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Violencia nas Escolas.pdf

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Fatores relativos a colegas, condição socioeconômica<br />

e vizinhança<br />

O fato de ter amigos delinqüentes é um irrefutável prenúncio<br />

de violência juvenil e, no Estudo do Desenvolvimento<br />

Juvenil de Rochester, a delinqüência dos pares aparecia como<br />

prenúncio de futuros autodepoimentos de violência (Thornberry<br />

et al., 1995). O que não está tão claro, contudo, é até que ponto<br />

o vínculo entre amigos delinqüentes e delinqüência seria uma<br />

conseqüência das co-transgressões, que são particularmente comuns<br />

entre os menores de 21 anos (Reiss e Farrington, 1991).<br />

Del Elliot e Scott Menard (1996) concluíram, ambos, que a delinqüência<br />

causava vínculos delinqüentes e que esses vínculos<br />

delinqüentes entre pares causavam delinqüência. No entanto,<br />

parece não haver quaisquer informações específicas sobre o vínculo<br />

entre violência entre pares e violência juvenil. No Estudo<br />

de Cambridge, as amizades delinqüentes não foram mensuradas<br />

antes da idade de 10 anos.<br />

De modo geral, provir de uma família de baixa condição<br />

socioeconômica é prenúncio de violência juvenil. Por exemplo,<br />

no Levantamento Nacional sobre a Juventude dos Estados Unidos,<br />

a ocorrência de autodepoimentos de crimes e assaltos graves<br />

entre os jovens de classe baixa corresponderam ao dobro da<br />

verificada entre os jovens de classe média (Elliot et al., 1989).<br />

Resultados semelhantes foram obtidos quanto à violência oficialmente<br />

registrada, no Projeto Metropolitano de Estocolmo (Wikström,<br />

1985), no Projeto Metropolitano de Copenhague (Hogh<br />

e Wolf, 1983) e no Estudo Dunedin, da Nova Zelândia (Henry et<br />

al., 1996). É interessante que esses três estudos tenham comparado<br />

a classe social da família à época do <strong>nas</strong>cimento do menino<br />

com base na ocupação do pai com os crimes violentos cometidos<br />

mais tarde pelo menino. No Estudo de Cambridge, pertencer<br />

à classe baixa não era prenúncio de violência juvenil futura,<br />

embora outros indicadores socioeconômicos (baixa renda familiar<br />

e moradia precária) o fossem (tabela I).<br />

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