Violencia nas Escolas.pdf
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a probabilidade de ocorrência de violência aumenta com o número<br />
de fatores de risco. Por exemplo, no Estudo de Cambridge,<br />
foi desenvolvida uma pontuação de vulnerabilidade, com<br />
base nos cinco fatores de risco medidos na idade de 8-10 anos:<br />
baixa renda familiar, família numerosa, um pai condenado judicialmente,<br />
baixo QI e comportamento parental deficiente na<br />
criação dos filhos. O percentual dos meninos condenados por<br />
violência juvenil aumentou de 3%, entre os que não apresentavam<br />
nenhum desses fatores de risco, a 31%, entre os que apresentavam<br />
quatro ou cinco deles (Farrington, 1997). Esse tipo<br />
de pesquisa fornece alguma indicação sobre o grau de precisão<br />
que pode ser atingido na previsão de violência.<br />
As teorias podem ajudar a explicar como e por que fatores<br />
psicológicos, tais como impulsividade ou baixa inteligência,<br />
fatores familiares como supervisão parental deficiente, e fatores<br />
socioeconômicos, de vizinhança e os relativos aos grupos<br />
de pares podem influenciar no desenvolvimento do potencial<br />
de violência de um indivíduo. Por exemplo, morar num bairro<br />
ruim e sofrer privações socioeconômicas, podem, de algum<br />
modo, ser a causa da deficiência dos cuidados parentais, que,<br />
de alguma forma pode causar impulsividade e fracasso na escola<br />
que, de alguma maneira, podem levar a um alto potencial de<br />
violência. As teorias podem ser úteis também para a especificação<br />
dos conceitos mais gerais subjacentes ao potencial de violência,<br />
tais como baixo autocontrole ou vínculos frágeis com a<br />
sociedade. Elas também podem ajudar na determinação das<br />
maneiras pelas quais uma pessoa potencialmente violenta interage<br />
com os fatores circunstanciais, gerando atos violentos.<br />
Pretende-se que a teoria da violência, mostrada diagramaticamente<br />
na figura 1, seja coerente com as teorias existentes<br />
e com os fatos conhecidos sobre os fatores de risco (Farrington,<br />
1998). Essa teoria sugere que as influências de longo prazo<br />
(psicológicas, familiares, escolares, comunitárias, de grupos<br />
de pares etc.) levem ao desenvolvimento de diferenças indivi-<br />
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