17.04.2013 Views

Violencia nas Escolas.pdf

Violencia nas Escolas.pdf

Violencia nas Escolas.pdf

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

nos últimos oito anos, conseguiram reduzir de forma espetacular<br />

os níveis de violência e delinqüência <strong>nas</strong> cidades, apresentando<br />

uma redução de 51% na taxa de menores envolvidos em delitos<br />

violentos (Urban Institute, 2000). Mesmo nos guetos, voltou-se<br />

a ter um certo grau de paz e tranqüilidade. Não é tanto a redução<br />

em si que nos interessa, e sim o fato de que os Estados Unidos,<br />

que os franceses, de acordo com A. Kaspi, “não conhecem, não<br />

entendem, nem gostam”, têm a vantagem do pragmatismo, da<br />

experimentação e da avaliação seguida de efeitos. Em todos os<br />

cinqüenta estados, encontramos escolas que introduziram inovações<br />

espetaculares, que podem até ser arriscadas, mas que são<br />

voltadas à prevenção da violência, mesmo que tenham sido rejeitadas<br />

em outros lugares – a cultura e as escolhas das populações<br />

a que servem essas instituições ainda são um fator de grande<br />

influência. Esse país nos interessa também não porque ele represente<br />

uma prefiguração de nosso futuro, mas em razão de seus<br />

excessos e de sua ousadia em testar idéias que, seja por falta de<br />

espírito aventureiro, seja porque os procedimentos são trabalhosos<br />

e difíceis, as administrações francesas não se dão ao trabalho<br />

de implementar. Enquanto, na França, temos um serviço público<br />

que obedece a seus próprios regulamentos, os americanos têm<br />

“programas”; e essas são situações muito diferentes.<br />

Devemos nos perguntar o que acontece em outros países<br />

– e é esse o objetivo deste encontro – não para buscar receitas<br />

ou para reproduzir práticas, mas para buscar alimento para o<br />

pensamento e para enriquecer nossas próprias questões. A comparação<br />

não deve ser abstrata; ela deve se alimentar empiricamente<br />

daquilo que acontece na área, para que possamos determinar<br />

qual a experiência que se tem dos problemas, quais são<br />

os fatos sobre a violência, os efeitos dos lugares e dos estabelecimentos<br />

e os elos mais fracos de cada sistema, e para que possamos<br />

também tentar entender qual a melhor forma de enfrentarmos<br />

esses desafios. Antes de examinarmos essas respostas,<br />

agrupadas sob o termo “governo local”, devemos especificar<br />

do que estamos falando.<br />

167

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!