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Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

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altura havia já assinado vários títulos (40 e tal sonetos <strong>de</strong><br />

amor e circunstância e uma canção <strong>de</strong>sesperada, 1970; Uma<br />

meditação, 21 Laurentinas e dois fabulírios falhados, 1971; O<br />

Morto 1971; A arca, 1971; As Quybyrycas, 1972; Pressaga<br />

pré-saga saga/press, 1974) e em 1976 obtém a publicação<br />

<strong>de</strong> Eu e o povo («Eu, o povo/Vou apren<strong>de</strong>r a lutar do<br />

lado da Natureza/vou ser camarada <strong>de</strong> armas dos<br />

quatro elementos») 161 com o pseudónimo <strong>de</strong> Mutimati<br />

Barnabé João e com ele se faz a prova provada <strong>de</strong> como<br />

um poeta po<strong>de</strong> ser um «fingidor», como dizia Pessoa.<br />

Mas «fingidor» não será mais do que a sua capacida<strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

se encontrar, através da sensibilida<strong>de</strong>, da cultura, da<br />

i<strong>de</strong>ologia, com vários mundos, quando <strong>de</strong>les se tem um<br />

conhecimento profundo e sobre esse conhecimento se<br />

proce<strong>de</strong> a uma reflexão 162.<br />

Falamos, sim, <strong>de</strong> Lourenço <strong>de</strong> Carvalho (Minha ave<br />

africana, 1971; O bípe<strong>de</strong> <strong>de</strong> plumas, 1974), e <strong>de</strong> quem<br />

Eugénio Lisboa, no prefácio do primeiro, disse: «Poeta<br />

<strong>de</strong>nso e excessivo ao mesmo tempo rigoroso mas não se<br />

escusando ao luxo da imagem, onírico, aquático,<br />

ambíguo, perigoso». Ou <strong>de</strong> Sebastião Alba, que se<br />

estreou com um livro <strong>de</strong> poemas que teria repudiado na<br />

generalida<strong>de</strong> (o mesmo se dando com Jorge Viegas em<br />

relação à sua estreia, Os milagres, (1966). Poeta português<br />

que faz <strong>de</strong> Moçambique a sua pátria, e assim se torna<br />

num «Poeta <strong>de</strong> um género que para muitos não estará<br />

indigenamente i<strong>de</strong>ntificado, Sebastião Alba é, contudo,<br />

o poeta moçambicano que se quer na legítima cidadania<br />

das emoções “sentidas” no plasma da sua “gramática”<br />

perfeitamente nacionalizada pela vivência», nas palavras<br />

<strong>de</strong> José Craveirinha escritas em 1973, <strong>de</strong> apresentação a<br />

O ritmo do presságio, 1974.<br />

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