Violencia nas Escolas.pdf
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tal. Mais de 2000 jovens foram presos nos três anos consecutivos<br />
a 1997, alcançando um total de 2.237, em 1999. Verificou-se<br />
também a tendência ao cometimento de crimes grupais.<br />
O aumento recentemente verificado na violência escolar<br />
e nos crimes brutais cometidos por jovens demonstra que os<br />
diversos mecanismos que, no passado, mantinham a segurança,<br />
estão começando a se deteriorar, não mais existem ou vêm perdendo<br />
eficácia.<br />
Uma das razões para tal é que, na esteira das mudanças<br />
sociais, tornou-se difícil, em fins da década de 80, empregar os<br />
mesmos métodos usados <strong>nas</strong> décadas de 70 e 80 para controlar<br />
a crescente violência escolar. Das quatro medidas mencionadas<br />
na seção anterior, ape<strong>nas</strong> a primeira delas, as determinações e<br />
instruções publicadas pelo Ministério da Educação, está ainda<br />
em vigor. No entanto, a partir da década de 80, a intimidação<br />
por colegas, o não-comparecimento às aulas, a indisciplina em<br />
sala de aula, bem como outros problemas, vêm passando a existir<br />
e atraindo a atenção do público japonês. Esses problemas são<br />
de natureza diferente da criminalidade juvenil, no sentido de<br />
que eles ocorrem dentro da escola. Desse modo, embora determinações<br />
ministeriais continuem a ser emitidas às escolas, as<br />
escolas e os professores que as recebem vêm tendo muitas outras<br />
questões para tratar. Embora o número de professores tenha<br />
sofrido um ligeiro aumento, há limites para sua capacidade<br />
de tratar de forma minuciosa da violência escolar, e esses limites<br />
estão sendo agora atingidos. Foi nesse contexto que, após a<br />
realização de um estudo elaborado por uma comissão de especialistas,<br />
o Ministério da Educação distribuiu um relatório intitulado<br />
“Passando do ‘confinar dentro das escolas’ à ‘cooperação aberta’:<br />
uma nova maneira de abordar os problemas de comportamento”. Esse<br />
documento restabelece a possibilidade de educar as crianças<br />
em casa e na comunidade, abandonando o conceito da escola<br />
como ambiente protegido e utilizando os recursos existentes<br />
dentro da comunidade local, que poderiam ser de eficácia no<br />
combate aos problemas de comportamento.<br />
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