17.04.2013 Views

1ª série em - questões abertas - 2007 - Arquidiocese de BH

1ª série em - questões abertas - 2007 - Arquidiocese de BH

1ª série em - questões abertas - 2007 - Arquidiocese de BH

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

SOCIEDADE MINEIRA DE CULTURA<br />

MANTENEDORA DA PUC Minas E DO<br />

COLÉGIO SANTA MARIA<br />

DATA: 26 / 11 / <strong>2007</strong><br />

UNIDADE:<br />

II VESTIBULAR SIMULADO DE LÍNGUA PORTUGUESA<br />

Aluno(a): Nº <strong>1ª</strong> Série/EM–Turma: __<br />

Professor: Valor: 5__ Média: 3 Pontos Obtidos:<br />

TEXTO I<br />

Vejam esta maravilha <strong>de</strong> cenário (...)<br />

O Brasil <strong>em</strong> forma <strong>de</strong> aquarela<br />

Maravilha <strong>de</strong> cenário<br />

Caminhando pelas cercanias do Amazonas<br />

Conheci vastos seringais<br />

E no Pará, na Ilha <strong>de</strong> Marajó<br />

E a velha cabana do Timbó<br />

Caminhando ainda um pouco mais<br />

Deparei com lindos coqueirais<br />

Estava no Ceará<br />

Terra <strong>de</strong> Irapuã, <strong>de</strong> Irac<strong>em</strong>a e Tupã<br />

Fiquei radiante <strong>de</strong> alegria<br />

Quando cheguei à Bahia<br />

Bahia <strong>de</strong> Castro Alves e do acarajé (...)<br />

Assisti <strong>em</strong> Pernambuco<br />

A festa do frevo e do maracatu E o Rio<br />

Brasília t<strong>em</strong> o seu <strong>de</strong>staque O Rio <strong>de</strong> sambas e batucadas<br />

Na arte, na beleza e arquitetura Os malandros e mulatas<br />

Feitiços <strong>de</strong> garoa pela serra De requebros febris<br />

São Paulo engran<strong>de</strong>ce a nossa terra Brasil, essas nossas ver<strong>de</strong>s matas<br />

Do leste por todo Centro-Oeste Cachoeiras e cascatas<br />

Tudo é belo e t<strong>em</strong> lindo matiz De colorido sutil (...)<br />

(acessado <strong>em</strong> 15 <strong>de</strong> set. <strong>2007</strong>)<br />

TEXTO II<br />

Carta<br />

Esta terra, Senhor, parece-me que, da ponta que mais conta o sul vimos, até à outra<br />

ponta que contra o norte v<strong>em</strong>, <strong>de</strong> que nós <strong>de</strong>ste porto houv<strong>em</strong>os vista, será tamanha que<br />

haverá nela b<strong>em</strong> vinte ou vinte e cinco léguas <strong>de</strong> costa. Traz ao longo do mar <strong>em</strong> algumas<br />

partes gran<strong>de</strong>s barreiras, umas vermelhas, e outras brancas; e a terra <strong>de</strong> cima toda chã e<br />

muito cheia <strong>de</strong> gran<strong>de</strong>s arvoredos. De ponta a ponta é toda praia... muito chã e muito formosa.<br />

Pelo sertão nos pareceu, vista do mar, muito gran<strong>de</strong>; porque a esten<strong>de</strong>r olhos, não podíamos<br />

ver senão terra e arvoredos – terra que nos parecia muito extensa. (...)<br />

Contudo a terra <strong>em</strong> si é <strong>de</strong> muito bons ares frescos e t<strong>em</strong>perados como os <strong>de</strong> Entre-<br />

Douro e Minho, porque neste t<strong>em</strong>po d’agora assim os achávamos como os <strong>de</strong> lá. Águas são<br />

muitas; infinitas. Em tal maneira é graciosa que, querendo-a aproveitar, dar-se-á nela tudo; por<br />

causa das águas que t<strong>em</strong>!<br />

CAMINHA, Pero Vaz <strong>de</strong>. Carta. São Paulo: Companhia das Letras. 2004. p. 27.<br />

II VESTIBULAR SIMULADO <strong>2007</strong> 1<br />

TEXTO III<br />

Segunda Carta <strong>de</strong> Pero Vaz <strong>de</strong> Caminha a El Rei D. Manoel<br />

(...) Há um Brasil <strong>de</strong> brasileiros-ricos, opulentos e, no dizer do português casto, dinheirudos e<br />

dinheirosos. Todavia, há um Brasil <strong>de</strong> pobres e miseráveis, que viv<strong>em</strong> uma vida indigna. (...)<br />

Há um Brasil <strong>de</strong> brasileiros-cultos, que estudam e se enobrec<strong>em</strong> <strong>de</strong> cultura e <strong>de</strong> letras.<br />

Entretanto, na outra ponta, estão os que não chegam à 4ª <strong>série</strong>. Há um Brasil <strong>de</strong> gente que trabalha e é<br />

séria, e há um outro cheio <strong>de</strong> vadios <strong>de</strong> gravatas, que roubam, forjam falências, <strong>de</strong>sviam dinheiro do<br />

público ou se beneficiam do po<strong>de</strong>r. Esta foi outra herança: aqui se gosta muito do po<strong>de</strong>r; os que o têm<br />

não o largam, os que não o têm não o procuram. A Corte ainda parece viva neste país...<br />

Há um Brasil <strong>de</strong> brasileiros-índios, que, mesmo com a sua terra d<strong>em</strong>arcada, continuam sofrendo<br />

perseguições dos brancos, a torto e a direito. Há um Brasil <strong>de</strong> brasileiros-negros que se perguntam todo<br />

dia 13 <strong>de</strong> maio: será hoje o dia da com<strong>em</strong>oração da abolição?<br />

Há um Brasil <strong>de</strong> brasileiros-brancos, que, sob a influência impactante, duradoura e nefasta<br />

daquela socieda<strong>de</strong> servil, igualmente não escaparam da extensão escravocrata. Tanto é que viv<strong>em</strong> <strong>em</strong><br />

regime parecido: uns na enxada, s<strong>em</strong> direitos trabalhistas (...); outros milhões analfabetos.<br />

Pergunto-me, outrossim, como é possível tantos brasis num único território? (...)<br />

Ve<strong>de</strong>, Majesta<strong>de</strong>, ter eu mudado o tom <strong>de</strong> minha carta e já Vos escrevo como brasileiro. Há tanto<br />

vivo aqui, que assim me consi<strong>de</strong>ro. Po<strong>de</strong>ria ser diferente? O amor por uma pátria não é genético, mas<br />

construído pouco a pouco!<br />

Majesta<strong>de</strong>, salvar<strong>em</strong>os este país se <strong>de</strong>ixarmos outras heranças aos nossos filhos. Salvar<strong>em</strong>os<br />

este país se questionarmos o mo<strong>de</strong>lo econômico, supercentralizador <strong>de</strong> rendas e <strong>de</strong> proprieda<strong>de</strong>s e<br />

gerador da violência urbana e da exclusão social.<br />

Entendo eu <strong>de</strong> mares e <strong>de</strong> bússolas e tenho certeza <strong>de</strong> não ser este o rumo seguro.<br />

(...)<br />

RONCA, Afonso Caruso. In REVISTA TREVISAN. São Paulo Trevisan Auditores e Consultores, n. 145, ano XIII, 2000. p. 20-21.<br />

QUESTÃO 01<br />

Redija um parágrafo, EXPLICITANDO a visão sobre o Brasil, apresentada nos TEXTOS I, II e III.<br />

QUESTÃO 02<br />

Entendo eu <strong>de</strong> mares e <strong>de</strong> bússolas e tenho certeza <strong>de</strong> não ser este o rumo seguro.<br />

Redija um texto, EXPLICANDO a que “rumo se refere o locutor do TEXTO III.<br />

II VESTIBULAR SIMULADO <strong>2007</strong> 2<br />

1<br />

1


QUESTÃO 03<br />

A primeira missa no Brasil, <strong>de</strong> Victor Meirelles, 1861, Museu Nacional NANI, Nani não erra uma! Revista Palavra, Belo Horizonte:<br />

<strong>de</strong> Belas Artes, Rio <strong>de</strong> Janeiro. Gaia, ano 1, n. 12, abr. 2000, p. 120.<br />

a) Defina e explique que tipo <strong>de</strong> relação (intertextual ou interdiscursiva) o cartum <strong>de</strong> Nani estabelece<br />

com o quadro A primeira Missa no Brasil, <strong>de</strong> Victor Meireles.<br />

QUESTÃO 04<br />

I-<br />

O enunciado verbal associado à imag<strong>em</strong> constrói o discurso persuasivo do anúncio. Explique como a<br />

poliss<strong>em</strong>ia da palavra cobertura e a repetição da palavra mais contribu<strong>em</strong> para isso. (0,6)<br />

II VESTIBULAR SIMULADO <strong>2007</strong> 3<br />

A COBERTURA TELEMIG CELULAR, QUE<br />

SEMPRE FOI A MAIOR DE MINAS, ESTÁ<br />

CRESCENDO AINDA MAIS.<br />

Serão mais <strong>de</strong> 600 municípios cobertos só <strong>em</strong> Minas.<br />

Além disso, você fala <strong>em</strong> mais <strong>de</strong> 3.000 municípios <strong>em</strong><br />

todo o Brasil e nas principais cida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> todo o<br />

mundo. A cobertura Tel<strong>em</strong>ig Celular vai com você<br />

aon<strong>de</strong> você estiver. Porque a Tel<strong>em</strong>ig Celular cobre<br />

mais que cida<strong>de</strong>s. Cobre pessoas.<br />

Tel<strong>em</strong>ig Celular. Cobertura do jeito que t<strong>em</strong> que ser.<br />

Veja, set. <strong>2007</strong><br />

0,6<br />

1,2<br />

II- A poesia concreta brinca com os el<strong>em</strong>entos visuais e sonoros da palavra. Que efeito o poeta consegue<br />

alterando os fon<strong>em</strong>as do anúncio publicitário “Beba coca cola”? (0,6)<br />

QUESTÃO 05<br />

VOCABULÁRIO<br />

Cloaca: Cloaca: fossa ou cano que<br />

recebe <strong>de</strong>jeções e<br />

imundícies.<br />

II VESTIBULAR SIMULADO <strong>2007</strong> 4<br />

Beba coca cola<br />

beba coca cola<br />

babe cola<br />

beba coca<br />

babe cola caco<br />

caco<br />

cola<br />

HEAN. Projeto antinepotismo. Folha <strong>de</strong> S. Paulo, São Paulo: 23 abr. 2005. Opinião, p. A2<br />

l o a c a<br />

PIGNATARI, Décio. Poesia Poesia concreta concreta. concreta<br />

São Paulo: Abril Educação, 1982. p. 36.<br />

FERREIRA, Aurélio Buarque <strong>de</strong> Holanda. Dicionário<br />

eletrônico. 3 ed. rev. e atual. Curitiba: Positivo<br />

Informática, 2004.<br />

a) A ironia e a paranomásia (jogo <strong>de</strong><br />

palavras com sons e grafias s<strong>em</strong>elhantes,<br />

mas sentidos diferentes) são recursos<br />

expressivos usados na charge. Tendo <strong>em</strong><br />

vista esses recursos e a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong><br />

nepotismo, explique o caráter crítico<br />

presente na charge. (0,6)<br />

b) I<strong>de</strong>ntifique o processo <strong>de</strong> formação da palavra antinepotismo e explique-o. (0,6)<br />

RCV/PVSV/VAMR/gmf<br />

Nepotismo (<strong>de</strong> nepote+-ismo) s. m<br />

1. Autorida<strong>de</strong> que os sobrinhos e outros<br />

parentes do papa exerciam na<br />

administração eclesiástica.<br />

2. Favoritismo, patronato.<br />

1,2

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!