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Violencia nas Escolas.pdf

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No que se refere a socos, os resultados obtidos foram estritamente<br />

idênticos nos dois países, ou seja, 25,6% dos alunos<br />

declararam que haviam recebido socos. Os resultados relativos à<br />

extorsão foram ainda mais surpreendentes: 7,6% dos alunos franceses<br />

que responderam ao questionário afirmaram ter sido vítimas<br />

de extorsão, em comparação com 13,3% dos alunos ingleses,<br />

ou seja, um número duas vezes maior. No entanto, quando<br />

foi perguntado aos alunos se eles alguma vez haviam cometido<br />

extorsão, a tendência se inverteu: 9,8% (França) e 6,6% (Inglaterra).<br />

Há diversas explicações para esse fato: como mostrado no<br />

trabalho avaliativo realizado por Debarbieux e Montoya (1998),<br />

a violência grupal vem aumentando na França, e, onde há extorsão,<br />

geralmente se trata de mais de um aluno contra uma única<br />

vítima. Isso não ape<strong>nas</strong> contribui para reforçar o sentimento de<br />

insegurança na vítima e nos espectadores, mas também para o<br />

aumento da vitimização. Conseqüentemente, quando a agressão<br />

é provocada por um grupo, a responsabilidade é dividida, e os<br />

integrantes do grupo se tornam mais ousados. Além disso, três<br />

das escolas inglesas de nosso levantamento encontravam-se particularmente<br />

envolvidas com o problema de drogas, dentro e fora<br />

de suas instalações. Quando comparamos o nível de vitimização<br />

e as respostas à pergunta “há problemas de drogas em sua escola?”,<br />

verificamos que os alunos mais vitimados, ou mesmo multivitimados<br />

eram exatamente os que freqüentavam essas escolas.<br />

Pareceu nos portanto essencial, em termos da estratégia de prevenção<br />

e redução do sentimento de insegurança, levar em conta<br />

essas multivitimizações, inclusive as relativas à extorsão.<br />

A tabela VI mostra que, de modo geral, o número de vítimas<br />

não era tão alto na Inglaterra quanto na França, uma vez<br />

que 45% dos estudantes ingleses não haviam sido vitimados, em<br />

comparação com 19,9%, na França. Esses resultados confirmaram<br />

que as meni<strong>nas</strong> têm menores probabilidades de serem vitimadas<br />

que os meninos (Gottfredson, 2001). As principais formas<br />

de agressão sofridas pelas meni<strong>nas</strong> eram insultos e roubos.<br />

Deve-se observar, contudo, que a percentagem dos alunos que<br />

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