucarístico Jovem, Juventu<strong>de</strong> Palotina etc.<br />

2º. Passo<br />

Elaborar o calendário <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s e preparar alguns<br />

eventos diocesanos: Bote fé na vida (22/07), DNJ 2012 e recepção<br />

da Cruz da JMJ e do Ícone <strong>de</strong> Nossa Senhora.<br />

Em 2013:<br />

3º. Passo<br />

Recepcionar a Cruz da JMJ e o Ícone <strong>de</strong> Nossa Senhora, no<br />

dia 12/02 – Carnaval<br />

4º. Passo<br />

Realizar a Campanha da Fraternida<strong>de</strong> 2013, que terá como<br />

tema a Juventu<strong>de</strong>.<br />

5º. Passo<br />

Celebrar a Semana Missionária, <strong>de</strong> 15 a 20 <strong>de</strong> julho (semana<br />

que antece<strong>de</strong> a JMJ Rio 2013), com a presença <strong>de</strong> jovens <strong>de</strong> outros<br />

países.<br />

6º. Passo<br />

Celebração da JMJ Rio 2013, <strong>de</strong> 23 a 28 <strong>de</strong> julho<br />

7º. Passo<br />

Pós-JMJ: Que trabalhos po<strong>de</strong>mos realizar com nossos jovens?


a. Criação dos “Grupos <strong>de</strong> Vida”:<br />

Na tentativa <strong>de</strong> favorecer a evangelização da juventu<strong>de</strong> e<br />

respon<strong>de</strong>r à urgência da animação bíblica da vida e da pastoral,<br />

preten<strong>de</strong>mos formar, em 10 paróquias-piloto, grupos <strong>de</strong> vida com<br />

jovens. Esses grupos seriam pequenos, uma espécie <strong>de</strong> grupo <strong>de</strong><br />

amigos, não mais que 10 jovens, que se reuniriam (mensalmente?) para<br />

realizar a Lectio Divina, conforme material oferecido pela <strong>Diocese</strong>.<br />

Para isso, seria necessário:<br />

a) Escolher 10 paróquias que “topem” o <strong>de</strong>safio;<br />

b) Formar uma equipe que auxilie os grupos, sobretudo<br />

quanto ao método da Lectio Divina;<br />

c) Desenvolver o material que será utilizado (Equipe redacional);<br />

d) Acompanhar os grupos, pelo menos ao longo <strong>de</strong> 1 ano.<br />

b. Articulação <strong>de</strong> um trabalho diocesano <strong>de</strong> Pastoral<br />

Universitária<br />

FAMÍLIA<br />

45. “Um olhar especial merece a família, patrimônio da<br />

humanida<strong>de</strong>, lugar e escola <strong>de</strong> comunhão, primeiro local para<br />

a iniciação à vida cristã das crianças, no seio da qual, os pais<br />

são os primeiros catequistas. Tamanha é sua importância que<br />

precisa ser consi<strong>de</strong>rada ‘um dos eixos transversais <strong>de</strong> toda a<br />

ação evangelizadora’ (DAp, n. 435) e, portanto, respaldada por<br />

uma pastoral familiar intensa, vigorosa e frutuosa. A pastoral<br />

familiar po<strong>de</strong>rá contribuir para que a família seja, <strong>de</strong> fato, lugar <strong>de</strong><br />

realização humana, <strong>de</strong> santificação na experiência <strong>de</strong> paternida<strong>de</strong>,<br />

maternida<strong>de</strong> e filiação e <strong>de</strong> educação contínua e permanente da<br />

fé.” (DGAE, 2011-2015, n. 108).<br />

1º. Passo<br />

Formação do Setor Família – composto por representantes<br />

da Pastoral Familiar, Encontro <strong>de</strong> Casais com Cristo (ECC),<br />

Movimento Familiar Cristão (MFC), Equipes <strong>de</strong> Nossa Senhora,<br />

Gran<strong>de</strong> Família do Sagrado Coração (GFASC) etc.


2º. Passo<br />

Discussão sobre calendário e realização <strong>de</strong> ativida<strong>de</strong>s em<br />

conjunto.<br />

Semana Nacional da Família, encontros, retiros, momentos<br />

formativos, palestras, peregrinações etc.<br />

3º. Passo<br />

Valorização dos Grupos <strong>de</strong> Vivência, da Hora da Palavra,<br />

da Novena <strong>de</strong> Natal e da Campanha da Fraternida<strong>de</strong> (Via Sacra)<br />

como ativida<strong>de</strong>s das famílias, como respostas às urgências da<br />

iniciação à vida cristã, da animação bíblica da vida e da pastoral e<br />

da formação <strong>de</strong> comunida<strong>de</strong>s.<br />

4º. Passo<br />

Encontros personalizados: As paróquias nas quais a Pastoral<br />

Familiar trabalha com a preparação personalizada para noivos<br />

têm obtido resultados muito bons. Nesse processo <strong>de</strong> preparação<br />

para o matrimônio, ganham os noivos e ganham os agentes da<br />

Pastoral Familiar. A i<strong>de</strong>ia é levar esse mo<strong>de</strong>lo <strong>de</strong> encontro <strong>de</strong><br />

preparação para os sacramentos e a vida cristã para a Pastoral<br />

do Batismo (encontros personalizados para pais e padrinhos) e<br />

para catequizandos adultos (Iniciação Cristã <strong>de</strong> Adultos), além da<br />

preparação dos noivos, como é feito na maioria das paróquias da<br />

diocese.<br />

5º. Passo<br />

Elaboração <strong>de</strong> um material para a “catequese familiar”,<br />

como continuação dos encontros catequéticos realizados pelas<br />

paróquias. Os catequizandos <strong>de</strong>verão “estudar” junto com seus<br />

familiares, ao longo da semana, <strong>de</strong>terminados conteúdos da fé cristã<br />

apresentados anteriormente nos encontros da catequese (formação<br />

cristã para as famílias e compromisso dos pais/responsáveis com a<br />

catequese <strong>de</strong> seus filhos).


6º. Passo<br />

Realizar, em cerca <strong>de</strong> 10 paróquias-piloto, um trabalho<br />

missionário <strong>de</strong> evangelização das famílias dos catequizandos da<br />

1ª. etapa.<br />

Como seria? Casais da comunida<strong>de</strong> – da Pastoral Familiar,<br />

do ECC, do MFC, das Equipes <strong>de</strong> Nossa Senhora, do Cursilho,<br />

da RCC etc. – seriam preparados a<strong>de</strong>quadamente e, ao longo <strong>de</strong><br />

um ano, em encontros mensais, se reuniriam com os familiares<br />

dos catequizandos da 1ª. etapa. Nesses encontros (catequese<br />

personalizada <strong>de</strong> adultos?!), estudariam alguns textos oferecidos<br />

pela <strong>Diocese</strong>. Seria um momento <strong>de</strong> “missão em família”. Po<strong>de</strong>ria<br />

ajudar muito, o Projeto Santuário da Vida (<strong>de</strong> Londrina), que tem<br />

como objetivo trabalhar com os pais dos catequizandos.<br />

7º. Passo<br />

Rearticulação da Pastoral do Batismo em nível diocesano.<br />

8º. Passo<br />

Equipe missionária da Hora da Palavra.<br />

Com o auxílio <strong>de</strong> uma equipe, especialmente formada para<br />

isso, realizaremos, em cerca <strong>de</strong> 10 paróquias-piloto, um trabalho <strong>de</strong><br />

formação para a Lectio Divina, a partir <strong>de</strong> 2013.<br />

Público alvo: Diáconos, Ministros(as), catequistas, animadores<br />

<strong>de</strong> grupos <strong>de</strong> vivência, li<strong>de</strong>ranças em geral, que queiram conhecer<br />

e utilizar a leitura orante da Bíblia, sobretudo na oração pessoal, na<br />

oração em família, nos grupos <strong>de</strong> vivência e na Hora da Palavra.


CAPÍTULO V<br />

JUBILEU DE OURO DO CONCÍLIO VATICANO II E DA<br />

DIOCESE DE APUCARANA<br />

46. Quis a Divina Providência que a <strong>Diocese</strong> <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong><br />

fosse criada durante a realização do Concílio Vaticano II, por<br />

isso, ao celebrarmos o Jubileu <strong>de</strong> Ouro do Concílio, celebramos<br />

também o Jubileu <strong>de</strong> Ouro <strong>de</strong> nossa Igreja Particular (1965-2015).<br />

Consi<strong>de</strong>rando a intuição do Papa Bento XVI que convocou um<br />

Ano da Fé para comemorar o cinquentenário do Vaticano II,<br />

preten<strong>de</strong>mos, na <strong>Diocese</strong>, em clima <strong>de</strong> festa e <strong>de</strong> gratidão a Deus,<br />

envolver nossa preparação e celebração jubilar no espírito das três<br />

virtu<strong>de</strong>s teologais: fé, esperança e carida<strong>de</strong>. Em 2013, com a Igreja<br />

Universal, celebraremos o Ano da Fé; em 2014, a nível diocesano,<br />

o Ano da Esperança e em 2015, o Ano da Carida<strong>de</strong>. A seguir,<br />

elencamos algumas ativida<strong>de</strong>s que po<strong>de</strong>remos realizar tendo<br />

como pano <strong>de</strong> fundo os cinquenta anos do Concílio e da <strong>Diocese</strong><br />

<strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>.<br />

Três metas orientam nossas ativida<strong>de</strong>s e querem ser um hino<br />

<strong>de</strong> louvor e agra<strong>de</strong>cimento à Trinda<strong>de</strong> Santa pelo cinquentenário<br />

da Igreja Particular <strong>de</strong> <strong>Apucarana</strong>:<br />

1. Revestir nossas ativida<strong>de</strong>s eclesiais com um “novo ardor<br />

missionário”;<br />

2. Promover o estudo dos Documentos do Concílio Vaticano II;<br />

3. Articular e realizar o projeto paróquias-irmãs, como gesto <strong>de</strong><br />

amor e partilha entre as diversas paróquias que compõem<br />

nossa <strong>Diocese</strong>.


JUBILEU DE OURO<br />

DO CONCÍLIO VATICANO II<br />

2012<br />

OUTUBRO<br />

11-12: Celebração <strong>de</strong> Abertura do Ano da Fé<br />

2013 – Ano da Fé<br />

- Grupos <strong>de</strong> vivência:<br />

- Reflexões sobre a história do Concílio<br />

- Estudo da Sacrosanctum Concilium<br />

- Estudo da Lumen Gentium<br />

- Formação Litúrgica nos Decanatos (SC)<br />

- Formação Litúrgica para o clero<br />

- Encontro <strong>de</strong> Canto Pastoral<br />

2014 – Ano da Esperança<br />

- Grupos <strong>de</strong> vivência:<br />

- Estudo sobre a Lumen Gentium e Gaudium et Spes<br />

- Formação para missionários – Ad Gentes<br />

- Formação para catequistas <strong>de</strong> adultos - introdutores<br />

- Conferências para o clero e laicato<br />

2015 – Ano da Carida<strong>de</strong><br />

- Grupos <strong>de</strong> vivência:<br />

- Estudo sobre Gaudium et Spes e Dei Verbum<br />

- Missões Populares<br />

- Celebrações Jubilares da <strong>Diocese</strong><br />

- Conferências para o clero e laicato<br />

CELEBRAÇÃO DO JUBILEU DE OURO<br />

DA CRIAÇÃO E INSTALAÇÃO DA DIOCESE<br />

2012<br />

FEVEREIRO<br />

- Visitas Pastorais <strong>de</strong> Dom Celso;<br />

MAIO<br />

- Início da Peregrinação da imagem <strong>de</strong> Nossa Senhora <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s,<br />

Padroeira da <strong>Diocese</strong>;<br />

OUTUBRO-DEZEMBRO / 2012 – JANEIRO / 2013<br />

- Abertura do Ano da Fé (Cinquentenário do Vaticano II).<br />

- Preparação imediata para a chegada da Cruz da Jornada Mundial da<br />

Juventu<strong>de</strong> e do ícone <strong>de</strong> Nossa Senhora.


2013 – Ano da Fé<br />

FEVEREIRO<br />

- Visita da Cruz Missionária e do ícone <strong>de</strong> Nossa Senhora – JMJ.<br />

MARÇO<br />

- (06): Jubileu <strong>de</strong> Prata <strong>de</strong> Or<strong>de</strong>nação Presbiteral <strong>de</strong> Dom Celso Antônio;<br />

- Visitas Pastorais;<br />

- Peregrinação da Imagem da Padroeira.<br />

NOVEMBRO<br />

- (28): 49 anos da criação da <strong>Diocese</strong>: Abertura do Ano Jubilar (Santa<br />

Missa).<br />

2014 – Ano da Esperança<br />

- Visitas Pastorais;<br />

- Peregrinação da Imagem da Padroeira;<br />

- Formação dos missionários.<br />

NOVEMBRO<br />

- (28): 50 anos da criação da <strong>Diocese</strong>: Celebração Eucarística e inauguração<br />

do Museu Diocesano.<br />

2015 – Ano da Carida<strong>de</strong><br />

FEVEREIRO<br />

- (11): Nossa Senhora <strong>de</strong> Lour<strong>de</strong>s – Jubileu dos Enfermos.<br />

MARÇO<br />

- (28): Celebração dos 50 anos <strong>de</strong> instalação da <strong>Diocese</strong>. Santa Missa<br />

na Catedral. Lançamento do “livro” que conta um pouco da história<br />

da <strong>Diocese</strong>.<br />

De ABRIL a DEZEMBRO<br />

- Celebração dos diversos “jubileus”:<br />

- Clero<br />

- Ministros não or<strong>de</strong>nados;<br />

- RCC<br />

- Cursilho<br />

- Pastorais Sociais<br />

- Famílias<br />

- Juventu<strong>de</strong><br />

- Idosos<br />

- Catequistas<br />

- etc.


Textos usados na elaboração <strong>de</strong>ste<br />

Plano Diocesano<br />

BÍBLIA <strong>de</strong> Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2005.<br />

CELAM. Documento <strong>de</strong> Aparecida. Texto conclusivo da V<br />

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