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Violencia nas Escolas.pdf

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Fatores circunstanciais<br />

Pode-se argumentar que todos os fatores de risco até agora<br />

analisados – psicológicos, familiares, socioeconômicos e de vizinhança<br />

– influenciem essencialmente o desenvolvimento a longo<br />

prazo do potencial para a violência apresentado por um indivíduo.<br />

Em outras palavras, eles contribuem para as diferenças<br />

existentes entre os indivíduos: porque, dada a mesma oportunidade<br />

circunstancial, algumas pessoas apresentam uma maior<br />

tendência a cometer violência que outras. Um outro conjunto<br />

de influências – os fatores circunstanciais– explicam por que<br />

razão o potencial de violência se atualiza em determinadas situações.<br />

Essencialmente, eles explicam as diferenças de curto<br />

prazo inter<strong>nas</strong> a cada indivíduo: por que, em certas situações,<br />

algumas pessoas têm maiores probabilidades de cometer violência<br />

que outras. Os fatores circunstanciais podem ser específicos<br />

a determinados tipos de crime: roubos, em oposição a<br />

estupros, ou mesmo furtos de rua, em oposição a assaltos a<br />

bancos. Uma das mais aceitas teorias circunstanciais da criminalidade<br />

é a teoria das atividades de rotina (Cohen e Felson,<br />

1979), que sugere que, para que um crime predatório venha a<br />

ocorrer, o requisito mínimo é a convergência, no tempo e no<br />

espaço, de um agressor motivado e de um alvo conveniente, na<br />

ausência de um guardião capaz.<br />

Na Grã-Bretanha, muitos trabalhos já foram realizados<br />

sobre as situações que tendem a levar à violência, sob a classificação<br />

de análise criminológica (Ekblom, 1988). Parte-se aqui<br />

de uma análise detalhada dos padrões e das circunstâncias dos<br />

crimes cometidos, passando-se então à formulação, implementação<br />

e avaliação das estratégias de redução da criminalidade.<br />

Por exemplo, Mary Barker e seus colegas (1993) analisaram a<br />

natureza dos assaltos de rua de Londres. A maioria desses crimes<br />

ocorreu em áreas onde predominam minorias étnicas, e a<br />

maior parte dos agressores eram jovens afro-caribenhos, com<br />

idades entre 16 e 19 anos. As vítimas foram, em sua maioria,<br />

mulheres brancas, sozinhas, a pé. A maior parte dos delitos<br />

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