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Literaturas africanas de expressão portuguesa - Centro Virtual ...

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Brasil...<br />

Vozes dos engenhos dos banguês das tongas dos eitos<br />

[das pampas das usinas<br />

Vozes do Harlem District South<br />

vozes das sanzalas<br />

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. ... .. ... ... ... ... ... ... ...<br />

Vozes <strong>de</strong> toda a América. Vozes <strong>de</strong> toda a África<br />

Vozes <strong>de</strong> todas as vozes, na voz altiva <strong>de</strong> Langston<br />

Na bela voz <strong>de</strong> Guillén...<br />

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... .. ... .. ... ... ... ... ... ... ...<br />

gerando, formando, anunciando<br />

― o dia da humanida<strong>de</strong><br />

O DIA DA HUMANIDADE... 25<br />

Poeta <strong>de</strong> largos recursos estilísticos, o seu verbo é<br />

uma torrente que se espraia no longo discurso, lírico ou<br />

épico, valorizado por uma vibrante autenticida<strong>de</strong>,<br />

sensível ainda às fontes tradicionais da cultura angolana,<br />

como em o «Serão <strong>de</strong> menino» («Era uma vez uma<br />

corça/dona <strong>de</strong> cabra sem macho...». 26 Infelizmente <strong>de</strong>le<br />

se conhecem, cremos, apenas cerca ele uma <strong>de</strong>zena <strong>de</strong><br />

poemas, o suficiente, porém, para que o seu nome se<br />

sagre como um dos mais importantes poetas africanos<br />

<strong>de</strong> língua <strong>portuguesa</strong>, embora todos eles tenham sido<br />

escritos nos ver<strong>de</strong>s anos da sua vida. Outro nome<br />

importante é o <strong>de</strong> António Jacinto (Poemas, 1961) que,<br />

até ao momento <strong>de</strong> ser preso (1960), <strong>de</strong>sempenhou<br />

papel fundamental em todas as activida<strong>de</strong>s culturais <strong>de</strong><br />

Luanda ou a partir <strong>de</strong> Luanda. Branco, mas cedo<br />

resolvera a contradição que isso po<strong>de</strong>ria implicar («o<br />

meu poema sou eu-branco/montado em mim-preto/a<br />

cavalgar pela vida»). 27 A significação profunda da sua<br />

poesia cedo se <strong>de</strong>finiu no «Canto interior <strong>de</strong> uma noite<br />

fantástica» (1952):<br />

19

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