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Apresentação do PowerPoint - Colégio Policial Militar Feliciano ...

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<strong>Colégio</strong> <strong>Policial</strong> <strong>Militar</strong> “<strong>Feliciano</strong> Nunes Pires”<br />

Professor: Claudia S. N. Vieira<br />

Disciplina: LPO<br />

Série: 3ª<br />

Tema da aula: O Modernismo em Portugal<br />

Objetivo da aula: demonstrar as principais características<br />

<strong>do</strong> modernismo português, bem como ressaltar os principais<br />

autores.


MODERNISMO EM PORTUGAL


CONTEXTUALIZAÇÃO HISTÓRICA<br />

● Início <strong>do</strong> século XX – foi marca<strong>do</strong> por um extraordinário desenvolvimento<br />

científico e tecnológico (surgem o telégrafo, a eletricidade, o telefone, o cinema, o<br />

automóvel, o cinema, o avião, a teoria da relatividade, de Einstein, e a teoria<br />

psicanalítica, de Freud).<br />

● 1910 – ocorre a Proclamação da República Portuguesa, o que modificou muito a<br />

sociedade lusitana.<br />

● 1914-1918 – perío<strong>do</strong> correspondente a Primeira Guerra Mundial.<br />

● 1917 – um golpe de esta<strong>do</strong> lidera<strong>do</strong> por Sidônio Pais dá início a um perío<strong>do</strong> de<br />

ditadura em Portugal.<br />

● 1918 – Sidônio Pais é assassina<strong>do</strong> e o caos político instala-se em Portugal.<br />

● 1926 – inicia-se um perío<strong>do</strong> de ditadura militar.<br />

● 1933 – Antonio de Oliveira Salazar fez aprovar uma nova Constituição e deu<br />

início à ditadura <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> Novo, que vai até 1974.


CARACTERÍSTICAS DO MODERNISMO EM PORTUGAL<br />

● Mediante a profunda instabilidade político-social <strong>do</strong> início da república alguns<br />

jovens – Fernan<strong>do</strong> Pessoa, Mário de Sá-Carneiro, José de Almada Negreiros, entre<br />

outros – resolveram fundar uma revista, influencia<strong>do</strong>s pelas modernas vanguardas<br />

europeias.<br />

● Em 1915 é lançada a revista Orpheu, que teve apenas <strong>do</strong>is números publica<strong>do</strong>s.<br />

Seus textos eram influencia<strong>do</strong>s pelo Cubismo e pelo Cubofuturismo, propon<strong>do</strong> uma<br />

ruptura com o passa<strong>do</strong>.<br />

● Os autores cita<strong>do</strong>s deram início a um processo de reflexão crítica sobre as causas<br />

da decadência e da estagnação intelectual de Portugal, que marcaram a 1ª Geração<br />

Modernista.


FERNANDO PESSOA


● Viveu entre 1888 e 1935.<br />

● Foi um <strong>do</strong>s mais significativos poetas em língua portuguesa de to<strong>do</strong>s os<br />

tempos.<br />

● Fernan<strong>do</strong> Pessoa foi vários poetas ao mesmo tempo, pois criou diversos<br />

heterônimos com personalidades próprias.<br />

● Alberto Caeiro – poeta de contato direto com a natureza, que dava<br />

importância às sensações.<br />

● Álvaro de Campos – é futurista, sujeito à máquina, de espírito inconforma<strong>do</strong><br />

com o tempo, vive marginaliza<strong>do</strong>.<br />

● Ricar<strong>do</strong> Reis – profun<strong>do</strong> admira<strong>do</strong>r da cultura clássica, inspirava-se na<br />

filosofia <strong>do</strong> carpe diem, isto é, usufruir o momento.<br />

● Fernan<strong>do</strong> Pessoa ortônimo (ele mesmo) – poeta lírico, nacionalista,<br />

escreveu poemas abordan<strong>do</strong> temas tradicionais de Portugal, expressan<strong>do</strong> as<br />

reflexões <strong>do</strong> seu “eu profun<strong>do</strong>”, suas inquietações, sua solidão, seu tédio.


O guarda<strong>do</strong>r de rebanhos - VIII<br />

Num meio dia de fim de primavera<br />

Tive um sonho como uma fotografia<br />

Vi Jesus Cristo descer à terra,<br />

Veio pela encosta de um monte<br />

Torna<strong>do</strong> outra vez menino,<br />

A correr e a rolar-se pela erva<br />

E a arrancar flores para as deitar fora<br />

E a rir de mo<strong>do</strong> a ouvir-se de longe.<br />

Tinha fugi<strong>do</strong> <strong>do</strong> céu,<br />

Era nosso demais para fingir<br />

De segunda pessoa da Trindade.<br />

No céu era tu<strong>do</strong> falso, tu<strong>do</strong> em desacor<strong>do</strong><br />

Com flores e árvores e pedras,<br />

No céu tinha que estar sempre sério<br />

E de vez em quan<strong>do</strong> de se tornar outra vez homem<br />

(...)<br />

(Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1984.)


Vem sentar-te comigo, Lídia, à beira <strong>do</strong> rio.<br />

Sossegadamente fitemos seu curso e aprendamos<br />

Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.<br />

(Enlacemos as mãos.)<br />

Depois pensemos, crianças adultas, que a vida<br />

Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,<br />

Vai para um mar muito longe, para o pé <strong>do</strong> Fa<strong>do</strong>,<br />

Mais longe que os deuses.<br />

(...)<br />

(Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1992.)


Outros poetas pertencentes à Geração Orpheu:<br />

● Almada Negreiros ( 1893-1970) – entusiasmava-se com a possibilidade de<br />

transformação da sociedade e exaltava a guerra como mecanismo transforma<strong>do</strong>r,<br />

evidencian<strong>do</strong> a influência das ideias futuristas.<br />

● Mário de Sá-Carneiro (1890-1916) – em sua obra aborda o grande drama o<br />

homem <strong>do</strong> século XX: a fragmentação da identidade, a aflição <strong>do</strong> indivíduo que se<br />

vê sufoca<strong>do</strong> pela multidão e pelas inovações tecnológicas


A Segunda Geração <strong>do</strong> Modernismo<br />

● A segunda geração <strong>do</strong> modernismo em Portugal foi marcada pela publicação<br />

da revista Presença, em 1927.<br />

● Os escritores dessa geração não foram influencia<strong>do</strong>s pelo espírito de ruptura<br />

com o passa<strong>do</strong>, que marcou a primeira geração, demonstravam um certa “alienação<br />

social”.<br />

● Destaque para <strong>do</strong>is autores: Florbela Espanca e Aquilino Ribeiro.<br />

● Neorrealismo – movimento preocupa<strong>do</strong> em enfrentar a ditadura salazarista.<br />

Os autores ressaltavam a necessidade de a literatura preocupar-se com a realidade<br />

portuguesa <strong>do</strong> momento. O movimento teve início em 1939, com a publicação de<br />

Gaibéus, de Alves Re<strong>do</strong>l.


FLORBELA ESPANCA (1894-1930)


● Percursora <strong>do</strong> feminismo em Portugal, seus versos foram marca<strong>do</strong>s pelo<br />

reflexo de sofrimentos íntimos.<br />

● Seus versos eram de angústia e de <strong>do</strong>r. Sua agonia pessoal levou-a ao<br />

suicídio aos 36 anos.<br />

● Suas produções foram <strong>do</strong>minadas por uma poética específica – os sonetos.<br />

● Seus sonetos abordavam temas como: cenários outonais, o gosto pelas horas<br />

da tarde, a abordagem <strong>do</strong>s esta<strong>do</strong>s da alma indefini<strong>do</strong>s.


BIBLIOGRAFIA<br />

ABAURRE, Maria Luíza, ABAURRE, Maria Bernadete; PONTARA,<br />

Marcela. Português: Contexto, Interlocução e Senti<strong>do</strong>. São Paulo: Moderna,<br />

2010.<br />

CAMPEDELLI, Samira Yousseff, SOUZA, Jésus Barbosa. Português:<br />

literatura, produção de textos e gramática. São Paulo: Saraiva, 2001.

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