A VERACIDADE DA BÍBLIA

A VERACIDADE DA BÍBLIA A VERACIDADE DA BÍBLIA

17.04.2013 Views

Deus não se mostra, mas afirma-se mediante suas obras. No livro "Que é Deus" seu autor Eliseu F. da Mota Júnior, iniciou o capítulo 3º com uma frase do bacteriologista francês, criador da pasteurização, além de inúmeras vacinas, Louis Pasteur (1822-1895). "Um pouco de ciência nos afasta de Deus. Muito, nos aproxima. "Essa colocação induz a idéia de que um conhecimento científico superficial serve apenas para distanciar o homem de Deus e, em sentido oposto leva à conclusão de que todos os profundos conhecedores da Ciência estão próximos de Deus. O professor Eliseu discorre no seu livro com muito brilhantismo os mais variados pensamentos de grandes cientistas contemporâneos. Cita trechos do livro de Stephen W. Hawking, coloca também vários trechos do livro "A Mente de Deus" do conceituado cientista inglês, doutorado em física Paul Davies,: - "Não posso acreditar que nossa existência neste Universo seja uma mera peculiaridade do destino, a espécie física Homo não pode importar para nada, mas a existência da mente em algum organismo em algum planeta do Universo é certamente um fato fundamentalmente significativo". E terminamos este estudo ainda com Paul Davies: - "Sem Deus a Ciência não poderá completar os seus estudos acerca da origem do Universo, da matéria, da vida e do próprio homem". Você não vê o Oxigênio mas por certo ele existe. Você não vê o Vento, mas por certo que o sente. http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/estudo/provas-da-existencia-dedeus.html 100

DIÁLOGO COM UM ATEU por Rubem Queiroz Cobra Foi um encontro casual, em uma tarde, no alto do Cabo de Santo Agostinho, um penhasco na fímbria do mar, no extremo nordeste do Brasil. Voltando de uma longa caminhada pela mata, decidi descansar por alguns instantes no forte português abandonado, gozando a brisa fresca, nas sombras da tarde. Um homem de idade aparentando uns 60 anos, vestindo uma bermuda branca e uma camisa de seda azul que o vento agitava velozmente nas suas costas, estava sentado sobre um velho canhão. A peça de ferro, recém-pintada em preto luzidio, apontava para o horizonte na posição, talvez, de seu último tiro contra as esquadras holandesas. Acercando-me do homem – provavelmente um turista de recursos, e uma pessoa excêntrica, por estar ali completamente só –, comentei, para iniciar uma conversa: — As caravelas portuguesas disparavam salvas, quando passavam à vista deste cabo, para saudar a Imagem na ermida junto ao farol... Ele, que já me fitava, respondeu com vagar: — Gastavam pólvora assim? Pobre gente! – disse. – Tipos supersticiosos, aqueles nossos avós. Corajosos no mar e ao mesmo tempo medrosos do destino; hoje somos escravos de crenças ridículas transmitidas por esses nossos ancestrais incultos. — Não tem religião? – perguntei-lhe. — Sou ateu, respondeu ele. – Mas não sou esse ateu comum, que nega sem pensar e sem refletir. Eu refleti muito para chegar à convicção de que Deus não existe. — Sou cristão – disse eu. — Ah!... Humm... A maioria é... – murmurou o ateu, observando-me enquanto eu me acomodava sobre a muralha, onde também coloquei minha mochila. Lá em baixo, as ondas avançavam com violência e estrondo sobre as rochas do penhasco, para recuar mansamente espalhando sua espuma branca entre labirintos de pedras negras. O céu ganhava tintas alaranjadas, reflexos do sol que se punha do lado oposto, oculto pela mata luxuriante. Tanto poder e beleza, não seria uma prova de que Deus de fato existe? Era a primeira vez que eu falava com um ateu convicto. Encarei-o com um sorriso – para evitar qualquer suspeita de antagonismo da minha parte – e indaguei que razão tinha para não crer. Sua fisionomia permaneceu calma e amistosa, enquanto respondia: 101

DIÁLOGO COM UM ATEU<br />

por Rubem Queiroz Cobra<br />

Foi um encontro casual, em uma tarde, no alto do Cabo de Santo Agostinho, um<br />

penhasco na fímbria do mar, no extremo nordeste do Brasil. Voltando de uma<br />

longa caminhada pela mata, decidi descansar por alguns instantes no forte<br />

português abandonado, gozando a brisa fresca, nas sombras da tarde. Um<br />

homem de idade aparentando uns 60 anos, vestindo uma bermuda branca e uma<br />

camisa de seda azul que o vento agitava velozmente nas suas costas, estava<br />

sentado sobre um velho canhão. A peça de ferro, recém-pintada em preto luzidio,<br />

apontava para o horizonte na posição, talvez, de seu último tiro contra as<br />

esquadras holandesas.<br />

Acercando-me do homem – provavelmente um turista de recursos, e uma pessoa<br />

excêntrica, por estar ali completamente só –, comentei, para iniciar uma conversa:<br />

— As caravelas portuguesas disparavam salvas, quando passavam à vista deste<br />

cabo, para saudar a Imagem na ermida junto ao farol...<br />

Ele, que já me fitava, respondeu com vagar:<br />

— Gastavam pólvora assim? Pobre gente! – disse. – Tipos supersticiosos, aqueles<br />

nossos avós. Corajosos no mar e ao mesmo tempo medrosos do destino; hoje<br />

somos escravos de crenças ridículas transmitidas por esses nossos ancestrais<br />

incultos.<br />

— Não tem religião? – perguntei-lhe.<br />

— Sou ateu, respondeu ele. – Mas não sou esse ateu comum, que nega sem<br />

pensar e sem refletir. Eu refleti muito para chegar à convicção de que Deus não<br />

existe.<br />

— Sou cristão – disse eu.<br />

— Ah!... Humm... A maioria é... – murmurou o ateu, observando-me enquanto eu<br />

me acomodava sobre a muralha, onde também coloquei minha mochila. Lá em<br />

baixo, as ondas avançavam com violência e estrondo sobre as rochas do<br />

penhasco, para recuar mansamente espalhando sua espuma branca entre<br />

labirintos de pedras negras. O céu ganhava tintas alaranjadas, reflexos do sol que<br />

se punha do lado oposto, oculto pela mata luxuriante. Tanto poder e beleza, não<br />

seria uma prova de que Deus de fato existe?<br />

Era a primeira vez que eu falava com um ateu convicto. Encarei-o com um sorriso<br />

– para evitar qualquer suspeita de antagonismo da minha parte – e indaguei que<br />

razão tinha para não crer. Sua fisionomia permaneceu calma e amistosa,<br />

enquanto respondia:<br />

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