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Violencia nas Escolas.pdf

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A governança escolar, portanto, deve ser entendida como a capacidade<br />

decisória produzida por um conjunto de protagonistas<br />

públicos e privados, na tentativa de atingir objetivos coletivos ou<br />

desejos e expectativas individuais, num universo fragmentado,<br />

complexo e incerto.<br />

Essa dinâmica tem origem no bairro. Na melhor das hipóteses,<br />

os pais e os habitantes se utilizam de seus recursos, de suas<br />

estratégias e do poder adquirido por eles para, por um lado, forçar<br />

seus representantes políticos e seus governos a lhes fornecer<br />

a escola de qualidade de que seus filhos precisam, e, por outro<br />

lado, para levar suas queixas às instâncias regionais ou nacionais.<br />

As leis que tratam das famílias, da educação, da saúde pública, da<br />

luta contra a delinqüência e da segurança, têm, todas elas, repercussões<br />

na qualidade da vida cotidiana do bairro. Os beneficiários<br />

dessas leis não se mantêm passivos.<br />

Ao contrário dos franceses, os cidadãos americanos se sentem<br />

no dever de garantir que as instituições locais funcionem<br />

bem. As escolas, as empresas, as associações, as estruturas religiosas,<br />

as clínicas, as universidades e todas as outras instituições<br />

territoriais são obrigadas a cooperar easeconfrontar com os<br />

problemas identificados pelos alunos em áreas sensíveis. O enfoque<br />

das zo<strong>nas</strong> de capacitação formalizou essa atitude. O governo<br />

Clinton tomou a decisão de salvar de uma morte lenta seis<br />

grandes áreas urba<strong>nas</strong>. Para cada dólar oferecido pelo governo<br />

federal, o bairro em questão teria de conseguir seis ou sete. Os<br />

habitantes tinham que apresentar propostas concretas e, a partir<br />

delas, desenvolver um plano de grande escala, inter-relacionando<br />

os problemas de forma pragmática, transversal e global, e propondo<br />

parcerias elaboradas a partir de iniciativas na área, incluindo<br />

a escola. Associações, bancos, voluntários e profissionais se<br />

mobilizaram, e as zo<strong>nas</strong> foram transformadas, embora de forma<br />

menos espetacular do que se havia imaginado. Deve-se enfatizar<br />

que nem todos os professores americanos se convenceram da<br />

validade da mobilização dos pais. Alguns eram de opinião que os<br />

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