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Violencia nas Escolas.pdf

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No entanto, contrastando com esses levantamentos estatísticos<br />

de larga escala que, basicamente, indicam que o risco geral de<br />

alguém vir a sofrer violência e ferimentos <strong>nas</strong> escolas não aumentou<br />

significativamente nos últimos vinte anos, tanto os alunos quanto<br />

seus pais afirmam estar cada vez mais apreensivos no que se<br />

refere às escolas. Os alunos, hoje, têm mais medo de serem atacados<br />

ou feridos na escola e evitam determinados locais em suas<br />

dependências. Os pais – e não ape<strong>nas</strong> os das zo<strong>nas</strong> centrais urba<strong>nas</strong><br />

– dizem temer por seus filhos <strong>nas</strong> escolas. Uma pesquisa Gallup<br />

recente mostrou que quase metade dos pais entrevistados temia<br />

pela segurança de seus filhos, ao mandá-los para a escola. Em 1977,<br />

ape<strong>nas</strong> 24% deles expressaram essa preocupação. Em maio de 1999,<br />

pouco depois do terrível ataque à Columbine High School, 74%<br />

dos pais afirmaram que havia muita probabilidade ou relativa probabilidade<br />

de um ataque armado à escola vir a ocorrer em sua<br />

comunidade. Desse modo, antes de prosseguir, peço-lhes que observem<br />

a tremenda discrepância existente entre as conclusões das<br />

pesquisas das ciências sociais-padrão, que são consistentemente<br />

tranqüilizadoras, e os sentimentos viscerais dos pais de todo o país,<br />

que admitem ter medo. Seria possível que todos esses pais estejam<br />

iludidos? Será que todos eles são vítimas crédulas da mídia? Ou<br />

será que existe uma outra explicação?<br />

Uma das principais conclusões do relatório do Ministério<br />

da Saúde é que “as prisões de jovens acusados de homicídio e de<br />

outros crimes graves cresceram vertiginosamente de 1983 a 1993.<br />

Um ano depois, o número dessas prisões começou a declinar,<br />

retornando, em 1998, a um índice ape<strong>nas</strong> ligeiramente superior<br />

ao de 1983”. Durante esse anos de pico (entre 1983 e 1993), o<br />

que mudou foi a intensificação do uso das armas de fogo por<br />

jovens. A violência juvenil não se tornou mais freqüente, porém<br />

mais mortífera. O resultado foi um aumento drástico dos índices<br />

de homicídios e de danos corporais graves. Esse mesmo relatório<br />

acrescenta que “Felizmente, um número menor de jovens,<br />

nos dias de hoje, porta armas, armas de fogo inclusive, e um<br />

número menor deles as leva para a escola. Como resultado, a<br />

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