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Confia e Caminha - Grupo Espírita Seara do Mestre

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1<br />

Evangelho esclarece que a casa <strong>do</strong> Pai é o Universo. E as diferentes<br />

moradas são os mun<strong>do</strong>s que circulam no espaço infinito e oferecem, aos<br />

Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao<br />

adiantamento <strong>do</strong>s mesmos Espíritos.<br />

No entanto, as palavras de Jesus, dirigidas aos seus discípulos num momento<br />

de despedida <strong>do</strong> plano físico, também podem representar a situação <strong>do</strong> Espírito no<br />

mun<strong>do</strong> espiritual. Feliz ou infeliz conforme as suas conquistas no plano evolutivo. A<br />

depender <strong>do</strong> seu apego <strong>do</strong>s laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele<br />

se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções<br />

que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros<br />

1a<br />

se elevam e percorrem o espaço e os mun<strong>do</strong>s .<br />

Assim, sob esse prisma pode-se afirmar que há muitas moradas, embora<br />

não circunscritas, nem localizadas. Cada Espírito, independente <strong>do</strong> local que se<br />

situar, estará vivencian<strong>do</strong> um esta<strong>do</strong> de alma de acor<strong>do</strong> com os recursos espirituais<br />

que possuir.<br />

Os bons serão conduzi<strong>do</strong>s para as esferas mais elevadas e lá receberão o<br />

salário <strong>do</strong>s justos. Não ficarão na contemplação eterna, pelo contrário, seguirão,<br />

conforme suas virtudes e conhecimentos, servin<strong>do</strong> à humanidade a que estão<br />

vincula<strong>do</strong>s, nisso consiste a felicidade <strong>do</strong>s seres eleva<strong>do</strong>s.<br />

Os que falharam no cumprimento <strong>do</strong>s seus deveres, responderão pela<br />

oportunidade perdida. Aguardarão, enquanto refletem sobre os motivos <strong>do</strong> fracasso,<br />

uma nova oportunidade para repetir as experiências, como o aluno que não consegue<br />

passar de ano, pois a justiça divina é educativa e regenera<strong>do</strong>ra.<br />

O que acontecerá conosco quan<strong>do</strong> retornarmos ao Mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Espíritos?<br />

Como estaremos? Onde estaremos? A Doutrina <strong>Espírita</strong>, na sua feição de consola<strong>do</strong>r<br />

2<br />

prometi<strong>do</strong> por Jesus, em mensagem ditada pelo Espírito Pascal orienta que o<br />

homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é da<strong>do</strong> levar deste<br />

mun<strong>do</strong>. Tu<strong>do</strong> o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as<br />

qualidades morais.<br />

A nossa situação na dimensão espiritual dependerá desses recursos. Estaremos<br />

lá com os mesmos pensamentos, sentimentos, virtudes e imperfeições que tínhamos<br />

enquanto encarna<strong>do</strong>s. A morte apenas nos transfere de dimensão, não muda o nosso<br />

esta<strong>do</strong> interior, que precisa ser trabalha<strong>do</strong> durante a encarnação.<br />

3<br />

São Vicente de Paulo oferece um roteiro seguro para que não venhamos a nos<br />

decepcionar depois: Sede bons e cari<strong>do</strong>sos: essa a chave <strong>do</strong>s céus, chave que<br />

tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:<br />

"Amai-vos uns aos outros." Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de la<strong>do</strong><br />

a horrenda chaga <strong>do</strong> egoísmo.<br />

Superar os vícios, <strong>do</strong>mar as más inclinações, resolver os conflitos, fazer o bem<br />

no limite das nossas possibilidades é tarefa necessária e urgente, pois não sabemos o<br />

momento da partida.<br />

1 - 1a<br />

2<br />

3<br />

ANO XIV - Nº 164<br />

H Á MUIT AS MOR AD AS NA CA SA DE MEU PA I<br />

KARDEC, Allan. O Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo . 112. ed. Rio [de Janeiro]:FEB, 1996. cap. III – item 2.<br />

ibidem. cap. XVI. item 9.<br />

ibidem cap. XIII. item 12.<br />

“MAS TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE.” Jesus (Mc 4,32)<br />

Cleto Brutes<br />

“A bondade também é força, é a mais<br />

poderosa e fecunda de todas, porque é força<br />

que constroi, é força que edifica. É com ela<br />

que removeremos os obstáculos e as pedras<br />

de tropeço <strong>do</strong> caminho da nossa evolução,<br />

na conquista de to<strong>do</strong>s os bens, na escalada às<br />

regiões luminosas onde a Vida é eterna, e o<br />

amor, sem restrições nem intermitências,<br />

reina em todas as almas.”<br />

Miséria moral<br />

Paixão <strong>do</strong>minante<br />

Filhos em expiação<br />

Parábola<br />

VINÍCIUS (Pedro de Camargo),<br />

na obra O <strong>Mestre</strong> na Educação.<br />

<strong>Confia</strong> e <strong>Caminha</strong><br />

A existência na Terra é comparável a<br />

uma viagem de aperfeiçoamento, na qual<br />

necessitas seguir adiante, ao la<strong>do</strong> de<br />

nossos companheiros da jornada<br />

evolutiva.<br />

Muitos te desconhecem, no entanto,<br />

Deus sabe quem és.<br />

Muitos te menosprezam, contu<strong>do</strong>,<br />

Deus não te aban<strong>do</strong>na.<br />

Muitos te hostilizam, mas Deus te<br />

apoia.<br />

Muitos te reprovam, em circunstâncias<br />

difíceis, no entanto, Deus te abençoa.<br />

Muitos se te afastam da presença,<br />

todavia, Deus permanece contigo.<br />

À vista de semelhante realidade,<br />

sempre que tropeços e provações te<br />

apareçam, não te acomodes, à beira da<br />

estrada, em algum recanto da inércia.<br />

<strong>Confia</strong> em Deus e caminha.<br />

XAVIER, Francisco Cândi<strong>do</strong>. Luz e Vida.<br />

Pelo Espírito Emmanuel. Editora GEEM.<br />

Nesta Edição<br />

“A CRENÇA NO ESPIRITISMO SÓ É PROVEITOSA PARA AQUELE DE QUEM SE PODE DIZER: HOJE ESTÁ MELHOR DO QUE ONTEM.”<br />

pág. 2<br />

pág. 3<br />

pág. 4<br />

pág. 4<br />

Allan Kardec


“FICO TRISTE QUANDO ALGUÉM ME OFENDE, MAS, COM CERTEZA, EU FICARIA MAIS TRISTE SE FOSSE EU O OFENSOR...”<br />

Uma nova oportunidade<br />

Juliana Guzzo<br />

Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes<br />

faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio<br />

independente da matéria? Há e que sobrevive ao corpo.<br />

a) Será esse princípio uma alma semelhante à <strong>do</strong> homem?<br />

É também uma alma, se quiserdes, dependen<strong>do</strong> isto <strong>do</strong> senti<strong>do</strong><br />

que se der a esta palavra. É, porém, inferior à <strong>do</strong> homem. Há<br />

entre a alma <strong>do</strong>s animais e a <strong>do</strong> homem distância<br />

equivalente à que medeia entre a alma <strong>do</strong> homem e Deus. (O<br />

Livro <strong>do</strong>s Espíritos, questão 597)<br />

P L A A A A F F F F F T T. . . P L A A A A F F F F F T T . . .<br />

PLAAAAFFFFFTT...<br />

- Aiee socorroo!! - gritou a formiguinha Quinze, corren<strong>do</strong><br />

em direção ao grupo de formigas. Para a ordem no formigueiro,<br />

todas as formigas eram conhecidas pela sua numeração.<br />

Ao ver o desespero da amiga, a Onze perguntou:<br />

- O que houve?<br />

- Quase fui esmagada! Um menino enorme veio corren<strong>do</strong> e<br />

por pouco não me pisoteou – respondeu a Quinze, sem fôlego.<br />

- Minha nossa! Foi por pouco então!?<br />

- Sim amiga... que susto! Mas em meio a essa situação,<br />

minha vida passou como se fosse um flash e dei-me conta de como<br />

somos frágeis. Imagine... por alguns milímetros ainda estou viva.<br />

- É mesmo, Quinze, em um instante estamos aqui vivas, mas<br />

em outro podemos não estar mais. Porém, eu sei de algo que pode<br />

acalmá-la...<br />

- O quê, Onze?<br />

- Ouvi falar que a vida continua, e que a morte não existe,<br />

depois desta vida continuamos a viver, porém de uma forma<br />

diferente. Somos princípios espirituais imortais e Deus, nosso Pai<br />

amoroso, nos criou, assim como toda a natureza, para evoluirmos.<br />

- É mesmo? - perguntou a Quinze, interessadíssima na<br />

novidade.<br />

- Sim, e ainda mais, depois que morremos, possuímos a<br />

oportunidade de retornar novamente, com um corpinho novinho<br />

em folha. Isso chama-se reencarnação.<br />

- Mas isso é muito legal!<br />

- Sim, essa nova oportunidade reflete o amor de Deus para<br />

conosco, e tem mais ainda...<br />

- Nossa! Fale Onze, fale! - disse a Quinze, não se<br />

aguentan<strong>do</strong> de curiosidade.<br />

- Podemos retornar como um outro bichinho.<br />

- É mesmo! Se isso for possível mesmo, eu quero retornar<br />

como um pássaro. Então não vou mais precisar ficar cuidan<strong>do</strong> os<br />

pés gigantes que vêm de cima, corren<strong>do</strong> o risco de ser esmagada.<br />

- Hahahaha! - riu a Onze - Pensan<strong>do</strong> assim faz senti<strong>do</strong> essa<br />

sua vontade, mas você correria outros tipos de risco, pois como<br />

nós, os pássaros também tem suas dificuldades, elas são diferentes,<br />

mas existem. O la<strong>do</strong> bom é que aprenderíamos muitas coisas<br />

novas, desafios diversos, vivencian<strong>do</strong> outra forma de existência...<br />

Mas eu gosto de ser formiguinha, somos trabalha<strong>do</strong>ras e<br />

organizadas, além de viver em grupo, assim não sentimos solidão.<br />

- Sim, tem vantagens também. – falou a Quinze,<br />

concordan<strong>do</strong> com sua amiga.<br />

E as duas formiguinhas passaram horas conversan<strong>do</strong> sobre a<br />

reencarnação, essa maravilhosa oportunidade de evolução.<br />

A falta extrema de algo, ocasionan<strong>do</strong> situação lamentável<br />

de necessidade e <strong>do</strong>r, é considerada miséria.<br />

Há a miséria material que escandaliza pelo contraste com<br />

os que têm a posse <strong>do</strong> necessário e aos corações sensíveis que,<br />

pela empatia, sentem o reflexo das aflições decorrentes dessa<br />

condição.<br />

Entretanto, há formas de miséria que nem sempre são<br />

percebidas com facilidade. Destacamos a miséria moral, em que<br />

a ação ética, solidária e humanizada não encontra espaço na<br />

alma <strong>do</strong>minada pelo egoísmo. Essa chaga moral, conforme nô-lo<br />

apontam os baluartes da Codificação na questão 913 de O Livro<br />

<strong>do</strong>s Espíritos, é a causa principal da miséria moral, que ainda<br />

ocupa tantos espaços no mun<strong>do</strong> atual.<br />

Somente com um esforço de atenção e de<br />

autoconhecimento poderemos, aos poucos, não deixar espaço<br />

para que este joio persista entre o trigo.<br />

Ainda que frágeis, devemos esforçar-nos pela conduta que<br />

espanca a treva interior. A luz que se irradia de um coração<br />

cari<strong>do</strong>so é rica e destaca-se no ambiente de sua abrangência.<br />

Trabalhemos pela erradicação da miséria material no<br />

mun<strong>do</strong>, mas não esqueçamo-nos de fazer o mesmo com a miséria<br />

moral. Para essa é necessário mais que o alimento, o agasalho e a<br />

infraestrutura básica, que garantam condições de vida com<br />

segurança e dignidade. É fundamental a benevolência, a<br />

indulgência e o perdão das ofensas, que não se dá, mas ao<br />

vivenciá-los, o espalhamo-nos naturalmente.<br />

Paz a to<strong>do</strong>s.<br />

Miséria moral<br />

Psicografa<strong>do</strong> no GESM em 23.03.2012.<br />

JULHO 2012<br />

Distribui<strong>do</strong> no Clube <strong>do</strong> Livro<br />

Chico Xavier<br />

Josué<br />

Jerônimo Men<strong>do</strong>nça<br />

Psicografia de Célia Xavier de Camargo<br />

Editora Petit<br />

Depois de viver durante anos preso a um<br />

leito de <strong>do</strong>r, Jerônimo Men<strong>do</strong>nça - um grande<br />

divulga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Espiritismo -, agora um habitante<br />

<strong>do</strong> Além, revela as causas <strong>do</strong>s males que tanto o<br />

afligiram. No Antigo Egito, Jerônimo foi Emil.<br />

Escraviza<strong>do</strong> e coloca<strong>do</strong> a serviço <strong>do</strong> faraó,<br />

trabalhou na construção de gigantesco<br />

monumento, quan<strong>do</strong> conheceu Najla, um anjo de<br />

bondade. De volta à espiritualidade, se perdeu<br />

novamente, envolvi<strong>do</strong> no ódio e na vingança...<br />

Arrependi<strong>do</strong>, reencarnou na condição de filho<br />

de Ciro II, o Impera<strong>do</strong>r da Pérsia.<br />

Conseguirá vencer o mal que ainda está vivo<br />

em seu coração? Descubra, neste romance empolgante, <strong>do</strong> que é capaz a<br />

maldade quan<strong>do</strong> se junta à ambição e o gigantesco esforço de uma alma para<br />

libertar-se dessas forças tenebrosas.<br />

www.amigoespirita.ning.com<br />

Chico Xavier


“A QUEIXA, A LAMENTAÇÃO, A AUTOPIEDADE SÃO LIXO MENTAL QUE DEVE SER ATIRADO FORA,<br />

ANTES QUE INTOXIQUE AQUELE QUE O CONSERVA COMO RESÍDUO DANOSO.”<br />

Paixão <strong>do</strong>minante<br />

Rogério Coelho<br />

To<strong>do</strong> e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma, não<br />

poderá desviá-la <strong>do</strong> mal<br />

“(...) Medram as licenciosidades <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ras, mas o cristão<br />

verdadeiro sabe que a sua segurança é Deus, seu melhor amigo é<br />

Cristo, seu roteiro de saúde é o Evangelho, sua definição é o Bem,<br />

sua meto<strong>do</strong>logia é a Caridade, sua salvação é o Amor.”<br />

Francisco de Monte Alverne<br />

m razão de nossos ancestrais atavismos, to<strong>do</strong>s temos<br />

interesses mais ou menos acentua<strong>do</strong>s e, sempre existe<br />

um foco de interesse maior que se constitui a nossa<br />

paixão <strong>do</strong>minante, se assim podemos nos expressar... Assim, é de<br />

bom alvitre averiguar onde concentramos nosso interesse maior,<br />

1<br />

vez que consoante lição <strong>do</strong> Meigo Rabi , “onde estiver o nosso<br />

tesouro, aí estará o nosso coração.”<br />

Aconselha-nos o <strong>Mestre</strong> a não amealharmos tesouros na<br />

Terra e sim no Céu, onde nem as traças nem a ferrugem<br />

consomem, e tampouco minam e roubam os ladrões.<br />

É necessário que nos eduquemos adequadamente para<br />

romper de vez com a herança que geramos para nós mesmos, esse<br />

pesa<strong>do</strong> far<strong>do</strong> <strong>do</strong>s equívocos que carregamos há milênios.<br />

Francisco de Monte Alverne com as palavras acima nos dá,<br />

em leves e atraentes bosquejos, a ideia de onde devemos situar o<br />

nosso coração a fim de conquistarmos a bagagem necessária para<br />

nossa viagem evolutiva. Mas, no ponto em que ainda nos<br />

encontramos nesta viagem, não é fácil situar-nos somente onde<br />

haverá ganhos espirituais, vez que os apelos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ainda soam<br />

muito fortes em nosso ancestral psiquismo.<br />

2<br />

São Luís oferece-nos subsídios para compreendermos<br />

essas dificuldades, explican<strong>do</strong> o seguinte: “O encarna<strong>do</strong>, em<br />

virtude da própria natureza, está numa luta incessante devi<strong>do</strong> aos<br />

elementos contrários de que se compõe e que devem conduzi-lo ao<br />

seu fim providencial, reagin<strong>do</strong> um sobre o outro.<br />

A matéria facilmente sofre o pre<strong>do</strong>mínio de um flui<strong>do</strong><br />

exterior; se a alma, com to<strong>do</strong> o poder moral de que é capaz, não<br />

reagir, deixar-se-á <strong>do</strong>minar pelo intermediário <strong>do</strong> seu corpo,<br />

seguin<strong>do</strong> o impulso das influências perversas que o rodeiam, e<br />

isso com facilidade tanto maior quanto os invisíveis, que a<br />

subjugavam, atacam de preferência os pontos mais vulneráveis,<br />

as tendências para a paixão <strong>do</strong>minante.”<br />

Estabelece-se então, um processo de monoideação que –<br />

inevitavelmente –desemboca no afligente estuário da obsessão.<br />

Daí segue-se a importância de que se revestem as palavras de Frei<br />

Francisco de Monte Alverne, indican<strong>do</strong>-nos com rara sagacidade<br />

o local onde devemos colocar o nosso coração.<br />

1<br />

Conclui S. Luís : “(...) No encarna<strong>do</strong> como no<br />

desencarna<strong>do</strong>, é sobre a alma, é sobre o sentimento que se faz<br />

necessário atuar. Toda ação material pode sustar<br />

momentaneamente os sofrimentos <strong>do</strong> homem vicioso, mas o que<br />

ela não pode é destruir o princípio mórbi<strong>do</strong> residente na alma.<br />

To<strong>do</strong> e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma, não poderá<br />

desviá-la <strong>do</strong> mal.”<br />

Quanto mais ce<strong>do</strong> enveredarmo-nos pelo roteiro de nossa<br />

iluminação, melhor...<br />

Uma vez desencarna<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> nenhuma cogitação de<br />

interesse material e de posição social prevalecem sobre nosso<br />

raciocínio, a visão <strong>do</strong> futuro se nos aclarará sem correr o risco de<br />

estacionarmos no âmbito <strong>do</strong>s “prazeres” mundanos.<br />

Segun<strong>do</strong> S. Luís, a independência da carne é que facilita a<br />

conversão, principalmente quan<strong>do</strong> se tem adquiri<strong>do</strong> tal ou qual<br />

desenvolvimento pelas provações cumpridas.<br />

Compete-nos, assim, raciocinar sobre a lógica <strong>do</strong>s<br />

ensinamentos de Jesus, alinhan<strong>do</strong> nossa marcha evolutiva<br />

segun<strong>do</strong> Seus abençoa<strong>do</strong>s parâmetros de luz, para que não<br />

venhamos sofrer mais tarde sob os aguilhões pedagógicos da <strong>do</strong>r.<br />

1<br />

Mt., 6:21.<br />

2<br />

KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 51.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003.<br />

segunda parte. cap. IV, item 8.<br />

Veja como receber, to<strong>do</strong> mês, em seu Lar ou na Instituição <strong>Espírita</strong>.<br />

Publica<strong>do</strong> pelo G. E. <strong>Seara</strong> <strong>do</strong> <strong>Mestre</strong><br />

www.seara<strong>do</strong>mestre.com.br<br />

Av. Getúlio Vargas, 1325 - Caixa Postal 21<br />

98801-570 - Santo Ângelo/RS<br />

Fone: (55) 3313-2553<br />

E-mail: searaespirita@seara<strong>do</strong>mestre.com.br<br />

Fone/ Fax:<br />

(55) 3312-5333 - Antonio Nascimento<br />

Julho 2012<br />

Jornalista: Itamar Luiz Stadtlober - Reg. 5.462-RS<br />

Celular: (55) 9961-2930 - Antonio Nascimento<br />

10.000 exemplares<br />

Impressão: Gráfica Venâncio Ayres - Fone (55) 3312-3002<br />

Para ASSINAR: Preencher, de forma legível, a ficha cadastral abaixo e enviá-la acompanhada de cópia <strong>do</strong> depósito<br />

(Banco <strong>do</strong> Brasil - Ag. 0138-4 - conta 10485-X) , cheque nominal ao G. E. <strong>Seara</strong> <strong>do</strong> <strong>Mestre</strong> ou solicite Boleto bancário.<br />

( ) CD-ROM conten<strong>do</strong> todas as edições <strong>do</strong> Nº 01 ao 164 - R$ 25,00<br />

( ) NOVA ( ) RENOVAÇÃO ( ) PRESENTE<br />

( ) CD com Músicas <strong>Espírita</strong>s “Na Busca da Essência” - R$ 25,00<br />

Livro: ( ) Universo Infantil - R$ 45,00<br />

( ) Boleto bancário na 1ª remessa,<br />

com acréscimo de R$ 2,50. ( ) Clube <strong>do</strong> Livro - Mensal R$ 22,00 ( ) Trimestre R$ 60,00 ( ) Semestre R$ 110,00<br />

To<strong>do</strong>s os valores já incluem o envio<br />

CPF / CNPJ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ex./mês: . . . . . . . R$: . . . . . . . . . . . . . . .<br />

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End.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

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E-mail: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />

Responsável: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fone: . . . . . . . . . . . . . . .<br />

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A primeira remessa deverá chegar em até 6 (seis) semanas;<br />

não receben<strong>do</strong> após esse perío<strong>do</strong>, contate-nos.<br />

Manoel P. de Miranda,<br />

no livro Loucura e Obsessão<br />

Recorte ou faça uma cópia, preencha e envie.<br />

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Valores váli<strong>do</strong>s para envio<br />

a um mesmo endereço.<br />

Nº EXEMPLARES / PERÍODO / CUSTO<br />

Ex. 01 ANO 02 ANOS 03 ANOS<br />

01 R$ 15,00 R$ 27,00 R$ 36,00<br />

04 R$ 25,00 R$ 45,00 R$ 60,00<br />

08 R$ 35,00 R$ 60,00 R$ 80,00<br />

12 R$ 40,00 R$ 70,00 R$ 90,00<br />

16 R$ 45,00 R$ 80,00 R$ 105,00<br />

20 R$ 50,00 R$ 90,00 R$ 120,00<br />

30 R$ 65,00 R$ 120,00 R$ 165,00<br />

40 R$ 80,00 R$ 150,00 R$ 210,00<br />

Ex. 6 MESES 01 ANO 02 ANOS<br />

50 R$ 50,00 R$ 90,00 R$ 170,00<br />

60 R$ 60,00 R$ 105,00 R$ 190,00<br />

80 R$ 70,00 R$ 130,00 R$ 250,00<br />

100 R$ 95,00 R$ 180,00 R$ 340,00<br />

160 R$ 120,00 R$ 230,00 R$ 440,00<br />

Outras quantidades: consulte-nos<br />

Exterior: 01 Ex/mês R$ 40,00 anual


“DE TODOS OS INSTITUTOS SOCIAIS EXISTENTES NA TERRA, A FAMÍLIA É O MAIS IMPORTANTE,<br />

DO PONTO DE VISTA DOS ALICERCES MORAIS QUE REGEM A VIDA.”<br />

Filhos em expiação<br />

Luis Roberto Scholl<br />

1<br />

Na excelente obra Minha família, o mun<strong>do</strong> e eu , o<br />

Espírito Camilo remete-nos a profundas reflexões sobre a<br />

problemática familiar na sociedade contemporânea,<br />

auxilian<strong>do</strong>-nos a encontrar as respostas e as soluções às<br />

nossas dificuldades. No capítulo 8, aborda o tema filhos em<br />

expiação,<br />

situações que provocam extrema aflição às mães<br />

e aos pais.<br />

É natural que to<strong>do</strong>s os pais desejam que seus filhos<br />

nasçam com saúde física e mental, não enfrentem grandes<br />

sofrimentos e que sejam criaturas voltadas ao bem. Mas,<br />

muitas vezes, vêem seus filhos nascerem marca<strong>do</strong>s com<br />

duras deficiências físicas; outros, perfeitos fisicamente,<br />

mas porta<strong>do</strong>res de distúrbios psicológicos, <strong>do</strong>enças<br />

psiquiátricas, dificuldades intelectuais, problemas morais<br />

graves. Alguns sofrem mutilações por enfermidades ou<br />

acidentes durante a reencarnação, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus<br />

genitores coragem além <strong>do</strong> imagina<strong>do</strong>. Há os que, não<br />

apresentam nenhuma problemática destas, mas<br />

dificuldades na vida social, conjugal, ou história estudantil<br />

e profissional que, apesar <strong>do</strong> esforço, permanecem<br />

medíocres e sem perspectivas. Muitos destes rebentos, não<br />

conseguin<strong>do</strong> enfrentar as situações com galhardia, buscam<br />

refúgio nas drogas, nos vícios, nas fugas psicológicas,<br />

agravan<strong>do</strong> ainda mais as circunstâncias.<br />

Muitos pais, se pudessem, assumiriam o sofrimento<br />

suporta<strong>do</strong> pelos filhos, poupan<strong>do</strong>-os <strong>do</strong> calvário em que se<br />

encontram. No entanto, o entendimento <strong>do</strong> ensinamento de<br />

Jesus: a cada um segun<strong>do</strong> as suas obras,<br />

esclareci<strong>do</strong> pela<br />

Doutrina <strong>Espírita</strong> através da lei de causa e efeito e da<br />

reencarnação,<br />

possibilita-nos a compreensão de que não<br />

há injustiça nas situações da vida e os débitos adquiri<strong>do</strong>s<br />

somente poderão ser quita<strong>do</strong>s pela ação <strong>do</strong> próprio deve<strong>do</strong>r.<br />

Por mais que amem seus filhos, nenhum pai,<br />

nenhuma mãe será capaz de impedir que atravessem as<br />

suas próprias quadras de testemunhos, que sofram sua<br />

2<br />

próprias <strong>do</strong>res ou que chorem suas próprias lágrimas .<br />

Conscientes <strong>do</strong> papel relevante junto aos seus<br />

filhos - inclusive, muitas vezes comprometi<strong>do</strong>s junto a eles<br />

nesta ou em outra reencarnação com os débitos adquiri<strong>do</strong>s<br />

por estes - os pais assumem uma função primordial de<br />

serem o esteio moral, companheiros e benfeitores,<br />

realizan<strong>do</strong> o que esteja ao seu alcance no socorro<br />

necessário, confian<strong>do</strong> na Providência Divina e não<br />

assumin<strong>do</strong> encargos que não são seus.<br />

Conquistar e ensinar o sentimento de resignação, de<br />

coragem, de ânimo, de confiança em Deus, jamais se<br />

permitin<strong>do</strong> cair na via <strong>do</strong>s queixumes e das revoltas,<br />

alegran<strong>do</strong>-se com as vitórias, choran<strong>do</strong> junto nos<br />

momentos ásperos e difíceis - assim deve ser o<br />

procedimento <strong>do</strong>s pais cujos filhos passam por momentos<br />

de duros testemunhos e árdua jornada, compreenden<strong>do</strong> que<br />

a verdadeira vitória não é a <strong>do</strong>s aplausos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, mas a<br />

da grande conquista interior da paciência, <strong>do</strong> entendimento<br />

e <strong>do</strong> amor.<br />

1e2<br />

TEIXEIRA, Raul. Minha família, o mun<strong>do</strong> e eu. Pelo Espírito<br />

Camilo. Niterói, RJ: FRATER, 2011. cap. 8. p. 79.<br />

Parábola<br />

Conheça uma Instituição <strong>Espírita</strong>. Você é bem-vin<strong>do</strong>!<br />

Construamos a paz, divulgan<strong>do</strong> o bem! Ao terminar de ler este periódico, APRESENTE-0/ofereça-o a outra pessoa.<br />

Emmanuel<br />

Em 1962, Dival<strong>do</strong> passou por uma grande provação, fican<strong>do</strong> vários dias<br />

sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante<br />

<strong>do</strong>r de cabeça. Numa ocasião, não suportan<strong>do</strong> mais, quan<strong>do</strong> Joanna lhe<br />

apareceu, ele lhe falou:<br />

- Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passan<strong>do</strong> por um grande<br />

problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?<br />

- Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma<br />

injustiça, não tem valor, Dival<strong>do</strong>. Tu és quem está dan<strong>do</strong> valor e quem dá valor à<br />

mentira, deve sofrer o efeito da mentira. Porque, se tu sabes que não é verdade,<br />

por que estás sofren<strong>do</strong>? Eu não já escrevi por tuas mãos: "Não valorizes o mal"?<br />

Não tenho outro conselho a dar-te.<br />

- Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral,<br />

porque eu não tenho a quem pedir.<br />

Então, ela falou:<br />

- Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.<br />

E contou-lhe a seguinte parábola:<br />

- Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num<br />

bosque. Um dia, alguém por ali passan<strong>do</strong>, com sede, atirou um balde e retirou<br />

água, sorven<strong>do</strong>-a em seguida e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para<br />

consigo:<br />

- Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma<br />

água preciosa!<br />

E orou a Deus:<br />

- Ajuda-me a dessedentar!<br />

Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais<br />

começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.<br />

A fonte propôs:<br />

- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me<br />

levasse além <strong>do</strong>s meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a<br />

céu aberto.<br />

Veio então a chuva, ela transbor<strong>do</strong>u e tornou-se um córrego. Animais, aves,<br />

homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.<br />

A fonte falou:<br />

- Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar!<br />

E Deus fez chover abundantemente, informan<strong>do</strong>:<br />

- Segue, porque a fatalidade <strong>do</strong>s córregos e <strong>do</strong>s rios é alcançar o delta e<br />

atingir o mar. Vai!<br />

E o riacho tornou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva <strong>do</strong><br />

caminho, havia um toro de madeira. O rio encontrou o seu primeiro impedimento.<br />

Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira<br />

cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.<br />

Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras<br />

inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as<br />

transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?<br />

- Mais ou menos.<br />

- To<strong>do</strong>s nós somos fontes de Deus - disse ela. - E como alguém um dia<br />

bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é<br />

amor, atendeu-te. Quiseste atender aos sedentos, e Deus te man<strong>do</strong>u os Amigos<br />

Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a<br />

Sua misericórdia te impelisse na direção <strong>do</strong> oceano. Estavas feliz. Agora, que<br />

surgem empecilhos, por que reclamas? Não te permitas queixas. Se surge um<br />

impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade<br />

é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina. Nunca mais<br />

lamentes a respeito de nada.<br />

Parábola contada pelo Espírito Joanna de Ângelis a Dival<strong>do</strong> Franco.

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