17.04.2013 Views

Violencia nas Escolas.pdf

Violencia nas Escolas.pdf

Violencia nas Escolas.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

e servem para identificar níveis possíveis de intervenção. Em<br />

primeiro lugar, como afirmaram Fortin e Bigras (Fortin e Bigras,<br />

1996), “a documentação sugere que devamos ir além do nível de<br />

estudo no qual nos concentramos num episódio ou num fator<br />

gerador de stress, como o divórcio, passando a estudar os múltiplos<br />

fatores e combinações estressantes presentes no desenvolvimento<br />

de riscos comportamentais” e “a presença de um único<br />

fator de risco não parece aumentar a probabilidade ocorrência<br />

de problemas posteriores”. Desse modo, embora algumas pesquisas<br />

mostrem que famílias de pais solteiros correm um risco<br />

significativamente maior de que seus filhos venham a desenvolver<br />

disfunções comportamentais (Webster-Stratton, 1989), essa<br />

situação não prenuncia de forma absoluta a ocorrência dessas<br />

disfunções, salvo se aliada a outros fatores, o econômico, principalmente,<br />

e é ape<strong>nas</strong> o acúmulo de fatores como esses que leva a<br />

um risco real. Mesmo nesse caso, não é necessário procurar indícios<br />

de fatalidade social, uma vez que outros estudos (Abidin,<br />

1983) demonstram que muitos pais mantêm uma relação harmoniosa<br />

com seus filhos, apesar dos “fatores estressantes do ambiente<br />

familiar”, como o desemprego. Da mesma forma, a “qualidade<br />

da relação conjugal” é obviamente importante, uma vez que,<br />

de acordo com uma análise da pesquisa realizada por Emery em<br />

1988 (Emery, 1988), ela explica uma variação de 10% a 20% na<br />

capacidade de adaptação das crianças, ou na falta dessa capacidade...<br />

mas isso também significa que 80% a 90% dos fatores são<br />

encontrados fora dessa relação. É óbvio que não se pode negar a<br />

influência que os fatores familiares têm sobre o comportamento<br />

das crianças na escola, mas um estudo sueco (Lindström, 1995)<br />

mostra que a explicação não deve ser buscada em nível individual,<br />

mas em dificuldades cumulativas vividas de forma coletiva<br />

<strong>nas</strong> escolas que não foram capazes de criar um clima escolar suficientemente<br />

harmonioso. Ape<strong>nas</strong> uma análise contextual pode<br />

descrever de forma completa as dificuldades vividas , os problemas<br />

familiares ape<strong>nas</strong> uma das variáveis possíveis. Indo mais além,<br />

a tentativa de criação de um modelo sistemático, por meio da<br />

72

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!