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Violencia nas Escolas.pdf

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duais duradouras, razoavelmente estáveis e de mudança lenta,<br />

relativas ao potencial de violência. Superpostas a essas diferenças<br />

individuais de longo prazo, há também variações de curto<br />

prazo, inter<strong>nas</strong> ao indivíduo. Essas variações de curto prazo<br />

dependem das influências motivadoras imediatas, tais como<br />

sentir-se entediado, zangado, bêbado ou frustrado, e também<br />

das oportunidades circunstanciais, incluindo a disponibilidade<br />

de vítimas potenciais.<br />

Diante de uma ocasião para a violência, o fato de uma<br />

pessoa vir ou não a praticá-la dependerá dos processos cognitivos<br />

(de pensamento), que incluem o exame dos custos e benefícios<br />

da violência e das probabilidades e riscos a ela associados,<br />

tais como percebidos pela pessoa, e também os repertórios<br />

comportamentais acumulados. Supõe-se também que as conseqüências<br />

da violência (vantagens, castigo, rótulos etc.) possam<br />

ter efeitos retroalimentadores num processo de conhecimento<br />

sobre o potencial de violência a longo prazo e sobre os<br />

processos decisórios (por exemplo, influenciando as percepções<br />

subjetivas de custos, benefícios e probabilidades).<br />

Essa abordagem consiste numa tentativa explícita de integrar<br />

as teorias desenvolvimentistas e circunstanciais. A interação<br />

entre o indivíduo e o ambiente é observável <strong>nas</strong> decisões<br />

tomadas <strong>nas</strong> ocasiões em que surgem oportunidades de cometimento<br />

de crimes, decisões essas que dependem tanto do potencial<br />

de violência subjacente quanto dos fatores circunstanciais<br />

(custos, benefícios, probabilidades). Além disso, a dupla seta<br />

mostra a possibilidade de que o deparar-se casualmente com<br />

uma oportunidade tentadora possa causar um aumento de curto<br />

prazo no potencial de violência, da mesma forma que um<br />

aumento de curto prazo nesse potencial pode motivar uma pessoa<br />

a buscar uma oportunidade de praticar violência. Essa teoria<br />

inclui elementos cognitivos (percepção, memória, processos<br />

decisórios), bem como o aprendizado social e as abordagens<br />

causais de fatores de risco.<br />

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