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Violencia nas Escolas.pdf

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“Relações de confiança têm maiores probabilidades de serem<br />

estabelecidas entre alunos e professores se estes passam algum<br />

tempo juntos, em base individual ou em pequenos grupos, e se<br />

eles participam juntos de atividades recreativas e de tutoria... ou<br />

mesmo de matérias acadêmicas que não as curriculares. A ampliação<br />

da relação professor/aluno além do ensino de uma única<br />

matéria permite que tanto os alunos quanto os professores<br />

se conheçam e se compreendam melhor. Contatos mais estreitos<br />

ajudam a desenvolver um senso de fazer parte e de responsabilidade<br />

recíproca maiores do que os que são possibilitados<br />

pelos papéis fragmentários e passageiros” (Newmann, 1989).<br />

Os alunos franceses muitas vezes reivindicam uma presença<br />

mais constante por parte dos adultos, e às vezes manifestam<br />

o sentimento de não serem apoiados por esses adultos,<br />

quando expressam essa necessidade. O conceito de respeito é<br />

também um dos elementos nodais dos comentários feitos tanto<br />

por alunos quanto por professores. Na França, a falta de coerência<br />

no gerenciamento da disciplina e o sentimento de injustiça<br />

vivenciado por alguns (Debarbieux et al., 1999) estão entre<br />

os elos mais fortes da análise de por que razão algumas escolas<br />

funcionam mal. Os mesmos motivos são encontrados na amostragem<br />

inglesa, embora em menor escala: 33,6% dos alunos franceses<br />

acreditam que as punições sejam injustas, contra 19,2%,<br />

na Inglaterra. É fatal que esse fato venha a afetar as relações<br />

entre alunos e adultos <strong>nas</strong> escolas, freqüentemente levando a<br />

uma rejeição da autoridade na forma de rupturas entre “eles e<br />

nós” (Johnson, 1999; Pourtignat e Streiff-Fenart, 1995). Os<br />

adultos queixam-se da falta de coerência na aplicação das regras<br />

e, às vezes, de falta de vontade, da parte de seus colegas,<br />

de lidar com tarefas dessa ordem (Debarbieux et al., 1999; Montoya,<br />

2000). Esse aspecto ilustra uma das grandes diferenças<br />

entre a França e a Inglaterra, <strong>nas</strong> comparações relativas ao gerenciamento<br />

da disciplina. Na Inglaterra, a disciplina é mais de<br />

responsabilidade coletiva de todos os adultos que de um ou<br />

dois representantes da autoridade. As regras relativas à vida<br />

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