17.04.2013 Views

Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

Lisboa. Aliás também em Coimbra on<strong>de</strong> tiveram lugar<br />

várias iniciativas, a partir da década <strong>de</strong> cinquenta. A<br />

Casa dos Estudantes do Império transforma-se no<br />

centro aglutinador dos estudantes e intelectuais<br />

africanos. Mas a predominância da sua composição é<br />

angolana, como predominantemente angolana é a sua<br />

activida<strong>de</strong> editorial. Antologias (Poetas angolanos, 1959, <strong>de</strong><br />

Carlos Ervedosa, com prefácio <strong>de</strong> M. António; e a <strong>de</strong><br />

1962, com o mesmo nome, prefácio <strong>de</strong> Alfredo<br />

Margarido), Colecção <strong>de</strong> Autores Ultramarinos,<br />

Colecção <strong>de</strong> ensaios, colóquios, conferências, etc., assim<br />

o <strong>de</strong>monstram. <strong>Centro</strong> intelectual e político, nela ou a<br />

partir <strong>de</strong>la se po<strong>de</strong> explicar algo do que aconteceu no<br />

plano das iniciativas que conduziram os africanos à luta<br />

<strong>de</strong> libertação nacional 66, para além, claro, do papel<br />

<strong>de</strong>sempenhado pelo <strong>Centro</strong> <strong>de</strong> Estudos Africanos, <strong>de</strong><br />

intenção <strong>de</strong>liberadamente política, cerca <strong>de</strong> 1950, em<br />

Lisboa. Inclusive foi através da sua revista Mensagem 67<br />

que se revelaram ou se tornaram mais conhecidos<br />

muitos poetas africanos. Um <strong>de</strong>les, por exemplo,<br />

António Neto, que viria a abandonar a prática poética.<br />

Ou Alexandre Dáskalos (1924-1961): Poemas (1961);<br />

Poesia (1961); Poemas (1975), 2.ª ed. aumentada com<br />

prefácio <strong>de</strong> Luís Bernardino – e outros, se assumiu<br />

como africano: «Ah! Angola, Angola, os teus filhos<br />

escravos/nas galeras correram as rotas do Mundo». 68 A<br />

sua poesia vasa, poema a poema, a cerrada acusação<br />

contra um sistema <strong>de</strong>sumano: «Preto ladrão sem<br />

imposto/Leva porrada nas mãos/Vai na rusga<br />

trabalhar». 69 Os signos da violência, da escravidão, do<br />

sofrimento acumulam-se: «vermes podres», «filhos<br />

escravos», «as galeras», «porrada nas mãos», «filhos<br />

roubados, afogados, açaimados», porventura como raro<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!