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Violencia nas Escolas.pdf

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que existe entre o conhecimento institucional do fenômeno e a<br />

realidade da experiência. Nossos levantamentos de vitimização<br />

mostraram que o número de alunos expostos `a extorsão (roubo<br />

com extorsão) se manteve estável a partir de 1995 (cerca de 7%<br />

de alunos envolvidos, uma porcentagem baixa – 93% dos alunos<br />

não estão expostos a essa forma de vitimização –, mas muito<br />

mais do que as estatísticas já mencionadas levam a crer). Esses<br />

levantamentos também mostraram que, apesar de o número de<br />

vítimas ter-se estabilizado, houve aumento na gravidade dos casos<br />

de vitimização. Isso nos levou a concluir que o número de<br />

atos de violência em grupo foi maior, e os perpetradores vêm<br />

cometendo atos de violência mais brutal (Debarbieux, 2000).<br />

Metodologias desse tipo estão se tornando mais comuns<br />

na Europa, mobilizando pesquisadores em levantamentos de<br />

ampla escala e construindo bancos de dados que irão permitir<br />

mensuração mais precisa da extensão e da evolução do fenômeno.<br />

Na França, o levantamento elaborado por Horenstein e Voyron-Lemaire<br />

(em Charlot & Emin, 1997) sobre professores vitimados<br />

abrangeu 269 professores que haviam sofrido ataques,<br />

enquanto o estudo de vitimização de autoria de Carra e Sicot<br />

(1996) teve como objeto 2.855 alunos. A pesquisa realizada por<br />

nosso observatório cobre agora quase 30.000 alunos franceses,<br />

com estudos feitos em 1995-1996 e 1998-1999; mais de 1.500<br />

alunos na Inglaterra; mais de 1.000 na Bélgica, e ela será estendida<br />

à Espanha e à América Latina (cf Lagrange, 1995). Os estudos<br />

sobre intimidação por colegas ocorrida <strong>nas</strong> escolas são amplamente<br />

generalizados, questionários tendo sido aplicados a<br />

várias cente<strong>nas</strong> de milhares de alunos na maioria dos países europeus,<br />

bem como no Japão e na América do Norte (Smith &<br />

Sharp 1994). Além dos levantamentos de larga escala, muitos<br />

outros métodos vêm sendo usados: questionários enviados pelo<br />

correio ou aplicados diretamente, grupos de trabalho, entrevistas<br />

individuais, levantamentos de vitimização, análise secundária<br />

de dados estatísticos ou de documentos administrativos, observações<br />

etnográficas e estudos de caso, intervenção de pesquisa<br />

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