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Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

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dum continente,/aqui está o drama <strong>de</strong> um gran<strong>de</strong><br />

povo!» 31 Depois <strong>de</strong> um largo período <strong>de</strong> hibernação,<br />

Sylvan, no suplemento «Artes e Letras» d’A Província <strong>de</strong><br />

Angola, <strong>de</strong> 1972 a 1973, então já em Lisboa, é um olhar<br />

saudoso e enternecido percorrendo a cida<strong>de</strong> <strong>de</strong> Luanda<br />

dos seus tempos <strong>de</strong> meninência, quando ainda «não<br />

havia arranha-céus»: «São Paulo <strong>de</strong> Luanda, terra do<br />

comandante Carola», «Titi Miquelina, <strong>de</strong> Kimbunda<br />

branca», «A velha Catita», «A avó Rosa da ilha do Cabo»,<br />

«Xico Bilha» num mundo <strong>de</strong> «vivência fraterna» e<br />

«compreensão». 32<br />

A Mário <strong>de</strong> Andra<strong>de</strong>, ex-Presi<strong>de</strong>nte do M. P. L. A., se<br />

<strong>de</strong>ve essencialmente uma obra <strong>de</strong> historiador e ensaísta.<br />

A ele se <strong>de</strong>bita ainda o ter sido o mais lúcido divulgador<br />

da literatura africana <strong>de</strong> <strong>expressão</strong> <strong>portuguesa</strong>, através <strong>de</strong><br />

antologias que vão <strong>de</strong>s<strong>de</strong> o ca<strong>de</strong>rno Poesia negra <strong>de</strong><br />

<strong>expressão</strong> <strong>portuguesa</strong>, 1953, <strong>de</strong> colaboração com Francisco<br />

José Tenreiro, passando pela Antologia <strong>de</strong> poesia negra <strong>de</strong><br />

<strong>expressão</strong> <strong>portuguesa</strong> (Paris, 1958) até à mais recente,<br />

Antologia temática africana – I. A essa activida<strong>de</strong> junta-se,<br />

ainda que fugaz, a <strong>de</strong> contista e poeta <strong>de</strong> que<br />

conhecemos apenas a «Canção <strong>de</strong> Sabalu», o drama do<br />

contratado angolano: «Nosso filho não voltou/A morte<br />

levou-o/aiué!/Mandaram-no p’ra S. Tomé». 33<br />

Colaborador <strong>de</strong> Mensagem, M. António foi dos<br />

primeiros a estrear-se com um livro <strong>de</strong> poemas (Poesias,<br />

1956), a que se suce<strong>de</strong>ram: Amor, 1960; Poemas & canto<br />

miúdo, 1961; Chingufo, 1962; 100 poemas, 1963; Era tempo<br />

<strong>de</strong> poesia, 1966; Rosto <strong>de</strong> Europa, 1968. A sua activida<strong>de</strong><br />

cultural po<strong>de</strong> dividir-se em duas fases. A primeira seria a<br />

<strong>de</strong> integração no espírito <strong>de</strong> Mensagem, período em que<br />

a sua poesia mergulha no real social, reflexo <strong>de</strong> um<br />

ponto <strong>de</strong> vista crítico e objectivo:<br />

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