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Violencia nas Escolas.pdf

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e a sentir não serem totalmente capazes de determinar sua<br />

própria situação. No entanto, outros fatores relacionados ao<br />

apoio recebido dos pais e aos valores éticos da escola também<br />

se mostraram decisivos, com relação à reação provocada pela<br />

perspectiva e pelo comportamento dessas crianças.<br />

Não há dúvida de que o temperamento individual e os fatores<br />

de personalidade envolvidos no comportamento de uma<br />

criança fazem parte da situação de expulsão. Os grupos descritos<br />

na seção anterior abrangem muitos dos fatores de risco identificados<br />

por Fortin e Bigras (1997), como geradores de problemas<br />

de comportamento em crianças peque<strong>nas</strong>. Garmezy (1983) identificou<br />

as crianças “de risco” com relação à presença de fatores<br />

que aumentam a probabilidade de elas virem a desenvolver dificuldades<br />

sociais e psicológicas. Essas dificuldades podem então<br />

se manifestar sob formas que vêm interessando aos pesquisadores<br />

que investigam os processos sociais mais amplos.<br />

Do ponto de vista do público em geral e do governo, as<br />

preocupações com a expulsão escolar (e, conseqüentemente, com<br />

os riscos a elas correlacionados) muitas vezes vêm-se concentrando<br />

na associação existente entre as expulsões escolares e crianças que<br />

“se envolvem em problemas” fora da escola, o que, em alguns casos,<br />

pode implicar comportamentos delinqüentes e criminosos (Unidade<br />

de Exclusão Social, 1998). Essas associações são bem conhecidas,<br />

embora, às vezes, sejam confundidas com mecanismos causais. Os<br />

dados existentes mostram que as crianças expulsas têm maiores<br />

probabilidades de vir a adotar comportamentos criminosos ou de<br />

perturbação da ordem do que seus colegas com as mesmas<br />

características que continuam a freqüentar a escola (Hayden e<br />

Martin, 1998). É certo que algum grau de criminalidade detectada<br />

ocorra durante o horário escolar, sendo cometida por alunos das<br />

escolas. No entanto, análises mais aprofundadas da questão<br />

revelaram associações mais fortes com outros fatores, tais como<br />

não-comparecimento às aulas (Parsons et al., 2001) e questões de<br />

proteção à criança (Martin et al., 1999). Embora o fato de estar<br />

fora da escola ofereça maiores oportunidades de passar o tempo na<br />

companhia de grupos de colegas delinqüentes, há indícios de que<br />

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