Confia e Caminha - Grupo Espírita Seara do Mestre
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1<br />
Evangelho esclarece que a casa <strong>do</strong> Pai é o Universo. E as diferentes<br />
moradas são os mun<strong>do</strong>s que circulam no espaço infinito e oferecem, aos<br />
Espíritos que neles encarnam, moradas correspondentes ao<br />
adiantamento <strong>do</strong>s mesmos Espíritos.<br />
No entanto, as palavras de Jesus, dirigidas aos seus discípulos num momento<br />
de despedida <strong>do</strong> plano físico, também podem representar a situação <strong>do</strong> Espírito no<br />
mun<strong>do</strong> espiritual. Feliz ou infeliz conforme as suas conquistas no plano evolutivo. A<br />
depender <strong>do</strong> seu apego <strong>do</strong>s laços materiais, variarão ao infinito o meio em que ele<br />
se encontre, o aspecto das coisas, as sensações que experimente, as percepções<br />
que tenha. Enquanto uns não se podem afastar da esfera onde viveram, outros<br />
1a<br />
se elevam e percorrem o espaço e os mun<strong>do</strong>s .<br />
Assim, sob esse prisma pode-se afirmar que há muitas moradas, embora<br />
não circunscritas, nem localizadas. Cada Espírito, independente <strong>do</strong> local que se<br />
situar, estará vivencian<strong>do</strong> um esta<strong>do</strong> de alma de acor<strong>do</strong> com os recursos espirituais<br />
que possuir.<br />
Os bons serão conduzi<strong>do</strong>s para as esferas mais elevadas e lá receberão o<br />
salário <strong>do</strong>s justos. Não ficarão na contemplação eterna, pelo contrário, seguirão,<br />
conforme suas virtudes e conhecimentos, servin<strong>do</strong> à humanidade a que estão<br />
vincula<strong>do</strong>s, nisso consiste a felicidade <strong>do</strong>s seres eleva<strong>do</strong>s.<br />
Os que falharam no cumprimento <strong>do</strong>s seus deveres, responderão pela<br />
oportunidade perdida. Aguardarão, enquanto refletem sobre os motivos <strong>do</strong> fracasso,<br />
uma nova oportunidade para repetir as experiências, como o aluno que não consegue<br />
passar de ano, pois a justiça divina é educativa e regenera<strong>do</strong>ra.<br />
O que acontecerá conosco quan<strong>do</strong> retornarmos ao Mun<strong>do</strong> <strong>do</strong>s Espíritos?<br />
Como estaremos? Onde estaremos? A Doutrina <strong>Espírita</strong>, na sua feição de consola<strong>do</strong>r<br />
2<br />
prometi<strong>do</strong> por Jesus, em mensagem ditada pelo Espírito Pascal orienta que o<br />
homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é da<strong>do</strong> levar deste<br />
mun<strong>do</strong>. Tu<strong>do</strong> o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as<br />
qualidades morais.<br />
A nossa situação na dimensão espiritual dependerá desses recursos. Estaremos<br />
lá com os mesmos pensamentos, sentimentos, virtudes e imperfeições que tínhamos<br />
enquanto encarna<strong>do</strong>s. A morte apenas nos transfere de dimensão, não muda o nosso<br />
esta<strong>do</strong> interior, que precisa ser trabalha<strong>do</strong> durante a encarnação.<br />
3<br />
São Vicente de Paulo oferece um roteiro seguro para que não venhamos a nos<br />
decepcionar depois: Sede bons e cari<strong>do</strong>sos: essa a chave <strong>do</strong>s céus, chave que<br />
tendes em vossas mãos. Toda a eterna felicidade se contém neste preceito:<br />
"Amai-vos uns aos outros." Sede bons, amparai os vossos irmãos, deixai de la<strong>do</strong><br />
a horrenda chaga <strong>do</strong> egoísmo.<br />
Superar os vícios, <strong>do</strong>mar as más inclinações, resolver os conflitos, fazer o bem<br />
no limite das nossas possibilidades é tarefa necessária e urgente, pois não sabemos o<br />
momento da partida.<br />
1 - 1a<br />
2<br />
3<br />
ANO XIV - Nº 164<br />
H Á MUIT AS MOR AD AS NA CA SA DE MEU PA I<br />
KARDEC, Allan. O Evangelho segun<strong>do</strong> o Espiritismo . 112. ed. Rio [de Janeiro]:FEB, 1996. cap. III – item 2.<br />
ibidem. cap. XVI. item 9.<br />
ibidem cap. XIII. item 12.<br />
“MAS TENDO SIDO SEMEADO, CRESCE.” Jesus (Mc 4,32)<br />
Cleto Brutes<br />
“A bondade também é força, é a mais<br />
poderosa e fecunda de todas, porque é força<br />
que constroi, é força que edifica. É com ela<br />
que removeremos os obstáculos e as pedras<br />
de tropeço <strong>do</strong> caminho da nossa evolução,<br />
na conquista de to<strong>do</strong>s os bens, na escalada às<br />
regiões luminosas onde a Vida é eterna, e o<br />
amor, sem restrições nem intermitências,<br />
reina em todas as almas.”<br />
Miséria moral<br />
Paixão <strong>do</strong>minante<br />
Filhos em expiação<br />
Parábola<br />
VINÍCIUS (Pedro de Camargo),<br />
na obra O <strong>Mestre</strong> na Educação.<br />
<strong>Confia</strong> e <strong>Caminha</strong><br />
A existência na Terra é comparável a<br />
uma viagem de aperfeiçoamento, na qual<br />
necessitas seguir adiante, ao la<strong>do</strong> de<br />
nossos companheiros da jornada<br />
evolutiva.<br />
Muitos te desconhecem, no entanto,<br />
Deus sabe quem és.<br />
Muitos te menosprezam, contu<strong>do</strong>,<br />
Deus não te aban<strong>do</strong>na.<br />
Muitos te hostilizam, mas Deus te<br />
apoia.<br />
Muitos te reprovam, em circunstâncias<br />
difíceis, no entanto, Deus te abençoa.<br />
Muitos se te afastam da presença,<br />
todavia, Deus permanece contigo.<br />
À vista de semelhante realidade,<br />
sempre que tropeços e provações te<br />
apareçam, não te acomodes, à beira da<br />
estrada, em algum recanto da inércia.<br />
<strong>Confia</strong> em Deus e caminha.<br />
XAVIER, Francisco Cândi<strong>do</strong>. Luz e Vida.<br />
Pelo Espírito Emmanuel. Editora GEEM.<br />
Nesta Edição<br />
“A CRENÇA NO ESPIRITISMO SÓ É PROVEITOSA PARA AQUELE DE QUEM SE PODE DIZER: HOJE ESTÁ MELHOR DO QUE ONTEM.”<br />
pág. 2<br />
pág. 3<br />
pág. 4<br />
pág. 4<br />
Allan Kardec
“FICO TRISTE QUANDO ALGUÉM ME OFENDE, MAS, COM CERTEZA, EU FICARIA MAIS TRISTE SE FOSSE EU O OFENSOR...”<br />
Uma nova oportunidade<br />
Juliana Guzzo<br />
Pois que os animais possuem uma inteligência que lhes<br />
faculta certa liberdade de ação, haverá neles algum princípio<br />
independente da matéria? Há e que sobrevive ao corpo.<br />
a) Será esse princípio uma alma semelhante à <strong>do</strong> homem?<br />
É também uma alma, se quiserdes, dependen<strong>do</strong> isto <strong>do</strong> senti<strong>do</strong><br />
que se der a esta palavra. É, porém, inferior à <strong>do</strong> homem. Há<br />
entre a alma <strong>do</strong>s animais e a <strong>do</strong> homem distância<br />
equivalente à que medeia entre a alma <strong>do</strong> homem e Deus. (O<br />
Livro <strong>do</strong>s Espíritos, questão 597)<br />
P L A A A A F F F F F T T. . . P L A A A A F F F F F T T . . .<br />
PLAAAAFFFFFTT...<br />
- Aiee socorroo!! - gritou a formiguinha Quinze, corren<strong>do</strong><br />
em direção ao grupo de formigas. Para a ordem no formigueiro,<br />
todas as formigas eram conhecidas pela sua numeração.<br />
Ao ver o desespero da amiga, a Onze perguntou:<br />
- O que houve?<br />
- Quase fui esmagada! Um menino enorme veio corren<strong>do</strong> e<br />
por pouco não me pisoteou – respondeu a Quinze, sem fôlego.<br />
- Minha nossa! Foi por pouco então!?<br />
- Sim amiga... que susto! Mas em meio a essa situação,<br />
minha vida passou como se fosse um flash e dei-me conta de como<br />
somos frágeis. Imagine... por alguns milímetros ainda estou viva.<br />
- É mesmo, Quinze, em um instante estamos aqui vivas, mas<br />
em outro podemos não estar mais. Porém, eu sei de algo que pode<br />
acalmá-la...<br />
- O quê, Onze?<br />
- Ouvi falar que a vida continua, e que a morte não existe,<br />
depois desta vida continuamos a viver, porém de uma forma<br />
diferente. Somos princípios espirituais imortais e Deus, nosso Pai<br />
amoroso, nos criou, assim como toda a natureza, para evoluirmos.<br />
- É mesmo? - perguntou a Quinze, interessadíssima na<br />
novidade.<br />
- Sim, e ainda mais, depois que morremos, possuímos a<br />
oportunidade de retornar novamente, com um corpinho novinho<br />
em folha. Isso chama-se reencarnação.<br />
- Mas isso é muito legal!<br />
- Sim, essa nova oportunidade reflete o amor de Deus para<br />
conosco, e tem mais ainda...<br />
- Nossa! Fale Onze, fale! - disse a Quinze, não se<br />
aguentan<strong>do</strong> de curiosidade.<br />
- Podemos retornar como um outro bichinho.<br />
- É mesmo! Se isso for possível mesmo, eu quero retornar<br />
como um pássaro. Então não vou mais precisar ficar cuidan<strong>do</strong> os<br />
pés gigantes que vêm de cima, corren<strong>do</strong> o risco de ser esmagada.<br />
- Hahahaha! - riu a Onze - Pensan<strong>do</strong> assim faz senti<strong>do</strong> essa<br />
sua vontade, mas você correria outros tipos de risco, pois como<br />
nós, os pássaros também tem suas dificuldades, elas são diferentes,<br />
mas existem. O la<strong>do</strong> bom é que aprenderíamos muitas coisas<br />
novas, desafios diversos, vivencian<strong>do</strong> outra forma de existência...<br />
Mas eu gosto de ser formiguinha, somos trabalha<strong>do</strong>ras e<br />
organizadas, além de viver em grupo, assim não sentimos solidão.<br />
- Sim, tem vantagens também. – falou a Quinze,<br />
concordan<strong>do</strong> com sua amiga.<br />
E as duas formiguinhas passaram horas conversan<strong>do</strong> sobre a<br />
reencarnação, essa maravilhosa oportunidade de evolução.<br />
A falta extrema de algo, ocasionan<strong>do</strong> situação lamentável<br />
de necessidade e <strong>do</strong>r, é considerada miséria.<br />
Há a miséria material que escandaliza pelo contraste com<br />
os que têm a posse <strong>do</strong> necessário e aos corações sensíveis que,<br />
pela empatia, sentem o reflexo das aflições decorrentes dessa<br />
condição.<br />
Entretanto, há formas de miséria que nem sempre são<br />
percebidas com facilidade. Destacamos a miséria moral, em que<br />
a ação ética, solidária e humanizada não encontra espaço na<br />
alma <strong>do</strong>minada pelo egoísmo. Essa chaga moral, conforme nô-lo<br />
apontam os baluartes da Codificação na questão 913 de O Livro<br />
<strong>do</strong>s Espíritos, é a causa principal da miséria moral, que ainda<br />
ocupa tantos espaços no mun<strong>do</strong> atual.<br />
Somente com um esforço de atenção e de<br />
autoconhecimento poderemos, aos poucos, não deixar espaço<br />
para que este joio persista entre o trigo.<br />
Ainda que frágeis, devemos esforçar-nos pela conduta que<br />
espanca a treva interior. A luz que se irradia de um coração<br />
cari<strong>do</strong>so é rica e destaca-se no ambiente de sua abrangência.<br />
Trabalhemos pela erradicação da miséria material no<br />
mun<strong>do</strong>, mas não esqueçamo-nos de fazer o mesmo com a miséria<br />
moral. Para essa é necessário mais que o alimento, o agasalho e a<br />
infraestrutura básica, que garantam condições de vida com<br />
segurança e dignidade. É fundamental a benevolência, a<br />
indulgência e o perdão das ofensas, que não se dá, mas ao<br />
vivenciá-los, o espalhamo-nos naturalmente.<br />
Paz a to<strong>do</strong>s.<br />
Miséria moral<br />
Psicografa<strong>do</strong> no GESM em 23.03.2012.<br />
JULHO 2012<br />
Distribui<strong>do</strong> no Clube <strong>do</strong> Livro<br />
Chico Xavier<br />
Josué<br />
Jerônimo Men<strong>do</strong>nça<br />
Psicografia de Célia Xavier de Camargo<br />
Editora Petit<br />
Depois de viver durante anos preso a um<br />
leito de <strong>do</strong>r, Jerônimo Men<strong>do</strong>nça - um grande<br />
divulga<strong>do</strong>r <strong>do</strong> Espiritismo -, agora um habitante<br />
<strong>do</strong> Além, revela as causas <strong>do</strong>s males que tanto o<br />
afligiram. No Antigo Egito, Jerônimo foi Emil.<br />
Escraviza<strong>do</strong> e coloca<strong>do</strong> a serviço <strong>do</strong> faraó,<br />
trabalhou na construção de gigantesco<br />
monumento, quan<strong>do</strong> conheceu Najla, um anjo de<br />
bondade. De volta à espiritualidade, se perdeu<br />
novamente, envolvi<strong>do</strong> no ódio e na vingança...<br />
Arrependi<strong>do</strong>, reencarnou na condição de filho<br />
de Ciro II, o Impera<strong>do</strong>r da Pérsia.<br />
Conseguirá vencer o mal que ainda está vivo<br />
em seu coração? Descubra, neste romance empolgante, <strong>do</strong> que é capaz a<br />
maldade quan<strong>do</strong> se junta à ambição e o gigantesco esforço de uma alma para<br />
libertar-se dessas forças tenebrosas.<br />
www.amigoespirita.ning.com<br />
Chico Xavier
“A QUEIXA, A LAMENTAÇÃO, A AUTOPIEDADE SÃO LIXO MENTAL QUE DEVE SER ATIRADO FORA,<br />
ANTES QUE INTOXIQUE AQUELE QUE O CONSERVA COMO RESÍDUO DANOSO.”<br />
Paixão <strong>do</strong>minante<br />
Rogério Coelho<br />
To<strong>do</strong> e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma, não<br />
poderá desviá-la <strong>do</strong> mal<br />
“(...) Medram as licenciosidades <strong>do</strong>mina<strong>do</strong>ras, mas o cristão<br />
verdadeiro sabe que a sua segurança é Deus, seu melhor amigo é<br />
Cristo, seu roteiro de saúde é o Evangelho, sua definição é o Bem,<br />
sua meto<strong>do</strong>logia é a Caridade, sua salvação é o Amor.”<br />
Francisco de Monte Alverne<br />
m razão de nossos ancestrais atavismos, to<strong>do</strong>s temos<br />
interesses mais ou menos acentua<strong>do</strong>s e, sempre existe<br />
um foco de interesse maior que se constitui a nossa<br />
paixão <strong>do</strong>minante, se assim podemos nos expressar... Assim, é de<br />
bom alvitre averiguar onde concentramos nosso interesse maior,<br />
1<br />
vez que consoante lição <strong>do</strong> Meigo Rabi , “onde estiver o nosso<br />
tesouro, aí estará o nosso coração.”<br />
Aconselha-nos o <strong>Mestre</strong> a não amealharmos tesouros na<br />
Terra e sim no Céu, onde nem as traças nem a ferrugem<br />
consomem, e tampouco minam e roubam os ladrões.<br />
É necessário que nos eduquemos adequadamente para<br />
romper de vez com a herança que geramos para nós mesmos, esse<br />
pesa<strong>do</strong> far<strong>do</strong> <strong>do</strong>s equívocos que carregamos há milênios.<br />
Francisco de Monte Alverne com as palavras acima nos dá,<br />
em leves e atraentes bosquejos, a ideia de onde devemos situar o<br />
nosso coração a fim de conquistarmos a bagagem necessária para<br />
nossa viagem evolutiva. Mas, no ponto em que ainda nos<br />
encontramos nesta viagem, não é fácil situar-nos somente onde<br />
haverá ganhos espirituais, vez que os apelos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong> ainda soam<br />
muito fortes em nosso ancestral psiquismo.<br />
2<br />
São Luís oferece-nos subsídios para compreendermos<br />
essas dificuldades, explican<strong>do</strong> o seguinte: “O encarna<strong>do</strong>, em<br />
virtude da própria natureza, está numa luta incessante devi<strong>do</strong> aos<br />
elementos contrários de que se compõe e que devem conduzi-lo ao<br />
seu fim providencial, reagin<strong>do</strong> um sobre o outro.<br />
A matéria facilmente sofre o pre<strong>do</strong>mínio de um flui<strong>do</strong><br />
exterior; se a alma, com to<strong>do</strong> o poder moral de que é capaz, não<br />
reagir, deixar-se-á <strong>do</strong>minar pelo intermediário <strong>do</strong> seu corpo,<br />
seguin<strong>do</strong> o impulso das influências perversas que o rodeiam, e<br />
isso com facilidade tanto maior quanto os invisíveis, que a<br />
subjugavam, atacam de preferência os pontos mais vulneráveis,<br />
as tendências para a paixão <strong>do</strong>minante.”<br />
Estabelece-se então, um processo de monoideação que –<br />
inevitavelmente –desemboca no afligente estuário da obsessão.<br />
Daí segue-se a importância de que se revestem as palavras de Frei<br />
Francisco de Monte Alverne, indican<strong>do</strong>-nos com rara sagacidade<br />
o local onde devemos colocar o nosso coração.<br />
1<br />
Conclui S. Luís : “(...) No encarna<strong>do</strong> como no<br />
desencarna<strong>do</strong>, é sobre a alma, é sobre o sentimento que se faz<br />
necessário atuar. Toda ação material pode sustar<br />
momentaneamente os sofrimentos <strong>do</strong> homem vicioso, mas o que<br />
ela não pode é destruir o princípio mórbi<strong>do</strong> residente na alma.<br />
To<strong>do</strong> e qualquer ato que não vise aperfeiçoar a alma, não poderá<br />
desviá-la <strong>do</strong> mal.”<br />
Quanto mais ce<strong>do</strong> enveredarmo-nos pelo roteiro de nossa<br />
iluminação, melhor...<br />
Uma vez desencarna<strong>do</strong>s, quan<strong>do</strong> nenhuma cogitação de<br />
interesse material e de posição social prevalecem sobre nosso<br />
raciocínio, a visão <strong>do</strong> futuro se nos aclarará sem correr o risco de<br />
estacionarmos no âmbito <strong>do</strong>s “prazeres” mundanos.<br />
Segun<strong>do</strong> S. Luís, a independência da carne é que facilita a<br />
conversão, principalmente quan<strong>do</strong> se tem adquiri<strong>do</strong> tal ou qual<br />
desenvolvimento pelas provações cumpridas.<br />
Compete-nos, assim, raciocinar sobre a lógica <strong>do</strong>s<br />
ensinamentos de Jesus, alinhan<strong>do</strong> nossa marcha evolutiva<br />
segun<strong>do</strong> Seus abençoa<strong>do</strong>s parâmetros de luz, para que não<br />
venhamos sofrer mais tarde sob os aguilhões pedagógicos da <strong>do</strong>r.<br />
1<br />
Mt., 6:21.<br />
2<br />
KARDEC, Allan. O Céu e o Inferno. 51.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003.<br />
segunda parte. cap. IV, item 8.<br />
Veja como receber, to<strong>do</strong> mês, em seu Lar ou na Instituição <strong>Espírita</strong>.<br />
Publica<strong>do</strong> pelo G. E. <strong>Seara</strong> <strong>do</strong> <strong>Mestre</strong><br />
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(55) 3312-5333 - Antonio Nascimento<br />
Julho 2012<br />
Jornalista: Itamar Luiz Stadtlober - Reg. 5.462-RS<br />
Celular: (55) 9961-2930 - Antonio Nascimento<br />
10.000 exemplares<br />
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Livro: ( ) Universo Infantil - R$ 45,00<br />
( ) Boleto bancário na 1ª remessa,<br />
com acréscimo de R$ 2,50. ( ) Clube <strong>do</strong> Livro - Mensal R$ 22,00 ( ) Trimestre R$ 60,00 ( ) Semestre R$ 110,00<br />
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End.: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />
Fone:. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . C. Postal: . . . . . . . CEP: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .<br />
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Responsável: . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Fone: . . . . . . . . . . . . . . .<br />
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não receben<strong>do</strong> após esse perío<strong>do</strong>, contate-nos.<br />
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no livro Loucura e Obsessão<br />
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50 R$ 50,00 R$ 90,00 R$ 170,00<br />
60 R$ 60,00 R$ 105,00 R$ 190,00<br />
80 R$ 70,00 R$ 130,00 R$ 250,00<br />
100 R$ 95,00 R$ 180,00 R$ 340,00<br />
160 R$ 120,00 R$ 230,00 R$ 440,00<br />
Outras quantidades: consulte-nos<br />
Exterior: 01 Ex/mês R$ 40,00 anual
“DE TODOS OS INSTITUTOS SOCIAIS EXISTENTES NA TERRA, A FAMÍLIA É O MAIS IMPORTANTE,<br />
DO PONTO DE VISTA DOS ALICERCES MORAIS QUE REGEM A VIDA.”<br />
Filhos em expiação<br />
Luis Roberto Scholl<br />
1<br />
Na excelente obra Minha família, o mun<strong>do</strong> e eu , o<br />
Espírito Camilo remete-nos a profundas reflexões sobre a<br />
problemática familiar na sociedade contemporânea,<br />
auxilian<strong>do</strong>-nos a encontrar as respostas e as soluções às<br />
nossas dificuldades. No capítulo 8, aborda o tema filhos em<br />
expiação,<br />
situações que provocam extrema aflição às mães<br />
e aos pais.<br />
É natural que to<strong>do</strong>s os pais desejam que seus filhos<br />
nasçam com saúde física e mental, não enfrentem grandes<br />
sofrimentos e que sejam criaturas voltadas ao bem. Mas,<br />
muitas vezes, vêem seus filhos nascerem marca<strong>do</strong>s com<br />
duras deficiências físicas; outros, perfeitos fisicamente,<br />
mas porta<strong>do</strong>res de distúrbios psicológicos, <strong>do</strong>enças<br />
psiquiátricas, dificuldades intelectuais, problemas morais<br />
graves. Alguns sofrem mutilações por enfermidades ou<br />
acidentes durante a reencarnação, exigin<strong>do</strong> <strong>do</strong>s seus<br />
genitores coragem além <strong>do</strong> imagina<strong>do</strong>. Há os que, não<br />
apresentam nenhuma problemática destas, mas<br />
dificuldades na vida social, conjugal, ou história estudantil<br />
e profissional que, apesar <strong>do</strong> esforço, permanecem<br />
medíocres e sem perspectivas. Muitos destes rebentos, não<br />
conseguin<strong>do</strong> enfrentar as situações com galhardia, buscam<br />
refúgio nas drogas, nos vícios, nas fugas psicológicas,<br />
agravan<strong>do</strong> ainda mais as circunstâncias.<br />
Muitos pais, se pudessem, assumiriam o sofrimento<br />
suporta<strong>do</strong> pelos filhos, poupan<strong>do</strong>-os <strong>do</strong> calvário em que se<br />
encontram. No entanto, o entendimento <strong>do</strong> ensinamento de<br />
Jesus: a cada um segun<strong>do</strong> as suas obras,<br />
esclareci<strong>do</strong> pela<br />
Doutrina <strong>Espírita</strong> através da lei de causa e efeito e da<br />
reencarnação,<br />
possibilita-nos a compreensão de que não<br />
há injustiça nas situações da vida e os débitos adquiri<strong>do</strong>s<br />
somente poderão ser quita<strong>do</strong>s pela ação <strong>do</strong> próprio deve<strong>do</strong>r.<br />
Por mais que amem seus filhos, nenhum pai,<br />
nenhuma mãe será capaz de impedir que atravessem as<br />
suas próprias quadras de testemunhos, que sofram sua<br />
2<br />
próprias <strong>do</strong>res ou que chorem suas próprias lágrimas .<br />
Conscientes <strong>do</strong> papel relevante junto aos seus<br />
filhos - inclusive, muitas vezes comprometi<strong>do</strong>s junto a eles<br />
nesta ou em outra reencarnação com os débitos adquiri<strong>do</strong>s<br />
por estes - os pais assumem uma função primordial de<br />
serem o esteio moral, companheiros e benfeitores,<br />
realizan<strong>do</strong> o que esteja ao seu alcance no socorro<br />
necessário, confian<strong>do</strong> na Providência Divina e não<br />
assumin<strong>do</strong> encargos que não são seus.<br />
Conquistar e ensinar o sentimento de resignação, de<br />
coragem, de ânimo, de confiança em Deus, jamais se<br />
permitin<strong>do</strong> cair na via <strong>do</strong>s queixumes e das revoltas,<br />
alegran<strong>do</strong>-se com as vitórias, choran<strong>do</strong> junto nos<br />
momentos ásperos e difíceis - assim deve ser o<br />
procedimento <strong>do</strong>s pais cujos filhos passam por momentos<br />
de duros testemunhos e árdua jornada, compreenden<strong>do</strong> que<br />
a verdadeira vitória não é a <strong>do</strong>s aplausos <strong>do</strong> mun<strong>do</strong>, mas a<br />
da grande conquista interior da paciência, <strong>do</strong> entendimento<br />
e <strong>do</strong> amor.<br />
1e2<br />
TEIXEIRA, Raul. Minha família, o mun<strong>do</strong> e eu. Pelo Espírito<br />
Camilo. Niterói, RJ: FRATER, 2011. cap. 8. p. 79.<br />
Parábola<br />
Conheça uma Instituição <strong>Espírita</strong>. Você é bem-vin<strong>do</strong>!<br />
Construamos a paz, divulgan<strong>do</strong> o bem! Ao terminar de ler este periódico, APRESENTE-0/ofereça-o a outra pessoa.<br />
Emmanuel<br />
Em 1962, Dival<strong>do</strong> passou por uma grande provação, fican<strong>do</strong> vários dias<br />
sem condições de conciliar o sono, hora nenhuma, o que lhe trouxera constante<br />
<strong>do</strong>r de cabeça. Numa ocasião, não suportan<strong>do</strong> mais, quan<strong>do</strong> Joanna lhe<br />
apareceu, ele lhe falou:<br />
- Minha irmã, a senhora sabe que eu estou passan<strong>do</strong> por um grande<br />
problema, uma grande injustiça, e não me diz nada?<br />
- Por isso mesmo eu não te digo nada, porque é uma injustiça. E como é uma<br />
injustiça, não tem valor, Dival<strong>do</strong>. Tu és quem está dan<strong>do</strong> valor e quem dá valor à<br />
mentira, deve sofrer o efeito da mentira. Porque, se tu sabes que não é verdade,<br />
por que estás sofren<strong>do</strong>? Eu não já escrevi por tuas mãos: "Não valorizes o mal"?<br />
Não tenho outro conselho a dar-te.<br />
- Mas, minha irmã, pelo menos me diga umas palavras de conforto moral,<br />
porque eu não tenho a quem pedir.<br />
Então, ela falou:<br />
- Vou dar-te palavras de conforto. Não esperes muito.<br />
E contou-lhe a seguinte parábola:<br />
- Havia uma fonte pequena e insignificante, que estava perdida num<br />
bosque. Um dia, alguém por ali passan<strong>do</strong>, com sede, atirou um balde e retirou<br />
água, sorven<strong>do</strong>-a em seguida e se foi. A fonte ficou tão feliz que disse de si para<br />
consigo:<br />
- Como eu gostaria de poder dessedentar os viandantes, já que sou uma<br />
água preciosa!<br />
E orou a Deus:<br />
- Ajuda-me a dessedentar!<br />
Deus deu-lhe o poder. A fonte cresceu e veio à borda. As aves e os animais<br />
começaram a sorvê-la e ela ficou feliz.<br />
A fonte propôs:<br />
- Que bom é ser útil, matar a sede. Eu gostaria de pedir a Deus que me<br />
levasse além <strong>do</strong>s meus limites, para umedecer as raízes das árvores e correr a<br />
céu aberto.<br />
Veio então a chuva, ela transbor<strong>do</strong>u e tornou-se um córrego. Animais, aves,<br />
homens, crianças e plantas beneficiaram-se dela.<br />
A fonte falou:<br />
- Meu Deus, que bom é ser um córrego! Como eu gostaria de chegar ao mar!<br />
E Deus fez chover abundantemente, informan<strong>do</strong>:<br />
- Segue, porque a fatalidade <strong>do</strong>s córregos e <strong>do</strong>s rios é alcançar o delta e<br />
atingir o mar. Vai!<br />
E o riacho tornou-se um rio, o rio avolumou as águas. Mas, numa curva <strong>do</strong><br />
caminho, havia um toro de madeira. O rio encontrou o seu primeiro impedimento.<br />
Em vez de se queixar, tentou passar por baixo, contornar, mas o toro de madeira<br />
cerceava-lhe os passos. Ele parou, cresceu e o transpôs tranquilamente.<br />
Adiante, havia seixos, pequeninas pedras que ele carregou e outras<br />
inamovíveis, cujo volume ele não poderia remover. Ele parou, cresceu e as<br />
transpôs, até que chegou ao mar. Compreendeste?<br />
- Mais ou menos.<br />
- To<strong>do</strong>s nós somos fontes de Deus - disse ela. - E como alguém um dia<br />
bebeu da linfa que tu carregavas, pediste para chegar à borda, e Deus, que é<br />
amor, atendeu-te. Quiseste atender aos sedentos, e Deus te man<strong>do</strong>u os Amigos<br />
Espirituais para tanto. Desejaste crescer, para alcançar o mar e Deus fez que a<br />
Sua misericórdia te impelisse na direção <strong>do</strong> oceano. Estavas feliz. Agora, que<br />
surgem empecilhos, por que reclamas? Não te permitas queixas. Se surge um<br />
impedimento em teu caminho, cala, cresce, transpõe-no, porque a tua fatalidade<br />
é o mar, se é que queres alcançar o oceano da Misericórdia Divina. Nunca mais<br />
lamentes a respeito de nada.<br />
Parábola contada pelo Espírito Joanna de Ângelis a Dival<strong>do</strong> Franco.