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Violencia nas Escolas.pdf

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Resultados semelhantes foram obtidos nos estudos de Cambridge<br />

e de Pittsburgh (Farrington, 1998). No Estudo de Cambridge,<br />

a baixa inteligência verbal aos 8-10 anos apontava tanto<br />

para registros oficiais quanto para auto-depoimentos de violência,<br />

no futuro e, em ambos os estudos, um baixo desempenho<br />

escolar na idade de 10 anos apontava para registros oficiais de<br />

violência . Por exemplo, a Tabela I mostra que 18% dos meninos<br />

de menor inteligência aos 8-10 anos vieram a ser condenados<br />

por atos violentos, em comparação a 7% dos demais (quociente<br />

de probabilidade = 2,6). A ampla meta-análise de Mark Lipsey e<br />

Jim Derzon (1998) também mostrou que a baixa inteligência, o<br />

desempenho escolar deficiente e fatores psicológicos tais como<br />

hiperatividade, déficit de atenção, impulsividade e tendência a se<br />

expor a riscos eram indicadores previsíveis de futuros delitos<br />

graves e violentos.<br />

A impulsividade, os problemas de atenção e o baixo desempenho<br />

podem ser associados a deficiências <strong>nas</strong> funções executivas<br />

do cérebro, localizadas nos lobos frontais. Essas funções<br />

executivas incluem a manutenção da atenção e a concentração, o<br />

raciocínio abstrato eaformação de conceitos, a formulação de<br />

objetivos, a previsão e o planejamento, a programação e a iniciação<br />

de seqüências propositais de comportamento motor, automonitoramento,<br />

comportamentos autoconscientes eficazes e inibição<br />

de comportamentos inadequados ou impulsivos (Moffit e<br />

Henry, 1991). É interessante que no estudo longitudinal-experimental<br />

de Montreal, que consiste num acompanhamento de mais<br />

de 1.100 crianças de idade superior a 6 anos, a mensuração das<br />

funções executivas, com base em testes cognitivo-neuropsicológicos,<br />

aplicados aos 14 anos, foram o principal fator de discriminação<br />

entre meninos violentos e não-violentos (Seguin et al.,<br />

1995). Essa relação sustentou-se independentemente da mensuração<br />

do grau de adversidade das circunstâncias familiares (baseada<br />

na idade dos pais à época do <strong>nas</strong>cimento do primeiro filho,<br />

no nível de escolaridade dos pais, no rompimento da família e no<br />

baixo nível socioeconômico da família).<br />

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