Margarida Ottoni - O Planeta dos Homens Sem Cor (pdf(rev)
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— Sabia — respondi. — Mas não são tripula<strong>dos</strong>.<br />
— Ah, não? — piscou um olho para mim. — Você está<br />
mentindo, beleza!<br />
— Eu? — protestei. — Por que haveria de mentir? Estou dizendo<br />
o que li nos jornais. Quando Talbor voltar, você saberá que não sou<br />
mentirosa. Ele procurou desculpar-se:<br />
incorrigível!<br />
— Faz parte da minha profissão duvidar de tudo e de to<strong>dos</strong>.<br />
Voltei-me pra Telga.<br />
— Você pretende agir assim também, quando for noticiarista?<br />
— Oh, não! — respondeu sem hesitar. — Lau é um fofoqueiro<br />
Caímos na risada. Ele não se ofendeu com as palavras de Telga.<br />
Decerto, considerou a frase um elogio.<br />
Ainda sorridentes, chegamos a casa. Despedimo-nos de Lau e<br />
subimos pelo escorregador. Na sala, encontramos a mãe de Telga a<br />
nossa espera. Parecia preocupada.<br />
— Acabei de saber que o Grão-Sábio está passando muito mal.<br />
Zelfo assumiu, provisoriamente, a direção do Centro de Ciências —<br />
contou.<br />
A notícia deixou-me aturdida, como se tivesse levado uma<br />
pancada na cabeça. Nada poderia ser pior. Zelfo era, em Vigo, a única<br />
pessoa que eu temia.<br />
17<br />
O Grão-Sábio, por suas qualidades, podia ser comparado a uma<br />
combinação de homens famosos da Terra, como Pasteur, Fleming,<br />
Sabin, Von Braun, Einstein, Carlos Chagas, Osvaldo Cruz, César Lattes