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Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)

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começou a funcionar e a piscar luzes. Ergueu-se, ganhou aceleração e,<br />

ligeiro, afastou-se do planeta.<br />

Voltei à Terra, como queria, na mesma nave em que fui para<br />

Vigo e com a mesma pessoa! Desta vez, porém, a ansiedade que me<br />

agitava não era por medo do desconhecido, mas pela saudade<br />

antecipada do que eu deixava para trás. Felizmente, tinha certeza de<br />

poder <strong>rev</strong>ê-los.<br />

Voando à velocidade da luz, num instante, avistamos o Sol,<br />

resplendente e rubro como uma fogueira, em meio aos planetas,<br />

planetóides e satélites integrantes do seu sistema. Com facilidade,<br />

reconheci a Terra, azul e luminosa, cuja visão me causava imenso bem.<br />

— Falta pouco — disse Tálbor. — Está contente? Não menti.<br />

— Contente e um pouco triste!... Dá para entender?<br />

Ele pôs a mão no meu ombro.<br />

— Dá, sim — respondeu.<br />

Com brandura, puxou-me o rosto e fitou-me nos olhos, como<br />

tinha por hábito fazer quando queria influenciar-me.<br />

— Sorria! Está tudo ótimo! Mas não se esqueça de uma coisa:<br />

observe sempre a pedra do anel. Quando ela começar a pulsar, você já<br />

sabe que eu e Telga estamos chegando.<br />

Sorri, ao ouvir a promessa.<br />

— Está ótimo! — repeti, esperançada. Aproximando-se da<br />

cidade, a nave sob<strong>rev</strong>oou os bairros algumas vezes, desc<strong>rev</strong>endo<br />

espirais. Começou a descer, e eu divisei a praia, o clube, o prédio de<br />

apartamentos e a piscina.<br />

Amanhecia, e tudo estava deserto. Tálbor pediu aos tripulantes<br />

que parassem o veículo no gramado, em frente à portaria. Num minuto,<br />

eles executaram a manobra. Em seguida, abriram a tampa do disco<br />

voador e estenderam a passarela.<br />

Era o momento da despedida. Abraçamo-nos demoradamente.<br />

— Amigos? — perguntou-me ele.<br />

— Amigos! — exclamei.<br />

Desci a rampa sem olhar para trás, corri em direção à porta do

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