17.04.2013 Views

Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)

Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)

Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

de Raz, como se fosse um ímã, atraiu a nossa.<br />

Por alguns minutos, as duas ficaram unidas. Um ser semi-<br />

humano, pequeno e verde, com cabelos de folhas e mãos e pés que<br />

pareciam raízes, entrou no disco. Agarrou-nos, amarrou-nos e levou-<br />

nos para o cubo. Lá chegando, acionou o motor para partir e<br />

abandonou o disco voador à deriva.<br />

Fomos joga<strong>dos</strong> a um canto, como se jogam os far<strong>dos</strong>. Olhei para<br />

o comandante, e ele para mim. Em seus olhos pude ler um grande<br />

temor. Imagine eu! Compreendi que estava em maus lençóis. Lio nada<br />

poderia fazer por mim. Nem por ele, coitado! Nosso destino pertencia ao<br />

povo de Raz.<br />

Analisei o interior da nave. Outros homenzinhos verdes havia ali<br />

dentro, to<strong>dos</strong> repulsivos, parecendo mais vegetais que humanos,<br />

principalmente quando gesticulavam ou moviam a cabeça. Tinham<br />

olhos brancos, como a seiva das árvores. Vestiam-se de verde e<br />

comunicavam-se entre si emitindo sons ininteligíveis-.<br />

Comecei a pensar: — Se nós não conseguimos entendê-los, com<br />

certeza, eles não nos entendem também. — Embora morta de medo,<br />

resolvi verificar se estava certa. Dirigi-me ao comandante:<br />

— O senhor, por acaso, sabe dizer o que vão fazer conosco?<br />

Ele correu os olhos, ao redor, apreensivo. Vendo que os<br />

pequenos monstros se mantinham imperturbáveis, compreendeu o que<br />

se passava e respondeu:<br />

— Não sei. Até hoje, ninguém que tenha sido capturado voltou<br />

para contar. Fala-se muita coisa horrível a respeito deles...<br />

frase.<br />

<strong>rev</strong>elando:<br />

Arrependeu-se, decerto, do que ia dizer, pois interrompeu a<br />

— Conte! — pedi. — Conte, por favor! Preciso saber! Conte!<br />

Ele hesitou por algum tempo, mas tanto insisti, que acabou<br />

— Fala-se que não há animais no planeta, e que os razenses são<br />

carnívoros. Daí...<br />

Foi-me fácil compreender. Era por isso que ninguém voltava de

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!