Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)
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— Há séculos, já fomos assim. Hoje, vivemos na era da razão!<br />
Na casa de Tálbor, fizemos uma festa. Dançamos, ao som do<br />
concertino, até tarde. Ensinei a Tínger alguns sambas e pedi à Telga<br />
que colasse papel pardo nas lâmpadas. Ah, que beleza! Eles ficaram<br />
parecendo brasileiros, na cor e no ritmo!<br />
A grande novidade, soube-a no dia seguinte, quando compareci<br />
ao Centro de Ciências, para submeter-me ao último teste. Após a<br />
realização deste, Mingo cumprimentou-me e agradeceu muito a cola-<br />
boração por mim prestada aos cientistas viguenses.<br />
— Sua atuação, hoje, foi maravilhosa! — foram as primeiras<br />
palavras que me disse.<br />
— É porque estou feliz!<br />
— Então, saiba que estamos felizes também. Obtivemos a<br />
resposta mais importante para nós. Conseguimos achar o índice de<br />
Capacidade Vital Comparativa entre viguenses e terrestres.<br />
— Isto é bom? — perguntei.<br />
— Muito! — esclareceu. — Sabendo o índice, partiremos, agora,<br />
para a solução da parte definitiva de pesquisa, que é o prolongamento<br />
da estada de viguenses na Terra, e vice-versa.<br />
jeito maroto.<br />
Tálbor apertou-lhe a mão e exclamou:<br />
— Parabéns! Este resultado final me interessa!<br />
— Sei disto — respondeu o especialista, piscando um olho, com<br />
Havia uma pergunta que me atormentava há algum tempo:<br />
— Posso saber por que vocês têm tanto interesse em viver na<br />
Terra e em trazer os terrestres a Vigo?<br />
— Pode! É para ajudá-los a encontrar o caminho da razão, como<br />
já fizemos em outros planetas, visando a segurança de todo o Universo.<br />
Lembrei-me, imediatamente, <strong>dos</strong> homens verdes.<br />
— Por que não fazem o mesmo em Raz?<br />
— Claro que vamos fazer! Será a nossa próxima etapa, conforme<br />
o ideal do Grão-Sábio!<br />
Ao sair, pensei nos planos de Zelfo. Indaguei de Tálbor: