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Violencia nas Escolas.pdf

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Os anos 60 foram marcados pelo intervencionismo federal,<br />

que pretendia ajudar os habitantes a resolverem seus próprios<br />

problemas, com o argumento de que eles eram as pessoas<br />

melhor posicionadas para saber como lidar com essas situações.<br />

O governo federal destinou verbas para o incentivo às iniciativas<br />

integradas e à participação. Leis federais tratando das escolas<br />

primárias e secundárias, pela primeira vez, ofereceram subsídios<br />

para as escolas de bairros carentes; na maior parte das vezes,<br />

esses subsídios eram utilizados para a contratação de médicos e<br />

enfermeiras escolares. Esses programas perderam parte de sua<br />

eficácia no fim daquela década, quando muitos alunos problemáticos,<br />

seduzidos pela contracultura, abandonaram a escola para<br />

adotar a cultura das ruas, hostil aos valores tradicionais, o que<br />

tornou mais difícil atingi-los. No momento atual, tenta-se corrigir<br />

essa situação intervindo antes que os alunos abandonem a<br />

escola e evitando situações de crise. Dois exemplos que estudei,<br />

em Manhattan, ilustram esse enfoque.<br />

O IS 218, em Manhattan, e a participação das famílias<br />

Localizada no bairro dominicano de Washington Heights,<br />

no norte de Manhattan, a escola secundária IS 218 é o resultado<br />

de uma parceria entre a agência municipal responsável pelas escolas<br />

estaduais e uma organização sem fins lucrativos chamada<br />

Sociedade de Auxílio às Crianças (CAS). Cientes da escala dos<br />

problemas sociais e de saúde existentes nesse distrito, essas duas<br />

estruturas tomaram a decisão de unir seus esforços: não ape<strong>nas</strong><br />

foi criado um centro social com uma clínica, mas esse centro foi<br />

localizado no andar térreo da escola, indicando simbolicamente<br />

que a escola estava aberta aos problemas do bairro, e que os habitantes<br />

deveriam se sentir em casa dentro da escola.<br />

Como Washington Heights é um distrito onde a pobreza e<br />

a delinqüência são problemas sérios, surgiu a idéia de abrir os<br />

prédios da escola à vizinhança, de forma que a escola se tor<strong>nas</strong>se<br />

um lugar tanto para estudo quanto para a vida cotidiana, aberto<br />

a todos os habitantes da região, jovens ou velhos, cidadãos ou<br />

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